24/08/2012

A Dama de Vermelho

Disponível em Movie Goods. Acesso em 24 ago 2012.

Um homem bem sucedido em sua profissão, casado e com filhos, conhece uma modelo linda e se encanta. É aí que começa o seu tormento sentimental, seguido de uma traição. Ele começa a articular em como irá conquistar a modelo e ter relações mais íntimas com ela. Seus planos acabam em uma comédia, quando seus amigos se envolvem na história.

Uma comédia romântica que encanta o espectador com a beleza da modelo, a canção linda e o roteiro muito interessante, pelo desdobramento da história, a articulação do drama que vive o protagonista.  Uma história que é capaz de deixar qualquer um curioso pra ver como terminará a situação deste atrapalhado executivo.

Crítica por Alciso Domingues

Coração Valente

Disponível em Cinema e Debate. Acesso em 24 de ago. de 2012.

Uma guerra pela independência da Escócia no século XIII. Quando a mulher de William Wallace (Mel Gibson) é torturada e estuprada por soldados ingleses, sua revolta e indignado com os invasores de seu pais, ele começa a sua luta, que vai tomar proporções até chegar ao ponto de se tornar uma batalha por vingança. Também transforma-se em uma luta pela liberdade de seu país.

Os cidadãos comuns se transformam em soldados que acabam abalando o exército do rei inglês. Coração Valente é um épico carregado de emoções como paixão, traição e coragem. Sua grandiosidade faz dele uma verdadeira conquista na história do cinema. 

A história do filme é muito emocionante, por ser um acontecimento real com uma pessoa que queria viver um amor, mas foi interrompido por soldados ingleses. Um homem que colocou o povo na linha de frente de uma guerra para libertar o país se os tornar cidadãos. Mas a traição dos nobres de seu país, que entregou um guerreiro a morte, ele virou o herói de seu povo.

A fotografia do filme é muito movimentada, as paisagens e as batalhas dão muito dinamismo ao filme. muitos efeitos e também a multidão de figurantes, que o diretor teve que coordenar dentro do quadro. Os planos fazem com que o espectador se sinta dentro da cena e acompanhe a ação e emoção da batalha. 


Crítica feita por Alciso Domingues

22/08/2012

Planeta dos Macacos: A Origem

Disponível em Pipoca Moderna. Acesso em 22 de Ago de 2012.


É um filme de ficção científica, um cientista começa a fazer experiências com macacos para descobrir novos remédios, e acaba criando uma substância que vai fazer com que os macacos comecem a desenvolver inteligência, isto causa uma revolta dos macacos contra os seres humanos. Eles são exterminados, mas sobra um macaco, que é salvo e levado pelo cientista à sua casa, ele se torna um macaco adulto, que mais tarde vai liderar uma revolta e reivindicar seus direitos liderando os macacos e também os levando para uma floresta, assim ele liberta os macacos do domínio dos seres humanos e se torna o líder.

Os efeitos que foram usados na montagem deste filme são muito interessante, misturam tecnologia com os movimentos do ator e suas expressões faciais. O filme fica muito interessante quando se usa a tecnologia e os movimentos do ser humano para se imitar um macaco. A história do filme é fascinante para quem gosta de ficção.

Crítica por Alciso Domingues



21/08/2012

O Palhaço


Imagem disponível em Omelete. Acesso 21 Ago 2012.
O palhaço Benjamin, que usa o nome artístico de Pangaré (interpretado pelo próprio Selton), Como o ator, este palhaço tem dúvidas sobre o própria profissão, acha que não sabe mais fazer rir. Sai do circo procurando outra ocupação, e daí começa as confusões a tomar proporções grandes em sua vida, os empregos que acha não adapta, os namoros dele não dão certo, e contínua mais decepcionado com sua vida, ele começa a sentir saudades do circo, do pai, dos amigos, e quando ele vê que o seu lugar e no circo, vivendo como um ator de circo, ao lado do pai, o palhaço Puro-Sangue (Paulo José).

A fotografia deste filme e linda, os enquadramentos e planos, o diretor trabalho usando seu talento, diversificando os enquadramentos e planos, o filme e muito dinâmico, a fotografia do filme deixa o espectador muito ligado em sintonia com linguagem que fotografo quer transmitir e também enriquecendo o filme, chamando a atenção de quem assiste o filme, a iluminação e precisa em transmitir o que o diretor quer acentuar nas cenas, os dramas, as emoções, também as mudanças de sentimentos do palhaço, e suas duvidas. E um filme que emociona porque mostra os sentimentos do palhaço em relação a sua arte, que nos dias atuais em que os circos estão sendo esquecidos. 

Crítica feita por Alciso Domingues.

15/08/2012

John Carter: Entre Dois Mundos

'John Carter' é mais um fracasso de Hollywood com temática marciana

Longa da Disney deve ter prejuízo em cerca de US$ 200 milhões.
'Marte precisa de mães' e 'Missão: Marte' são outros exemplos.



john carter entre dois mundos cartaz Em Cartaz – <i>John Carter: Entre Dois Mundos</i>

Marte é habitável e possui vida, seu nome na verdade é Barssom. Nela há duas nações que se enfrentam a tempos, não havendo motivo específico, Sab Than, governador de Zodanga (uma das nações), simplesmente quer conquistar o planeta.
Em outro lugar no espaço em um planeta cuja o nome é Jarsoom, ou planeta Terra, no ano de 1881, Nova York escreve-se uma história confusa e agitada com o milionário John Carter, ex-soldado, que viaja o mundo aumentando sua fortuna, até que sua morte inesperada é revelada. Em seu diário ele escreve ao sobrinho Ned sobre o seu passado.
Em 1868 no Arizona Carter procurava ouro, acreditava, na lenda da aranha que indicava o caminho para a caverna que deixaria-o rico. Em uma confusão entre o exército confederado dos Estados Unidos da América e os nativos, acaba encontrando um refúgio com uma aranha desenhada do lado de fora, lá um homem estranho se materializa e tenta mata-lo, com a ajuda do coronel ele o abate e curioso pega seu medalhão e repete as palavradas do estranho.
A aventura começa de fato aqui. Agora John foi teleportado para marte, lá tudo é diferente, inclusive a gravidade, que mais baixa deixa-o mais forte e o faz saltar incríveis distâncias. Nesta confusão ele vai alimentando toda esperanças contra Sab e o exército. Até mesmo a filha do governante de Helium (nação oponente a Zodenga) que na batalha é salva por ele. O capitão dos exércitos da Virginia do norte reluta contra qualquer aliança nesta guerra busca apenas seu caminho de volta para casa. Junto com a pricessa de Hélium descobre os poderes ocultos e uma raça "Divina" que se disfarça entre as multidões a tempos controlando o rumo das nações de vários planetas. Cede ajuda a Hélium e consegue o apoio do povo Tharks para lutar a favor deles e contra Sab Than.
Como esperado de Hollywood  o "mocinho" fica com a "mocinha" e tudo aparenta estar bem com a derrota de Zodenga. Mas a "divina raça" dos Therns leva John de novo para terra. Aonde o começo se repete e Ned, o sobrinho, esta lendo o diário perplexo. As ultima palavras de Carter fala que desde o retorno de marte  o coronel procurava em todo o mundo uma forma de voltar para Barsoom, e finalmente consegue pela primeira vez em 13 anos, e a função de Ned era proteger seu corpo que permanece na terra mas seu ele se projeta como uma mensagem em marte.



Em suma a história se resume assim: com um soldado sem rumo que encontra uma nova paixão, em outro planeta, tendo seu final feliz.

A produção é inédita pela Pixar estúdios com Live-Action e mostrou incrível resultados com os efeitos especiais, além de seus atores não serem estrelas muito prestigiadas das telas o resultado é um filme empolgante. A historia e o ambiente chamam a atenção do público apesar dos clichês. O cenário variado de marte e sua produção artística detalhista, com roupas maquiagem, e ambientes são muito bonitos e enchem os olhos. 

Sua estréia ás salas de cinema não deu o retorno esperado mas o filme vale a pena a locação.   

13/08/2012

O segredo dos seus olhos (2009)



   

                                                   Fonte: Divulgação



   O oficial de justiça aposentado Benjamin Esposito (Ricardo Darín) resolve escrever um romance baseado num crime brutal ocorrido no ano de 1974, o assassinato da jovem Liliana Coloto (Carla Quevedo).  Sua empreitada o obriga a reencontrar-se com a advogada Irene Hastings (Soledad Villamil), um amor antigo que na atualidade encontra-se casada. A reaproximação o leva a repensar os rumos de sua vida.  Em 1974, o país passava por um período de forte repressão política, e ainda que elucidado o caso, o assassino confesso é liberado, respaldado por amigos e conexões políticas.

   O longa fala sobretudo de vidas vazias e das escolhas (ou fatalidades) que levaram a esse caminho. Falta a letra “A” na máquina de escrever do aspirante a escritor Esposito, metaforicamente, há uma lacuna que em 25 anos dedicados ao trabalho, casamentos e relacionamentos fortuitos não se cerrou. Não menos importante, é o fiel amigo e um tanto consumido pela embriaguez, Pablo Sandoval (Guillermo Francella) partindo dele a constatação de que os homens mudam, mas suas paixões permanecem (de Esposito por Irene; Sandoval pelos bares; do assassino pelo futebol) e uma impactante prova de amizade.

   O filme, baseado no romance de Eduardo Sacheri, venceu o Oscar 2010 na categoria de melhor filme estrangeiro, vindo reafirmar a proficiência do cinema argentino, tendo o próprio Juan José Campanella concorrido no ano 2001 por “O filho da noiva”. Sua força está no roteiro, um tanto poético, e na naturalidade dos diálogos, principalmente entre Esposito e Sandoval (à la Sherlock Holmes e Dr. Watson no longa de Guy Ritchie). Destaque também para maquiagem e figurino, que transmitiram veracidade ao deslocamento temporal do longa.

   Os olhos que intitulam a trama são os do apaixonado Esposito, explicitado nos constantes planos fechados quando dado os diálogos entre o oficial e sua chefe (Irene) e é a questão do olhar que leva a desvendar o caso. Conforme mencionado pelo protagonista: “Os olhos falam demais. É melhor que se calem. Às vezes é melhor não olhar”.
  
   Com um desfecho um tanto reflexivo, o viúvo Morales (Pablo Rago), respondendo ao questionamento do oficial de como aprendeu a viver sem a esposa (Liliana), decreta que ao assassino o pertinente seria prisão perpétua, para que este viva muitos anos e que cada dia venha o lembrar de quão “nada” é sua vida. Quanto à Esposito, este adentra na sala de Irene sob sua advertência “Vai ser complicado”, deixando subentendido que ele finalmente irá declarar o que seus olhos denunciaram o tempo todo.



Ficha Técnica


Nome: O segredo dos seus olhos (El secreto de sus ojos)
Páis: Argentina
Ano: 2009
Duração: 127 min
Direção: José Juan Campanella
     

12/08/2012

Avé (2011)


http://olhardecinema.com.br/wp-content/uploads/2012/04/fotos-site23.jpg
Retirado do Link no dia 29/06/2012 - http://olhardecinema.com.br/wp-content/uploads/2012/04/fotos-site23.jpg


No dia 31 de Junho fui ao cinema então assistir um filme Búlgaro chamado Avé.
Um filme muito interessante que conta a história de um rapaz que vai para a sua cidade natal para ir no enterro do seu melhor amigo que havia se matado.

Ele fica a beira da estrada esperando conseguir uma carona, então aparece uma menina, que se chama Avé. Ela fica ao lado desse rapaz pedindo carona. Quando um carro para entram os dois . Eles não se conhecem, porém a menina conta várias mentiras. A cada carona que pegam até chegar onde querem é uma mentira diferente. O seu objetivo é encontrar o seu irmão que usa drogas e tirar ele dessa.

É possível notar no final do filme que suas mentiras vão sendo inventadas em cima das mentiras anteriores, porém o seu objetivo permanece o mesmo, encontrar o seu irmão.
Porém vamos falar de fotografia.

A fotografia do filme é boa. Uma fotografia bem comum. Nada diferente do que já vimos.

Mas eu gostei, das cores, acho que eles colocaram deixaram, a composição, a menina do filme sempre usa o vermelho, ou seja ela chama atenção quando está em cena.
Acho a escolha da cor dela na composição está ligada diretamente ao caráter da personagem. Isso eu achei muito bom.

A iluminação foi muito boa. Tem cenas que foram gravadas com poucas luzes em ambientes fechados e elas estavam bem controlados.
Uma das cenas que eu mais gostei foi uma em que os dois estão dentro de um ônibus de noite. A iluminação passando pelo vidro com folhas de jornal.

Achei um bom filme.
Acho que vai ser difícil achar ele pra assistir outra vez.
Mas se houver a oportunidade de você assistir, vá. Acho que você não vai se arrepender.

Veja o trailer:

Gummo

fonte: http://www.imdb.com/title/tt0119237/
Gummo / Vida sem destino (1997)
Diretor: Harmony Korine






           O filme mostra a vida de alguns adolescentes e crianças sem rumo com uma visão corrompida do mundo, eles vivem em uma cidadezinha (Xenia, Ohio) que foi devastada por um furacão.  É precário como vivem lá. Eles passaram por muita coisa e viram também por causa do furacão. É tudo muito sujo, feio e angustiante. Todos os personagens são esquisitos.
Fonte: http://anagramaorganico.blogspot.com.br/2011/07/gummo.html

          É daqueles filmes que se leva um tempo para se digerir, é perturbador.  O filme não tenta mostrar respostas, mas questionar sobre a uma realidade que fingimos não ver, traz muito sobre violência, preconceito, homofobia, racismo, vícios, prostituição, abuso sexual...
          Tem cenas muito fortes, como as cenas de tortura de gatos que é quase impossível não tentar fechar os olhos. Outras cenas esquisitas fora de foco, tremidas ou com qualidade bem inferior ao resto do filme.
          O filme é bem contraditório. Percebe-se isso até nas cores que o compõe. Por se tratar de desgraça, vamos dizer assim, se imagina cores mais frias, porém o filme inteiro é composto por cores vivas e vibrante, muito azul, vermelho, amarelo e verde no filme todo. 


This is England

Fonte: http://www.imdb.com/title/tt0480025/

This is England - 2006
Diretor: Shane Meadows


This is England, conta a história de Shawn (Thomas Turgoose), garoto solitário que sente a falta de seu pai, morto na Guerra das Malvinas. Deslocado em seu ambiente de social, encontra um gangue de skinheads após um briga na escola, Woody (Joseph Gilgun), líder do grupo sente certo afeto pelo menino que acaba o tornando mascote da turma. Shawm torna-se um membro afetivo do grupo, descobrindo um mundo novo do seu.

Após de uma festa, um antigo skinhead da gangue, Combo (Stephen Graham) retorna da prisão com pensamentos racistas e preconceituosos, tentando recrutar o pessoal para um partido ultradireitista, o British National Front (partido político que existe até hoje), criando uma ruptura no grupo. Woody acha que Combo está tentando fazer lavagem cerebral na turma com seus discursos sobre soberania inglesa, preconceito sobre etnias estrangeiras e guerra e cai fora, quando Shawn todo emocionado acaba ficando e se tornando novo prodígio de Combo.
O filme mostra duas visões à sobre cultura dos skinheads uma inicial quando era apenas uma tribo tentando se destacar pela música, suas roupas e comportamento rebelde, e a segunda parte com todo o preconceito e ideologia nacionalista.
Percebe-se também tal comportamento de Shawn pela falta da presença paterna e também sobre influencia de companhias.
Roteiro simples e direto, boa direção de arte e boa trilha sonora.  


29/06/2012

Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança

Imagem do site Omelete. Acesso em 29 jun. 2012.
Na falta de tempo hábil para discorrer sobre um filme melhor, sinto-me tentado a criticar a continuação (ou seria reinício?) da série Motoqueiro Fantasma, com Nicolas Cage interpretando Johnny Blaze. Parecendo abandonar a história apresentada no primeiro filme (utilizando animações para recontar o "início de tudo" narrado pelo próprio Cage), neste acompanhamos o personagem se escondendo na Europa Oriental até ser encontrado por um guardião(?) chamado Moreau (Idris Elba) que está tentando evitar que o Diabo (Ciarán Hinds) se aposse do corpo de um menino, que até então era mantido num monastério juntamente com a mãe até o local ser atacado e ambos partem em fuga. Blaze então, na promessa de que sua "maldição" possa ser curada, vai atrás do garoto para protegê-lo e levá-lo a um lugar seguro. 

Desse ponto em diante o filme se arrasta e não há cenas impactantes, salvo algumas sequências de perseguição em estrada onde os diretores optaram por fazer em ângulos baixos, mas há muitos diálogos furados e muitas tentativas falhas de se criar frases de efeito, lembrando aqueles telefilmes de ação clichês em que sempre há um traficante de armas, uma mulher que já fora bandida e aqueles pontos cansativos na história em que mal o herói faz o resgate, momentos depois ele já tem que resgatar novamente. O vilão secundário parecia promissor, mas assim como Moreau, é totalmente mal aproveitado ou inverossímil o bastante.

Imagem do site Omelete. Acesso em 29 jun. 2012
Apesar de todo o treinamento que Nicolas Cage fez para a produção, incluindo até mesmo se vestir de mago vodu, o que acaba chamando a atenção mesmo são os novos designs do personagem e da moto, possuindo um aspecto mais carbonizado e perturbador, embora o roteiro e a direção não tenham elevado esses fatores decentemente, deixando as chamas do Motoqueiro em fogo baixo.

Imagem do site Omelete. Acesso em 29 jun. 2012

Arca Russa (Russkiy Kovcheg, 2002)

http://www.buscafilme.com.br/filme/arca-russa/

         Do cineasta russo Alexander Sokurov, a Arca Russa traz um tour pelo Museu de Hermitage contando a história do país, tudo muito bem explorado para demonstrar as relações da Rússia diante da Europa.

http://cinemaeaminhapraia.com.br/2009/09/08/arca-russa-russkij-kovcheg/
        A maneira de demonstrar, por meio de um personagem que vai relatando suas memórias (aqui representado pela visão da câmera), fatos importantes da história do país, dá ao espectador a sensação de percorrer os mesmos corredores, passar pelos grandes salões e vivenciar tudo da maneira que o personagem relata, pois ele se torna nosso olhar diante do contexto, provavelmente por não haver outros personagens “significativos” (aqui dado que ele e o outro personagem – que representa a Europa - são os detentores dos diálogos). Estes mesmos personagens em seus diálogos constroem toda a narrativa do filme, o que o torna sua composição realmente interessante, mas não menos cansativa, pois o filme feito em um plano sequência de 97 minutos torna-se por muitas vezes entediante e angustiante dado que o tour gravado em tomada única sofre nitidamente em sua fotografia, são cenas sem iluminação e com composições que deixam muito a desejar, sofre em sua linha narrativa pela contínua construção de cenários, que muitas vezes se tornam desnecessárias e inúteis, sendo colocados como mero apoio para a  composição final da narrativa.
            Todo o projeto, mesmo que cansativo, não deixa de ser magnífico por toda a estrutura e preparação, tornando sua produção não menos que sublime, mas totalmente ignorada diante da importância dada ao recurso técnico utilizado.

Pocurando Nemo



Procurando Nemo é uma animação lançada em 2003, com direção de Andrew Staton e uma parceria entre os estúdios Disney e Pixar. Ela narra a jornada do peixe Marlim, que tem o filho sequestrado por mergulhadores e corre por todo o mar, enfrentando diversas aventuras e desafios para reencontrar Nemo. Procurando Nemo é um filme sensacional, em diversos aspectos. Seu roteiro é bem construído e estruturado, respeitando os três grandes atos, e com muito desenvolvimento de personagens. Ele conta duas histórias paralelas, a de Nemo e a de Marlin (e Dori), e é um dos pioneiros na temática do mar para longas metragens.

 A direção de arte, fotografia, e as equipes de desing gráfico e animação fazem um excelente trabalho, pesquisando muito para recriar um filme de grande qualidade e, principalmente, apelo emotivo. A história, além de impressionar crianças, também emociona os adultos, pois se identifica com o público através dos arquétipos dos personagens.O desenho de som do filme é impressionante, carregado de muitos sound effects que trabalham com as músicas, transformando os ambientes em reconhecíveis ao público. Um grande filme, que pode ser visto inúmeras vezes, e com diversas leituras.


Murilo Silvestrim

28/06/2012

Sombras da Noite




      O mais novo filme de Tim Burton, Sombras da Noite, conta a história de um rapaz chamado Barnabás, representado por Johnny Depp. Nascido na família Collins, é o filho herdeiro da mansão e do nome que leva a cidade de Collinsport.
      Ao magoar a apaixonada bruxa Angelique Bouchard, representada por Eva Green, a moça o amaldiçoa a tornar-se vampiro e o enterra em um caixão, onde fica trancado por dois séculos, até que consegue libertar-se.
      Voltando para casa, percebe a mansão sendo habitada por parentes Collins, que depois de sua misteriosa "morte", foram gradativamente caminhando em direção à falência. Tendo retornado para casa, faz com que a fortura e reconhecimento do nome retomem seu rumo, até que Angelique descobre e volta e tentar destruí-los novamente.

      Não era o esperado! Por se tratar de um filme com vampiros, bruxas e lobos, o que está na moda ultimamente, espera-se que esta produção trará uma temática incrivelmente inovadora e uma comédia cativante.
      Porém não há nada de novo. Não há nada que prenda a nossa atenção, nenhum personagem que nos faça identificarmos, não há uma interpretação com vida de Johnny no vampiro.
      Uma das únicas questões que se destacam no filme é a direção de arte, com com cores muito bem escolhidas, figurinos e cenários ao estilo de Burton.


Ficha técnica - Dark Shadows



Diretor: Tim Burton
Local: EUA
Produção: Christi Dembrowski, Johnny Depp, David Kennedy, Graham King, Richard D. Zanuck
Distribuidora: Warner Bros.
Ano: 2012
Duração: 113 min.
Som: Sonoro
Cor: Colorido
Largura: 35mm.
Roteiro: Seth Grahame-Smith
Fotografia: Bruno Delbonnel
Trilha sonora: Danny Elfman
Elenco principal: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Michelle Pfeiffer, Chloë Grace Moretz, Eva Green, Jonny Lee Miller, Gulliver McGrath, Jackie Earle Haley, Bella Heathcote, Christopher Lee
Estúdio: GK Films / Infinitum Nihil / Warner Bros. Pictures / The Sanuck Company / Dan Curtis Productions / Tim Burton Productions
Gênero: Comédia
Classificação: 14 anos.


por Melissa Pinotti


REFERÊNCIAS:


SOMBRAS da noite. Disponível em: <http://londrina.odiario.com/cinema/filme/4466>. Acesso em: 28/06/2012.
SOMBRAS da noite. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-130298/>. Acesso em: 28/06/2012.
SOMBRAS da noite. Disponível em: <http://www.cinepop.com.br/filmes/sombras-da-noite.php>. Acesso em: 28/06/2012.
SOMBRAS da noite (2012). Disponível em: <http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/sombras-da-noite-2012/id/17937>. Acesso em: 28/06/2012.
SOMBRAS da noite / Dark Shadows. Disponível em: <http://omelete.uol.com.br/dark-shadows/>. Acesso em: 28/06/2012.



Shakespeare Apaixonado






O filme Shakespeare Apaixonado foi lançado em 1999 com direção de John Madden. Narra a trajetória de William Shakespeare (Joseph Fiennes) em um momento de pouco inspiração poética e criatividade. Um dia, ele conhece Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow), e se apaioxana por ela. A partir dai, retoma sua inspiração e vive a época dos teatros de rua e dos grandes escritores de Londres. do final do sec. XVI. Apesar de ser um filme simples, de um diretor pouco conhecido (O Capitão Corelli, 2001, e Killshot Tiro Certeiro, em 2008 são, além de Shakespeare Apaixonado, seus maiores sucessos) Shakespeare Apaixonado é sobretudo um filme que fala de amor, e nisso consiste sua grande beleza. Ele leva o espectador de volta aos tempos de romantismo e lirismo, e, através de seus diálogos longos e cheios de significados, é capaz de emocionar e sensibilizar o público. Falar de amor, hoje em dia, pode parecer clichê, mas são poucos os filmes com poder imersão como os de Shakespeare. Embora apresente todos os elementos simples, eles convergem para a condução da narrativa e funcionam muito bem. Os cenários, figurinos e fotografia se destacam, situando o filme na época, e o deixando muito bonito visualmente.

Murilo Silvestrim







Meia noite em Paris




      A comédia romântica e de fantasia de Woody Allen retrata a história de uma viagem à Paris de Gil e sua noiva Inez, representados por Owen Wilson e Rachel McAdams, respectivamente, juntamente com os pais dela.
      O protagonista é um escritor e roteirista americano que idolatra a capital da França e sonha em, um dia, se tornar um escritor reconhecido.
      Em passeios noturnos pela cidade, Gil percebe que encontrou uma incrível fonte de inspiração para escrever.
      Para as pessoas que foram assistir ao filme pensando que iriam ver uma incrível história, o filme pode se tornar um pouco decepcionante, porém do ponto de vista visual e artístico há um outro ponto de vista.
      Sim, os planos realmente desejam mostrar e transbordar ao expectador a beleza das ruas, calçadas, praças e parques da cidade, expondo todo seu explendor, seja com tempo bom ou com chuva, de dia ou na maravilhosa noite iluminada. Por outro lado, faz referência a diversos artistas, como Gertrude Stein, Cole porter, Luís Buñuel, Ray man, Scott Fitzgerald, Zelda Fitzgerald, Ernest Hemingway, Salvador Dali e Pablo Picasso, cuja participação como personagens enriquece mais ainda o filme, quando à meia-noite, Gil entra em uma carruagem de volta ao passado para vivenciar um pouco do que era a vida dessas personalidades, inspirando-se para sua próxima produção.



Ficha técnica - Midnight in Paris

Diretor: Woody Allen
Local: EUA/ Espanha
Produção: Letty Aronson, Jaume Roures, Stephen Tenenbaum
Distribuidora: Paris Filmes
Ano: 2011
Duração: 100 min
Som: Sonoro
Cor: Colorido
Roteiro: Woody Allen
Fotografia: Darius Khondji
Trilha sonora: Stephane Wrembel
Elenco principal: Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy, Marion Cotillard, Michael Sheen, Kathy Bates.
Estúdio: gravier Productions / Mediapro / Televisió de Catalunya (TV3) / Zentropa International Sweden
Gênero: Comédia
Classificação: 12 anos


por: Melissa Pinotti



REFERÊNCIAS:


CRÍTICA de Meia-noite em Paris (Midnight in Paris). Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/saladecinema/2012/02/24/critica-de-meia-noite-em-paris-midnight-in-paris/?topo=67,2,18,,,67>. Acesso em: 28/06/2012.
MEIA noite em Paris. Direção de Woody Allen. EUA/Espanha: Paris Filmes, 2011. 1 filme (100min), sonoro, legenda, color.
MEIA noite em Paris. Disponível em: <http://capasbr.blogspot.com.br/2011/09/meia-noite-em-paris.html>. Acesso em: 28/06/2012.
MEIA noite em Paris. Disponível em: <http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/meia-noite-em-paris/id/17028>. Acesso em: 28/06/2012.
MEIA noite em Paris. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-178300/>. Acesso em: 28/06/2012.
MEIA-noite em Paris, por Sônia Machiavelli. Disponível em: <http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?codigo=158618&codigo_categoria=203>. Acesso em: 28/06/2012.
RESUMO de argumento para Meia-Noite em Paris. Disponível em: <http://www.imdb.pt/title/tt1605783/plotsummary>. Acesso em: 28/06/2012.


Cavalo de Guerra




Cavalo de Guerra


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Após três anos longe das telonas, Steven 
Spielberg inicia o ano lançando dois longas-metragens, As Aventura de Titim e Cavalo de Guerra. O filme Cavalo de Guerra conta a história da amizade entre um garoto (Albert Narracott)  e um cavalo (Jhoe), do início ao fim, foi feito para emocionar. Jhoe é um cavalo de corridas, um puro sangue que não tem características de animais para o serviço pesado, colocado para leilão, é arrematado pelo pai de Albert, com a intenção de usá-lo para o trabalho pesado, Albert acredita no cavalo e o trabalha duro junto com Jhoe para treiná-lo. Falido, o pai do rapaz vende o animal para o exercito, acabava de estourar uma guerra. Os dois amigos só vão se reencontrar novamente no final do longa-metragem. Após a separação dos dois, o diretor mostra os lugares e situações por onde o cavalo passa parecendo vinhetas, trechos curtos contando a história de outros personagens: dois irmão jovens demais para a responsabilidade da guerra, uma garota madura demais para para sua idade e seus problemas, uma avô que testemunhou a morte dos pais da garota e que sofre com a culpa, mostra também ao sofrimento que os animais eram submetidos nessas situações. Já no final do filme o cavalo se encontra preso em arames farpados entre duas bases inimigas, para salvar o cavalo, dois soldados deixam de lado as brigas de suas nações e se ajudam cortando os arames.
  O filme tem uma fotografia muito bonita, surpreendente a mudança de um lugar para outro, quando a história se passa apenas no vilarejo em que Albert mora, todo é muito iluminado, paisagens imensas, enorme profundidade de campo, parece até um conto de fadas. Nos trechos de guerra, temos sombras muito evidentes e um tom mais amarronzado, característico de filmes de guerra. Encontrei alguns erros de iluminação na fotografia do vilarejo, planos com luz dura e contra planos com luz suave.
  Recomendo que assistam o filme, são 146 minutos bem assistidos.















Ficha Técnica do Filme 
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Jeremy Irvine, Tom Hiddleston, David Thewlis, Emily Watson, Benedict Cumberbatch, Toby Kebbell, Peter Mullan, David Kross, Eddie Marsann, Geoff Bell, Niels Arestrup
Produção: Kathleen Kennedy, Steven Spielberg
Roteiro: Lee Hall, Richard Curtis
Fotografia: Janusz Kaminski
Trilha Sonora: John Williams
Duração: 145 min.
Ano: 2011
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Walt Disney Pictures
Estúdio: DreamWorks SKG / Amblin Entertainment / Touchstone Pictures / Reliance Entertainment / The Kennedy/ Marshall Company
Classificação: 12 anos








Alyson Batista da Silva
facebook.com/alysonbsilva
Imagens e Ficha técnica encontradas no site http://www.cineclick.com.br

26/06/2012

Felicidade




Disponível: http://indierider.blogspot.com. Acesso em 26 jun. 2012.

Happiness, EUA, 1998. Roteiro e Direção: Todd Solondz
Elenco: Jane Adams, Philip Seymour Hoffman, Lara Flynn Boyle, Dylan Baker e Jon Lovitz.

Felicidade é uma comédia com um senso de humor perigosamente doentio, perturbador, beirando o nonsense. Felizmente, este é o meu tipo favorito de humor.

Vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Cannes em 1998, o filme escrito e dirigido por Todd Solondz equilibra comédia e drama ao acompanhar a vida de várias pessoas comuns (para não dizer medíocres) que buscam a tal felicidade do título. Mas é claro que aos poucos estes personagens se revelam indivíduos profundamente frustrados, complexos e moralmente questionáveis. Basta dizer que o grupo de protagonistas inclui uma assassina, um pedófilo, uma depressiva, um estuprador em potencial e uma escritora frustrada por escrever um livro sobre estupro na infância, mas jamais ter sido estuprada. É óbvio que em algum momento sua vida e a do estuprador irão se cruzar.

Este, aliás, é um dos grandes méritos da produção, que no melhor estilo de filmes como Short Cuts – Cenas da Vida e Magnólia narram simultaneamente a rotina de vários personagens de forma eficaz, sem jamais soar confusa. É até bastante fácil identificar a relação entre todos eles e a forma como suas histórias irão se cruzar. Seria inútil tentar explicar aqui,visto que a tentativa certamente seria mais complicada do que entender estas relações assistindo ao filme. Fica evidente que o diretor/roteirista não quis fazer desta uma tarefa difícil para o espectador, optando por oferecer uma dificuldade mais cruel ao público: compreender e até mesmo se identificar com pelo menos uma daquelas pessoas tão infelizes.

Aliás, cruel, impiedoso e adjetivos do gênero devem encher o cineasta de orgulho, já que ele submete seus personagens a tantos constrangimentos e humilhações que comovem ao mesmo tempo em que nos fazem rir. Como na cena inicial, em que testemunhamos um encontro romântico sem qualquer romantismo, bom senso, dignidade ou amor próprio. Enfim, um desastre, é claro. É neste cena que conhecemos Joy (olha a ironia no nome da personagem), ela é a figura central da trama e a atriz que dá vida à personagem é Jane Adams, que possui um timing cômico invejável. A verdade é que todo o elenco é impecável, mas Joy me conquistou por ser tão ridiculamente comum, com suas frustrações amorosas e profissionais. É engraçado observar como suas irmãs a tratam como uma pobre coitada, quando, na verdade, também não são mulheres realizadas e tampouco felizes.

O roteiro é recheado de diálogos sinceros e justamente por isto tão implacáveis e destruidores. Aliás, um dos diálogos mais chocantes e tristes que já testemunhei em toda minha vida acontece já perto do fim e envolve um menino e seu pai, numa cena em que presenciamos claramente a destruição da infância de uma pobre criança.

Ainda da pra acreditar que este filme é uma comédia? É claro que sim, mas apenas para aqueles que não tem muita (ou nenhuma) sensibilidade.

23/06/2012

Um lugar qualquer (Somewhere, 2010)

Por Débora Avadore
Cartaz do filme: Johnny e Cleo na piscina do Marmont. Fonte: www.scsomewhere.com
Pessoas ricas e entediadas em hotéis. Parece que não vai dar estória, mas você está acompanhando a jornada de Johnny Marco (Stephen Dorff), um ator de Hollywood, que vive num mundo em que "parecer" de certa forma também é "ser". E agora saberemos como é viver andando em carrões e morando num luxuoso hotel. Parece um sonho, não?

Sim, e esse sonho começa a desmoronar ao vermos que não importa que Johnny tenha uma Ferrari que alcance 200Km/H, ele deve respeitar o limite de velocidade da cidade e o carro vai morosamente pela rua com um ronco constante e entediante. E quanto ao hotel luxuoso? Johnny mora no Chateau Marmont, o icônico hotel que abriga estrelas hollywoodianas desde Greta Garbo procurando uma reclusão, passando pelos caras do Led Zeppelin correndo com suas motos pelo jardim, até Marilyn Manson e Evan Rachel Wood tendo seu primeiro encontro. E o que Johnny Marco está fazendo lá? Comendo miojo e jogando Guitar Hero sozinho.
Toda vez que Sofia Coppola escreve um roteiro, ela reúne fotos que a inspirem, aqui vemos uma colagem das imagens usadas por ela para fazer Um lugar qualquer. Fonte: www.scsomewhere.com
Johnny Marco está em busca de um pouco de movimento na sua vida tão chata e parece que pagar dançarinas de pole dance não está sendo a melhor solução. Até que Cleo (Elle Fanning) chega em seu mundo inerte e Johnny terá que passar um tempo com ela, afinal, de vez em quando é bom que pais passem um tempo com suas filhas. É este fiapo de relação que é o ponto mais importante da história e que irá promover uma grande mudança no protagonista.

Cleo e Johnny Marco na Ferrari. Fonte: www.scsomewhere.com
Quando falo que o protagonista busca movimento, falo literalmente. Ele é especialmente fascinado em sentar e contemplar outras pessoas dançando e se mexendo, enquanto ele próprio vê a cena apático, mas com admiração. Esta é uma das coisas que mais chama a atenção no roteiro: um protagonista que não entra em ação. E no meio daquele universo luxuoso das celebridades, com bebidas e seios à mostra, aparece Cleo, a simpática filha negligenciada de apenas 11 anos. Ela é um respiro de normalidade e candura no universo do pai, levando-o a movimentar-se novamente.

Johnny leva a filha para uma festa. Fonte: www.scsomewhere.com
A estória explora a sensação do vazio e da solidão onde não imaginamos que eles deveriam estar. Eu, pelo menos, só espero de uma Ferrari e do Chateau Marmont, muito som, fúria e festinhas memoráveis. Então vem o choque: o filme é um marasmo, porque de marasmo ele está tratando. O ritmo de vidas vazias e arrastadas em lugares tumultuados e cheios de Lost in Translation (Sofia Coppola, 2003) aparece novamente na montagem deste filme, que tem seu primeiro diálogo após 15 minutos de imagem.

A estória vai pra frente através de cenas simbólicas, que mostram uma vida degradada pela apatia sem drama e choro. Atenção para os minutos iniciais e finais, onde vemos a mudança operada em Johnny através de sua relação com o carro. A trilha sonora, que é sempre um destaque nos trabalhos de Sofia Coppola, traz uma seleção pertinente, com Phoenix, Foo Fighters, The Strokes, Sebastien Tellier e até mesmo uma bem encaixada So Lonely do The Police. O roteiro, além das peculariedades já citadas, marca uma mudança temática na carreira de roteirista de Sofia Coppola, que depois de um filme tão menininha como foi Maria Antonieta, se transporta para um ponto de vista masculino e retoma a linha temática de Lost in Translation, sem fugir do cerne de toda a sua filmografia, que são estórias sobre personagens em transição.

Um lugar qualquer foi aclamado pela crítica, sendo nomeado pela National Board of Review como um dos melhores filmes independentes de 2011 e acumulou um Leão de Ouro, o prêmio máximo do Festival de Veneza.

Ficha Técnica

Roteiro e Direção: Sofia Coppola
Direção de Fotografia: Harris Savides
Edição: Sarah Flack
Elenco principal: Stephen Dorff, Elle Fanning, Chris Pontius
Trilha Original: Phoenix

Trailer 

Rango



Disponível em rottentomatoes.com  acesso dia 23 de junho 2012.


Rango

Rango é um longa de animação que mostra a aventura de um camaleão doméstico que sofre crise de identidade. Durante a viagem de seus donos sua gaiola acaba caindo no meio da estrada após um acidente, quando o camaleão percebe, está no meio de muita areia, e então começa sua grande aventura.
O camaleão anda por um bom tempo, e consegue chegar a um vilarejo no estilo velho oeste ele escolhe seu nome e inventa uma história para se passar de durão.
A história foi produzida em cima de marcantes padrões de cinema western, além do visual, o vilarejo. Rango é o herói que passa por jornadas de sua vida, no começo da história ele sofre de crise existencial, mas a vida lhe dá uma chance de se conhecer, durante a aventura ele conhece ‘a mocinha’, uma camaleoa que perdeu seu pai e sofre para manter suas terras, pois os poderosos do vilarejo querem comprá-las. Rango mente aquele povo jurando ser um animal muito perigoso, mas acaba cedendo a verdade, e todos inclusive a mocinha acaba descobrindo que toda a história de durão não se passa de uma farsa. Mas Rango acaba conseguindo livrar o vilarejo dos animais que o assombravam com todo seu medo e sua inteligência por ter vivido em uma gaiola e ter tido donos humanos. No fim o mocinho Rango vence a batalha e se torna um herói de verdade.
Outra característica marcante (mas não de western) é a função das corujas que cantam no deserto que Rango iria morrer logo; elas nos tira da ‘imersão’ e nos lembra que estamos assistindo um filme e está sendo contada uma história; este aspecto tem um caráter muito positivo pois mesmo o espectador se envolvendo com a história ele não se esquece que é uma história, e muitas vezes as corujas acabam dando um ar humorístico maior para a trama.

Rango é um longa de animação produzido em 2011 por Gore Verbinski nos EUA.


Trailer:

Titeuf, le film




Disponível em: rtl.fr acesso 23 junho de 2012.

Titeuf, le film

Titeuf surgiu como um HQ sendo uma crítica de como as crianças viam o mundo dos adultos, o HQ é para adultos mas foi adaptado para uma série de TV infantil, criado por Zep um suíço que nomeou Titeuf assim por ser uma mistura de Tit (de petit - pequeno) + euf (ovo), porque a cabeça a do personagem o lembrava um ovo e por ser criança, pequeno.
Zep -  fonte: metrofrance.com acesso 23 /06/12

Sob os olhos do criador Zep, foi criado o longa de animação.
A animação voltada para crianças se destaca pela qualidade de arte e fotografia, os cenários são impecáveis e a composição de cores ajuda a trazer o ar infantil da história, como se estivéssemos vendo a história pelos olhos do próprio Titeuf.
Titeuf é apaixonado por Nadia, uma garota do seu colégio, mas ela não gosta dele e não o convidou para sua festa de aniversário; Titeuf pensou que esse seria seu maior problema, quando seus pais tem uma briga séria e sua mãe vai embora com seu irmão mais novo. Então Titeuf percebe que seu problema com Nadia não é nada em relação a separação de seus pais.
Um pouco diferente do HQ, por ser direcionada a crianças o filme mostra o Titeuf de sempre mas com traços de uma criança que está crescendo, amadurecendo e percebendo que os problemas dos adultos são bem maiores do que os que ele inventa em seus sonhos mirabolantes e por fim valorizando a união de sua família.
Disponível em: imdb.com acesso 23 junho de 2012


Titeuf, Le film é um longa em animação criado e dirigido por Zep em 2011 - França


Site do Zep criador de Titeuf-




Trailer: 

Prometheus

Imagem do site Omelete. Acesso em 21 jun. 2012.
O novo filme de Ridley Scott traz o diretor novamente ao universo de Alien, ainda que não seja uma prequência direta do filme original, procura responder a dúvidas deixadas neste enquanto abre espaço para novas indagações, sobretudo existencialistas. É 2089 e acompanhamos uma expedição da cientista Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) em uma caverna da Escócia encontrando o que parece ser uma pintura rupestre ilustrando uma indicação de mapa estrelar, comprovando as teorias que Shaw e seu namorado Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) vinham  angariando a partir de outros registros históricos de civilizações distintas. Quatro anos depois, Shaw, Holloway e outros cientistas acompanhados do androide David  (Michael Fassbender) viajam pelo espaço a bordo da nave Prometheus rumo ao sistema indicado pelos antigos mapas, financiados pela Weyland Industries.


O que se vê então são as tradicionais cenas de perigo iminente, aliado ao fascínio da descoberta de vestígios de seres que supostamente habitavam a grande oca em que a equipe de Shaw passa a explorar na lua LV-223, ao passo em que tais descobertas levantam questionamentos a respeito da fé e do sentido da própria existência humana. O roteiro então, cuja premissa era resolver alguns elementos que não foram explicados em Alien, acaba aumentando o número de mistérios não-resolvidos, deixando uma clara brecha para uma continuação e, de certo modo, frustrando os fãs que há muito ansiavam por um retorno digno à franquia (considerando que Alien 3 e Alien: A Ressurreição deixaram muito a desejar deturpando o conceito original).


Imagem do site Prometheus Movie. Acesso em 22 jun. 2012.
Entretanto, Prometheus não é um filme fraco, pelo contrário, ele se desenvolve muito bem graças às atuações muitíssimo competentes de Noomi Rapace e Michael Fassbender, atores que têm se mostrado grandes revelações em personagens de filmes recentes, concebendo personalidades fortes (Shaw) e maquiavélicas (David). Os demais personagens, como Meredith Vickers (Charlize Theron) e Janek (Idris Elba), ficam em segundo plano ou acabam consequentemente ficando para vítimas ou mártires. Ademais, a direção de fotografia de Dariusz Wolski valoriza muito os planos filmados em locações reais, além de, juntamente com o design de produção, reapresentar o suspense e terror com  os cenários escuros e úmidos da oca cujos labirintos parecem ser intermináveis. 


Imagem do site Prometheus Movie. Acesso em 22 jun. 2012.
Não obstante, a eficiente campanha de marketing lançou na rede o site oficial da Weyland Industries, além de uma palestra em vídeo do visionário Peter Weyland (Guy Pearce, que no filme aparece envelhecido) e uma propaganda de "lançamento" de David, complementando ainda mais a narrativa. Enfim, o filme cumpre sua tarefa de atrair um público novo (e jovem), apresentando um sci-fi bem produzido e instigante, fazendo com que seus espectadores passem a gerar várias hipóteses até Ridley Scott finalmente revelar (ou até aumentar) nas sequências por vir, desde que não crie uma descontinuidade na série.








Tiros em Ruanda


Disponível em: adorocinema.com acesso em 22 de junho de 2012.


Tiros em Ruanda

É um filme de caráter dramático que documenta a triste história de genocídio que ocorreu com o povo de Ruanda em 1994.
Desde sempre o povo africano tinha suas divisões de terras e tribos; mas com a colonização européia criaram-se os países africanos que conhecemos hoje, mas nesta divisão de terras mais de uma tribo ficou no mesmo país. No caso da pequena nação chamada Ruanda foi composta por terras de duas tribos, Hutu e Tutsi, sendo a última a menor tribo, a luta pelo poder de Ruanda por parte da tribo Hutu perdurou trinta anos até que foram obrigados pelo ocidente a dividir o poder com a menor tribo, e pela sede de poder o povo Hutu compra facões com o dinheiro de programas internacionais de ajuda que deveria servir como auxílio ao povo e distribui para matar os Tutsis, o genocídio começou pelos militares hutus equipados com diversas armas, mas ao decorrer do conflito são distribuídos os facões, martelos, enxadas e coisas do gênero. Homens, mulheres, crianças e idosos tutsis foram mortos pelos Hutus extremistas; o genocídio tem a estimativa de 800 mil mortos.
O foco principal do filme é um padre inglês e seu ajudante no meio de todo este conflito, vendo a matança tentam ajudar aquele povo guardando-os na escola em que alfabetizavam e ajudavam em tudo que podiam o povo de Ruanda.  Mas não conseguem guardar todos, e os brancos começam a ser mandados embora para Europa, pois militares e o poder europeu que estava a parte com o que estava acontecendo acreditavam que os brancos não podiam fazer mais nada em relação a esse povo; Ruanda ficou literalmente a mercê da tragédia. Mas o padre resistiu até o fim, e foi morto com o objetivo de salvar algumas crianças tutsis; já o ajudante tentou resistir e ficar em Ruanda, mas não conseguiu e acabou indo embora, levando a culpa e a tristeza de ter deixado aquelas pessoas.
Um filme de caráter geopolítico que visa a reflexão em relação as guerras, e o que leva um povo a esta situação.
O nível de dramaticidade do filme é muito grande, e sabendo que aquilo realmente aconteceu com aquele povo fica ainda maior; a culpa que o ajudante do padre leva consigo por não conseguir salvar todos os tutsis, e ter ido embora e não ter tido coragem de enfrentar o problema dando até a sua vida pelo bem daquele povo é muito grande, e a mesma culpa traz ao expectador perguntas. De quem é a culpa pelo genocídio? A colonização é a essência do problema? Como reparar os erros?

Longa anglogermânico dirigido por Michael Caton-Jones em 2005.


Trailer: