Disponível em: adorocinema.com acesso em 22 de junho de 2012.
Tiros em Ruanda
É um filme de caráter dramático que documenta a triste história de genocídio que ocorreu com o povo de Ruanda em 1994.
Desde sempre o povo africano tinha suas divisões de terras e tribos; mas com a colonização européia criaram-se os países africanos que conhecemos hoje, mas nesta divisão de terras mais de uma tribo ficou no mesmo país. No caso da pequena nação chamada Ruanda foi composta por terras de duas tribos, Hutu e Tutsi, sendo a última a menor tribo, a luta pelo poder de Ruanda por parte da tribo Hutu perdurou trinta anos até que foram obrigados pelo ocidente a dividir o poder com a menor tribo, e pela sede de poder o povo Hutu compra facões com o dinheiro de programas internacionais de ajuda que deveria servir como auxílio ao povo e distribui para matar os Tutsis, o genocídio começou pelos militares hutus equipados com diversas armas, mas ao decorrer do conflito são distribuídos os facões, martelos, enxadas e coisas do gênero. Homens, mulheres, crianças e idosos tutsis foram mortos pelos Hutus extremistas; o genocídio tem a estimativa de 800 mil mortos.
O foco principal do filme é um
padre inglês e seu ajudante no meio de todo este conflito, vendo a matança
tentam ajudar aquele povo guardando-os na escola em que alfabetizavam e
ajudavam em tudo que podiam o povo de Ruanda. Mas não conseguem guardar todos, e os brancos
começam a ser mandados embora para Europa, pois militares e o poder europeu que
estava a parte com o que estava acontecendo acreditavam que os brancos não
podiam fazer mais nada em relação a esse povo; Ruanda ficou literalmente a
mercê da tragédia. Mas o padre resistiu até o fim, e foi morto com o objetivo
de salvar algumas crianças tutsis; já o ajudante tentou resistir e ficar em
Ruanda, mas não conseguiu e acabou indo embora, levando a culpa e a tristeza de
ter deixado aquelas pessoas.
Um filme
de caráter geopolítico que visa a reflexão em relação as guerras, e o que leva
um povo a esta situação.
O nível
de dramaticidade do filme é muito grande, e sabendo que aquilo realmente
aconteceu com aquele povo fica ainda maior; a culpa que o ajudante do padre
leva consigo por não conseguir salvar todos os tutsis, e ter ido embora e não
ter tido coragem de enfrentar o problema dando até a sua vida pelo bem daquele
povo é muito grande, e a mesma culpa traz ao expectador perguntas. De quem é a
culpa pelo genocídio? A colonização é a essência do problema? Como reparar os
erros?
Longa anglogermânico
dirigido por Michael Caton-Jones em 2005.
Trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário