O Johnny do título, na verdade, era João Guilherme Estrella, rapaz de classe média do Rio de Janeiro que, durante o fim dos anos 80s e começo dos 90s, se apresentou como um dos maiores traficantes de cocaína da cidade, sempre atuando junto da “sociedade” carioca. A facilidade de contar a história desse traficante, galanteador, charmoso e que tinha uma resposta afiada e cínica para cada situação, talvez tenha sido a principal arma contra o próprio filme, desvirtuando um drama real, e essa necessidade de fazer graça atrapalha seriamente no andamento narrativo do filme.
Parece que João vivia num mundo só dele, talves pela proximidade da câmera, e o resto meio desfocado, talves faltou um ou outro plano mais aberto. O roteiro mostra um João meio engraçado, não ligando para nada, talves devesse se preocupar mais com a verdade nua e crua.
Acho que um dos pontos altos do filme é a atuação de Selton Mello, um dos grandes atores do Brasil, que mostra todo seu potencial dentro deste filme, que cria uma João Estrella complexo, divertido e ao mesmo tempo parecendo não entender por que as pessoas dão risada das coisas que ele fala.
Acho que um dos pontos altos do filme é a atuação de Selton Mello, um dos grandes atores do Brasil, que mostra todo seu potencial dentro deste filme, que cria uma João Estrella complexo, divertido e ao mesmo tempo parecendo não entender por que as pessoas dão risada das coisas que ele fala.
Wellinton B. Schlichting
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