12/07/2011

Luar Na Lubre – Un Bosque de Musica – 2003 - Dir. Ignacio Vilar

Aos amantes da cultura celta e principalmente da música é quase que um dever de casa assistir ao documentário deste grupo procedente da Galícia norte da Espanha, Luar Na Lubre; e viajar nos bastidores de inspiração e raízes de cada integrante da banda, além de seus símbolos e significados ligados diretamente a todos elementos da natureza, base fundamental da filosofia celtica.

A música para os celtiberos, era tão sagrada quanto qualquer coisa e devia ser executada com altíssimo nível de respeito e devoção. Para tal, os Bardos eram encarregados desta missão, como forma de “perpetuar” o conhecimento através de contos, fatos, poemas cantados, além também de levarem alegria, ou alento a almas amarguradas, com música, conhecimentos medicinais, ou apenas contando histórias de grandes heróis a serem tomados como exemplo prático. Os Bardos da Bretanha, simplificaram em uma "simples" tríade seus deveres e de toda comunidade mundial mais ou menos assim: “Cura-te para Curar a Comunidade podendo assim Curar o Mundo”. E hoje temos nossos Bardos modernos, que resgatam raízes tradicionais milenares adaptado ao contexto do terceiro milênio, “tentando” manter/reviver a essência da tríade que segue a mesma, utilizando a música para que continue 'viva' através dos tempos.

O documentário é muito bem feito, a fotografia em diversos momentos é delirante e comprova que o planeta é todo lindo e merece respeito onde quer que se pise, é um show deslumbrante as paisagens do norte espanhol, ainda mais acompanhadas do som das gaitas galegas. Para adoradores da natureza, música e celtas, é magia pura, pois além das cenas de produção do CD “Espiral” do grupo, temos cenas de shows e um deles realizado ao ar livre em frente a última Igreja do Caminho de São Thiago de Compostela, fazendo um mini-tour por várias aldeias galegas com breve passagem em Portugal, que nos deixa querendo mais e mais.

Despeço-me com uma saudação tradicional galega entre os gaiteiros! "Unha Aperta, Vale!"

Rayat Lyrians

11/07/2011

Dom za Vešanje (Time of the Gypsies) – Vida Cigana – 1988 – Dir. Emir Kusturica

Kusturica sem dúvida é possuidor de uma sensibilidade única. As três vezes que assisti este filme chorei por
igual, não só pela trilha belíssima, junto a fotografia melancólica além da direção de arte tão realista da "vida cigana".
Como sempre as questões sociais são pertinentes nos filmes de Emir, e neste não foge a regra. Para meros interessados em ciganos, é um filme que soube mostrar tanto as "bençãos" quanto as "podridões" desta "vida cigana moderna", tornando possível curiosidade numa faca de dois gumes, ou se mergulha mais na história desta cultura para entender o porque dos ciganos serem tão rejeitados pela sociedade, ou se toma asco com grandes chances de se debandar para o lado dos rejeitadores.
O ponto máximo de reflexão, creio eu, é que independente de cultura, etnia, poder sócio econômico, estes fatores não interferem no caráter de jeito algum, pois humano é humano em qualquer lugar. Exemplo espetacular disto é a avó do protagonista do filme, cigana idosa que cuida de um filho louco e dois netos, sendo que a menina é doente e só pode contar com a ajuda de Perhan seu neto que possui poderes telecinéticos. Além desta avó trabalhar é curandeira e não cobra para fazer "milagres", embora pessoas façam questão de lhe retribuir a graça; o que mais zela é pelo bem espiritual do filho e dos netos sempre orgulhando-se de Perhan que é honesto. Mas Perhan não é tão firme quanto sua avó e se "deixa levar" pelo mel que lhe passam nos olhos com riqueza e poder, aceitando o convite de ir a Itália ficar rico, embora seu pensar esteja voltado em beneficiar sua vó, irmã e Azra sua menina amada, corrompe-se e perde a fé em tudo que lhe fora ensinado quanto aos princípios éticos, e aí começa a crueldade do filme, pois isto é suscetível a qualquer ser humano seja ele cigano ou não. Perhan consegue retorna à sua vó, e a mulher amada, só que decepciona-se com esta e "pira" mais ainda em sua conduta. Percebe já meio tarde que fora enganado, e que caíra numa armadilha de ardilosos, exploradores de sonhos e que a Itália não é isto tudo que lhe fizeram pensar.

O roteiro vai fundo na questão do "ser ou não ser?, eis a questão". Admiradores de culturas diversas e pensadores livres, tem aqui um Kusturica cheio de sutilezas a serem captadas!


Rayat Lyrians

10/07/2011

Nazarin – 1959 – Dir. Luis Buñuel

Uma obra-prima de Buñuel adaptada de um romance de Benito Perez Galdós! Sátira perfeita a respeito dos princípios religiosos da igreja católica tendo como protagonista a vida do padre Nazarius, que determinado em sua fé segue literalmente os preceitos de Jesus Cristo. Mas veja só a ironia, ele segue os passos de Cristo, e é condenado pela própria igreja que o que faz é uma afronta, é uma vergonha para os princípios cristãos pois não é comportamento de um sacerdote, entre outras palavras, “ser Cristo”. A contradição impera! O filme inteiro é um ponto de interrogação! Pois com certeza encontrar algum padre firme neste propósito é algo totalmente “surreal” independente “dos tempos”. Muitos irão dizer que não há nada de novo e realmente não há, mas a forma como o tema foi abordado, para quem se interessa, com certeza causará revoltas, ainda mais com uma fotografia lindíssima, que consegue transmitir a simplicidade superior do padre ao mesmo que, suas decepções pelos “fracassos”, seu sentir impossibilitado de mudar a realidade dos que cruza no decorrer de seu caminho e mesmo assim segue adiante.

Questionar sobre si, os demais, em que momentos oferecer a outra face é um ato de inteligência ou de tolice, até que ponto vale apena lutar pela vida do corpo, sendo que a alma é imortal, porque há humanos que conseguem ultrapassar a pior de todas as barreiras que é o medo, e a maioria não, por que “morrer vivendo” em busca de algo que não se terá como a tal “segurança”, sendo que esta possui uma única certeza que é a temida incerteza. Estes são pontos gritantes no roteiro. Vale muito a reflexão. O triste é saber que dentro de uns dias estas indagações que tornam a consciência levemente pesada, mas dão esperanças de superação, serão esquecidas de forma “tão natural”, inutilizando mais uma obra-prima cuja função não é só o propagar do pensar, mas como também do agir.

*André Carneiro afirmou em uma entrevista para o jornal folha de londrina em fevereiro de 2008, que devido ao fato do ser humano viver se questionando (para aqueles que se questionam, é claro), o papel fundamental da arte é descobrir quem somos, mas para isto acontecer é preciso que a arte tenha qualidade. Assim sendo, pergunto: o que é qualidade? Pois com tanta arte qualificada, pois se sabe que há, onde está o equívoco? Ou o único equívoco está na desqualificação inócua e em outros casos propositais por parte da grande maioria que aqui habita?

ok, paro por aqui, pois talvez tenha viajado um pouquinho no surrealismo de Buñuel! Haha!

*André Carneiro: escritor brasileiro de ficção científica pioneiro no gênero neste país. Foi condecorado pelo governo francês com a Medalha de Prata da Cidade de Paris e nomeado Membre D'Honneur da Ácademie Ansaldi de Paris, por suas atividades de intercâmbio cultural e cooperação artística. Seu conto "Escuridão" publicado em 12 países, foi negociado por um grande produtor espanhol para ser roteirizado no cinema.


Rayat Lyrians

Prendimi L'anima - (Jornada da Alma) - Roberto Faenza - 2002

Cinebiografia interessante narrada por flashbacks que desperta curiosidade por mais “bastidores” da história, neste caso da psiquiatria. Quem foram os pacientes que deram notoriedade à Freud? Sim digo pacientes, pois sem estes não haveriam estudiosos talvez. Este filme mostra claramente que pacientes são cobaias, o fato aqui revelado é o caso da paciente russa Sabrina Spielrein que é encaminhada para tratar sua esclerose com um novo método desenvolvido por um aluno de Freud, o doutor Jung, método que dispensa choques, e tantas outras formas violentas de inibir esclerosados, permitindo algo tão simples a estas pessoas, que é poderem falar, desabafar e serem ouvidas.

Sabrina e Jung apaixonam-se, colocando em risco tudo que fora conquistado na melhoria da paciente. O que não ocorre, pois esclerose não muda o caráter de ninguém, apenas o comportamento, e por mais que Sabrina amasse Jung, ela tinha senso ético em não continuar sendo amante do doutor, e muito menos fazer amizade com a esposa do mesmo para se manter próxima a ele como o próprio sugere.

Após “curada”, volta à sua terra natal a Rússia e estuda medicina especializando-se em psicologia, onde constrói a Escola Branca em que dá atendimento a crianças “especiais”, ensinando-as tudo o que é possível, desde música a educação sexual de forma clara e franca, sem vergonha de algo que é natural, mas com o seu devido pudor. O filme também mostra cenas verdadeiras da tomada stalinista e sua “batalha” completamente desvirtuada contra o capitalismo seguido da invasão nazista na Segunda Grande Guerra em território russo.

A fotografia não me chamou tanta atenção, mas há momentos em que a montagem prende por completo e acompanhada de uma trilha sonora, que me fez chorar em todas as vezes que assisti. A princípio caímos na tentação de achar que o filme é do Jung, mas não, é realmente de Sabrina Spielrein, afinal é baseado em fatos reais adotando como fonte principal os diários de Sabrina. Embora ache que se poderia ter dissolvido um pouco mais as teorias de Jung á respeito principalmente dos sonhos e seus significados, é outro filme equivalente ao bom entretenimento e útil.

Rayat Lyrians

09/07/2011

Boudica (Warrior Queen) - A Rainha da Era do Bronze - 2003 - Dir.Bill Anderson

Executar fatos históricos no cinema “de veras” é um quebra-cabeça em zilhões de partes tornando-o quase impossível de chegar na metade da montagem temática, ainda mais para “fãnáticos” do assunto épico em questão. Um dos casos é Boudica, Rainha Guerreira Celta que comandava a região da Bretanha na Gália, atual França, com a “cronologia” de sua existência, contraditória em vários livros o que dificulta a exatidão histórica no filme também. Em alguns, conta que viveu em 72 a.C, em outros 1000 d.C, mas a maioria relata que fora morta em 72 a.C no comando do imperador Júlio César e não de Nero como mostra o filme, havendo um extermínio total de todo povo celta, principalmente mulheres grávidas e seus sacerdotes, os Druidas. Impossibilitando assim, esta “linhagem genética” continuar, colocando em crédito a existência não dos celtas mas de seus sacerdotes que possuíam o “dom” da alquimia e sabedoria colossal a respeito das forças naturais, que os romanos tanto ambicionavam. Este ocorrido ficou marcado na história como “A Revolta de Boudica”, entre tantas outras batalhas mais uma em que guerreiros celtas foram nus para guerra munidos apenas de suas gaitas-de-foles e pintados de azul como “escudo” da pele. Fato que o filme não conta, mas por outro lado destaca as perversões de Nero, as vezes chego a pensar que o filme deveria ser Nero Mais um Demente em Roma, pois parece que dão mais ênfase a ele que a Boudica e o povo Celta em si.

Tecnicamente é um fiasco, fotografia, montagem, direção de arte e até direção de atores, peca e muito, mas em termos de roteiro até que conseguiu passar um pouco da essência do que possivelmente foram os celtas, ou melhor uma parte deles, um clã comandado pelas mãos de “broze” de uma mulher que “reza a história” ter dito: “um herói de verdade nunca será morto em batalha, pois suas ações permearam a história” sendo uma das frases que dá início ao filme. O bacaninha é a narração dada pela própria Rainha Celta depois de morta, o que não faz do filme nenhuma novidade, mas consegue prender a atenção para aqueles que se interessam pelo assunto e “broxa” para os apaixonados, como é o caso desta que vos fala! Ah! como ainda desejo ver um filme fidedigno no mesmo patamar, exaltados com glamour em alguns de muitos livros que glorificam esta rica magia da cultura e povo, que habitaram a Terra que são os Celtas! *AWEN!

*AWEN: Inspiração puramente divina promissora de conquistas espirituais e físicas, que parte do mais “alto nível” de felicidade, como também da depressão extrema, numa gana por justiça.

Rayat Lyrians

Peaceful Warrior (Poder Além da Vida) – 2006 – Dir. Victor Salva

Esta aí, um ótimo entretenimento, e interessante maneira de norte americanos “camuflarem” sua forma de fazerem filmes espíritas, pois até então, o que é divulgado em relação ao gênero ”espírita” é que por lá “não pode”, pelo menos não de forma aberta, devido ao forte cristianismo evangélico e católico que regem significativa parte do país.

Peaceful Warrior (Poder Além da Vida) é baseado em fatos reais, o roteiro fora muito bem escrito, a montagem e a fotografia são perfeitas para a idéia que foi transmitida, e não há com negar que é espírita. Há várias citações clichês de auto-ajuda, mas que foram trabalhadas de forma distinta tornando-as mais profundas e dignas de serem “re-analisadas” e que se todos praticassem tais clichês, com certeza o mundo seria aparentemente melhor. Tenho carinho por este filme, pois não é um simples “analgésico”, em alguns momentos é “antibiótico” para os atropelos mentais bombardeados por equívocos advindos de “pensamentos” sem reflexões em práticas inconscientes. Outro filme que não há respostas, não para perguntas egoístas, apenas novamente mostra “o segredo” simples da vida, pensamentos positivos unidos indiscutivelmente a AÇÕES POSITIVAS, que nos fazem “ultrapassar” limitações cartesianas com ajuda de quem menos se espera e com “coisas insignificantes” para olhares bem desatentos.

Vale apena citar dois pontos que julgo entre tantos os mais importantes, como quando o jovem lindo, sarado e “sabe tudo”, tem pela primeira vez uma idéia iluminada: “pessoas fáceis de se odiar, são as que mais necessitam de amor”, (uma verdadeira bomba no meu estômago) e quando este está junto a seu amigo que é um senhor idoso “carinhosamente” apelidado de Sócrates, e são pegos por assaltantes; Sócrates sem reações violentas sede aos assaltantes e ainda pergunta se querem levar mais alguma coisa, para a surpresa do jovem Dan Millman, que furiosamente indaga o por que desta atitude e ele não ter utilizado seus conhecimentos marciais para dar uma lição nos caras!(?) evitando com que os dois voltassem seminus para casa. Eu também indagaria, até por que estou escaldada, e não tenho tamanha sabedoria para entender esta reação e muito menos para agir. Neste caso o que me passou foi, “violência gera violência” ainda mais com pessoas que partem para as vias de fato na intenção de conseguirem o que cobiçam. Sim, apenas isto que consegui absorver, sendo que a indagação continua, pois não parece ser tão óbvio e caio na "mania de querer complicar as coisas”.

Não deixa de ser um filme dinâmico, leve em aparência , útil entretenimento, uma ótima “companhia” para quem está em momentos, horas “chatinhas”.


Rayat Lyrians

The Secret (O Segredo) – 2006 – Ronda Byrne

Olá, venho aqui revelar O Segredo por trás de O Segredo (risos). Quem quer dinheiro? Quem quer saúde? Sucesso na profissão escolhida? Relacionamentos bem sucedidos em todos âmbitos da vida? Quem quer? Eis uma resposta ridiculamente óbvia! TODOS QUEREM! Mas qual a chave, o caminho, orientação para se obter tudo isto? Quem tem? Juro por tudo de mais sagrado e paradoxal que, “ninguém tem, absolutamente ninguém”! Pois se o tivesse não existiriam, talvez, “novos” problemas, este seria o antibiótico para todos eles! Segundo algumas doutrinas filosóficas, espirituais entre citações bíblicas “o segredo” é mais simples que este filme com “dicas de auto-ajuda e conforto para pessoas completamente ‘perdidas em vários sentidos” como, por exemplo, obterem poder e controle das coisas a qualquer custo sem esforço algum. Os 10 mandamentos revelam “o segredo”, ensinamentos do cristianismo pregado apenas por Cristo também, como a questão do “faças por onde que te ajudarei”, “não faças aos outros aquilo que não queres que façam para ti” e por aí vai. Me diga, não é simples? Preste atenção: faças por onde que te ajudarei! Eis uma das chaves para se caminhar ao sucesso em tudo na vida, isto não diz que você o terá, apenas revela que se queres algo, faça! Assim obtendo ajuda, agora como esta ajuda virá eis um dos segredos, saber interpretar-la. Não faças aos outros aquilo que não queres que façam para ti, mais uma das chaves para se viver em paz com os amiguinhos humanos, mas lá vem a pergunta, quem segue está fórmula tão simples mesmo consciente de que muitos outros não a seguem mas, assim mesmo se mantêm firmes nela?

Não nego o poder da fé, do pensamento positivo, do poder de atração; de jeito algum, mas sim questiono a forma na qual são empregados neste filme de auto-ajuda mascarado de “físico-quântico”! Está claro que nos incentiva a pensar mais e agir menos, “quem dera se possível”, como mencionei na crítica do “Quem Somos Nós?”, se fosse e quiséssemos ficar parados meditando, pensando coisas boas e em tudo o que desejamos o dia todo, seriamos eremitas, sem contas a pagar no plano físico! Aqui “invoco” Albert Einstein que disse: 01% inspiração e 99% transpiração. Um segredo simples que fora doado, fora “de grátis” para a humanidade assim como os ensinamentos de Cristo e os 10 mandamentos. Pois sempre que quero algo, em plena era capitalista, visualizo detalhadamente várias vezes ao dia, principalmente nos momentos em que estou TRABALHANDO, (eu disse T-R-A-B-A-L-H-A-N-D-O, esforço físico!) e tenho que resolver os tais “ossos do ofício” de onde tiro o pensamento positivo de que vou conseguir o que desejo e me dá uma forcinha para lidar com estes ossinhos. Mas já tentei ficar em casa parada meditando para trincar os ossos, digo, resolver problemas e pasmem, não resolveu nada, e não consegui minhas conquistas “capitalistas”.

Minha prepotência, permite afirmar o que já foi dito por inúmeros outros grandes personagens da história que; O Segredo da Lei de Atração, está na direção do pensamento unido ao sentindo da ação, pois a partir do hábito dos 99% de transpiração vindo de 01% inspiração que talvez seja a fé para alguns, positivismo, milagres para outros, aproxima-se muito mais das tão almejadas conquistas. Agora explicar o insucesso deste “segredo simples”, sejam talvez os meios pelos quais a grande maioria dos que aqui habitam apelam. Por mim ficaria horas e horas escrevendo a respeito, pois assunto é o que não falta, é algo que dá pano para zilhões mangas!(risos). Enfim haja e pense com positivismo, fé, ética, seguindo os 10 mandamentos, os ensinamentos de Cristo, e tantos outros seguimentos espirituais que lhe mostrem a retidão da vida, que são tão simples e creio eu que todos já ouviram falar e “veio de graça” do que perder tempo com este analgésico horroroso de filme que não há segredo algum!

Pronto O Segredo foi revelado, por que a dificuldade para tais conquistas é não dar atenção para fórmulas simples, como estás mencionadas, ou melhor “reveladas”, talvez “o segredo” ou um dos “segredos” a serem revelados, é: por que nós seres humanos complicamos as coisas, por que? (LYRIANS, 2011). (risos)

Em 2012 o “apocalipse” está próximo, quem sabe lá, tenhamos a resposta! Ou caso alguém já tenha, por favor revele o quanto antes!

Rayat Lyrians

What the bleep do we know? Extended Version (Quem Somos Nós?) - 2008 - Dir. Ramtha

Não há como negar que nos coloca a pensar, não há mesmo! A primeira versão do filme é muito melhor, pois passa longe do The Secret (O Segredo), que iludi muitas, mas muitas pessoas. É um documentário muito bem feito em termos técnicos, utiliza animação para conseguir lidar com um assunto tão complexo que é a física quântica de maneira mais agradável, atraente, e mesmo assim num determinado ponto chega a ser chatinho. Nesta versão, além de repetirem inúmeras cenas da primeira, ha novos depoimentos, que defendem ao máximo que religião e ciência não tem como estarem separadas é impossível tal “divórcio”, mais ou menos como se fosse o único “casamento” que vive “feliz” para todo sempre, e neste “sempre” há “sempre”, os tais “amantes” que desejam acabar com esta união “estável”. O que me torna devota fiel desta que segue a premissa de Albert Einstein quando disse: a ciência sem a religião é paralítica - a religião sem a ciência é cega. Sim, é um eterno questionar, o que é Deus? Quem o Criou? Se auto criou? Como interfere nas atitudes tanto boas quanto más de tudo que fora criado?, são perguntas comuns que sempre causam polêmicas, e se acham que irão encontrar as respostas neste documentário, o que tenho a fazer é “rir”, pois não há filme, documentário que responda isto, e sim que incite a mais perguntas, a mais indagações e muitas reflexões, pois a única resposta até então é: não sabemos, e Deus é algo assim tão complexo que a cabeça humana não tem condições ainda de explicar. Isto me remete a Eliphas Levi, ocultista cristão do séc. XIX, que em um de seus livros diz mais ou menos que; não se pode afirmar e nem desafirmar a existência de Deus e do Diabo, pois como negar aquilo que não podemos compreender? (e o mesmo vale para afirmar) Novamente cito Einstein em relação a teoria da relatividade aplicavel a religião, pois enquanto Deus for uma verdade individual, a dificuldade de resposta se encontrará em mesmo nível assim como de forma progressiva “pipocarão” perguntas e mais perguntas.

O que fica a desejar neste “extended version”, é o rumo que toma em direção a outro documentário semelhante, O Segredo, de certo momento em diante, é visível que tudo que o foi debatido sobre física quântica, Deus e “seres humanos fazerem por onde que te ajudarei” foi esquecido como num passe de mágica. A questão é pense positivo, mentalize, visualize, desenvolva a criatividade só para as coisas boas e tudo aquilo que desejas virá até ti. Concordo, mas ficar só na meditação, só no pensamento, creio que não “rola né”! (?) No fim das contas se quisesse isto, seria uma eremita, para não se ter contas a pagar pelo menos no plano material. (risos). Termino esta na próxima crítica referente ao The Secret!

Rayat Lyrians

08/07/2011

Os Pinguins do Papai



Um programa família inesquecível
Que filminho chato, que coisa ridícula esse filme, essa foi minha reação quando eu vi pela primeira vez o trailer desse longa, mas tenho que confessar, é um belo filme que exalta a família, mais que recomendável.

Os Pinguins do Papai mescla o talento de Jim Carrey a comédia e a um pequeno romance, sem exageros típicos dele, acertando bem o tom das brincadeiras e dos momentos sérios, esse é o primeiro acerto do filme.

Além disso o roteiro é singelo e traz uma bela mensagem, mas infelizmente opta por excesso de clichês e de situações desnecessárias, mas isso não tira o mérito da boa sacada de agregar os hábitos dos pinguins com a família Popper.
O diretor não ousa em nada, faz um filme tipicamente família, mas com referencias da cultura pop bem interessantes para a proposta, e brinca com as piadas sobre os pinguins de forma muito divertida.

O filme tem uma bela fotografia, excelente sonoplastia e acabamento técnico perfeito.
O destaque fica para o perfeito uso da computação gráfica nas cenas com os pinguins.
Além do belíssimo cartaz de divulgação.

SINOPSE

Tom Popper (Jim Carrey) é um especialista em comprar imóveis antigos, para que sejam demolidos de forma que sua empresa possa construir modernos edifícios. Ele almeja se tornar sócio da empresa, mas para atingir o objetivo precisa cumprir uma última missão: convencer a senhora Van Gundy (Angela Lansbury), dona de um tradicional restaurante localizado no centro de Nova York, a vender o imóvel. Algo que não será nada fácil, já que ela apenas aceita vender o local para alguém que tenha princípios. Paralelamente, Popper recebe a notícia de que seu pai, um aventureiro que rodou o mundo cujo contato quase sempre foi através do rádio, faleceu na Antártida. No testamento ele deixa para o filho um pinguim, entregue em uma caixa refrigerada. Sem saber o que fazer, Popper resolve ficar com ele após perceber a afeição que seus filhos nutrem pelo animal.

07/07/2011

Persépolis


Numa vertente do Cinema em que as mulheres costumavam ser caracterizadas como indefesas “donzelas em perigo”, assistir a um filme sobre uma mulher, feito por quem REALMENTE entende do assunto – ou seja, uma mulher – é um presente mais do que bem-vindo, e há muito tempo esperado.

E Marjane Satrapi não decepciona. Tendo como referencial master sua incrível e forte avó, vemos na jovem “profetiza” uma garota que, além de vivenciar todos os dilemas e conflitos pelos quais toda mulher no mundo passa (garotos, transformações no corpo, garotos...), ainda sofre com preconceito e discriminação – tanto pelo forte machismo em seu país de origem (Irã) quanto fora dele, pela xenofobia que se tem a “árabes” no geral – além da ditadura e das guerras civis que imperam o país na época do Xá. Mas além de mulheres fortes como a avó, também conhecemos verdadeiros homens honrados e corteses num ambiente tão impróprio, como o pai e o tio de Marjane.

Além dos personagens muito bem caracterizados, temos os impecáveis aspectos técnicos e narrativos de uma animação 2D tradicional que, mesmo com traço extremamente simples é muito bem elaborada e aproveitada tanto para fazer gags (as transformações na puberdade de Satrapi) como para efeito dramático (execuções, conversas da garota com Deus e Karl Marx). Outra coisa interessante de se notar é a “animação dentro da animação”, feita através de recortes em papel e usada para acompanhar a narração do pai de Marjane sobre a história do Xá.

A trilha sonora também acompanha o ritmo e os tons do filme com maestria, tendo seu ponto de destaque numa divertidíssima releitura de Rocky Balboa, com Marjane cantando “Eye Of The Tiger”. Por fim, a “fotografia” do filme se mostra certeira ao colocar todas as experiências passadas da protagonista em PB, fazendo do filme um longo e divertido flashback que ao final ganha cor, mostrando de maneira orgânica e criativa o momento exato em que o passado se torna o presente da história de Satrapi.

E independente do quanto eu goste de Ratatouille, confesso que o grande merecedor do Oscar de Animação daquele ano saiu da premiação com as mãos vazias.

Marjane em live-action, rsrsrs

Valsa com Bashir


Uma animação que não ganhou o Oscar de seu ano e sequer ficou entre os finalistas, concorrendo apenas como Melhor Filme Estrangeiro. Uma produção israelense dirigida por Ari Folman, num surpreendente formato de “documentário animado”.

O filme retrata as tentativas do próprio diretor, um veterano da Guerra do Líbano de 1982, de recuperar suas memórias perdidas dos eventos que marcaram o massacre de Sabra e Shatila.

Além da ousadíssima proposta do filme, retratando a crueldade e o ridículo da guerra
com até mais intensidade do que o aclamado “Apocalipse Now”, “Valsa com Bashir” é, sem dúvida, um delírio para os olhos.  O capricho dos traços e movimentos é tamanho que fez muitos duvidarem se o filme não fora feito com rotoscopia, de tão detalhada e bem desenhada que é a animação. A paleta de cores, intercalando sempre entre tons de amarelo e azul, as sombras contrastantes, o ritmo da trilha sonora, tudo isso aumenta a dramaticidade sem pender para exageros e ainda confere ao filme um ar ao mesmo tempo triste e misterioso,
que vai pesando cada vez mais conforme as memórias vão surgindo à mente de Folman.

Valsa com Bashir pode até retratar uma guerra específica, mas não perde tempo com explicações. Talvez intencionalmente, já que consegue fazer referências tanto à guerra do Vietnã quanto aos campos de concentração nazistas, mostrando que independente da época
e das supostas justificativas, tudo não passa de uma barbárie que trará sofrimento e traumas tanto para quem é vítima, quanto para quem pratica.

Magnífico e extremamente adulto em todos os seus aspectos, um filme que merecia, no mínimo, ter ficado entre os finalistas de Melhor Animação.


Lin Marx
twitter.com/linmarx

Kung-Fu Panda 2



Definitivamente fico na esperança que Carros 2 não tenha sido tão pior do que o primeiro do que este foi. Arrastando para fora toda a profundidade de personagens importantes no primeiro, como Shifu e Tigreza, para se concentrar total e "apenasmente" em Po, tentando fingir alguma tentativa de construir um pouco mais seu pai adotivo - tentativa bem frustrada, diga-se de passagem.

Não dá pra negar que temos cenas de ação, comédias inusitadas, momentos divertidos em que o protagonista certamente nos cativa (quando está no meio de 9 heróis lendários em slow-motion, imitando os bons e velhos clichês do gênero, ele exprime um empolgante "eu amo vocês" de uma maneira que não há como não curtir), mas o fato é que todos os outros se tornaram estereótipos em função dele e isso diminuiu muito a carga dramática. A construção do vilão até que é muito boa, mas insuficiente.

Ah, antes que eu me esqueça: a qualidade técnica da Dreamworks continua cada vez melhor, todas as cenas são belas e as sequências em 2D também.

Em resumo, não perca tempo com este filme. É melhor parar no primeiro pra não se frustrar depois: estou seguindo este conselho à risca em Carros 2.

Lin Marx

O Fantasma da Ópera (2004)

Há uns dois, três anos esse era um de meus filmes prediletos; em menos de dois meses, assisti umas três vezes, no mínimo. Era meu filme-pantufa. Agora mais crescida, dou minhas singelas considerações sobre o que pensava e o que penso do filme:


1°: continuo achando que Gerard Butler estava lindo, maravilhoso, belíssimo como Fantasma (ao contrário do feioso Rei Leônidas de 300), sua voz era ótima e eu ainda quero ter um desses lá em casa - desde que não seja um psicopata antissocial que queira me aprisionar, nem que tenha metade do rosto distorcido, claro.


2°: admito que a interpretação do personagem-título e de vários outros (quase todos!) é um tanto caricatural e meio retardada em alguns momentos - destaque da retardadice para a "dramática" cena final em que Christine precisa escolher entre fugir com o Fantasma ou deixar Raul morrer enforcado por ele, e a cara de desespero dela parece ser mais justificada pela comicidade das caretas de ambos ao cantar do que pela decisão: com atuações tão péssimas, eu também ficaria desesperada!! 


3°: nas três/quatro vezes em que vi o filme eu chorei no final pelo trágico destino do Fantasma... Mas fala sério, apesar do rosto deformado ele tinha outras opções né?! Passou tantos anos aprendendo artes e sendo ajudado pela sra. cujo nome não me lembro que poderia ter sido encorajado a ser mais bondoso e menos homicida. Apesar de seu trágico passado, suas maldades e seu egoísmo o fizeram cavar a própria cova.


4°: A música "Prima Dona" é um porre, sempre foi e sempre será. Momento mais descartável do filme.



Já consideradas minhas mudanças (ou não) de pensamento, devo dizer que a produção de um filme independente com orçamento tão alto e tão tecnicamente belo (a sequência digital de restauração do lustre, ao mesmo tempo que voltamos ao passado, é maravilhosa, tão bela e caprichada quanto sua própria destruição) deve ser, no mínimo, encorajada. Apesar dos pesares, O Fantasma da Ópera é um musical com belas vozes (leia-se Christine e o Fantasma), alguns bons atores (leia-se, uma: Emmy Rossum), uma fotografia excepcional (mesmo) e uma direção de arte maravilhosa, expêndida, belíssima. A maior falha do filme, pasmem, reside na direção, em planos-sequência que são cortados antes do tempo sem justificativa, em enquadramentos que fingem que te levarão longe e de repente simplesmente voltam ao feijão com arroz. Joel Schumacher é um mala sem alça que conseguiu estragar com o próprio trabalho, não soube dirigir os atores, não soube dirigir o câmera em muitos momentos, e acabou por não dar a "magia" e o envolvimento que essa produção merecia.

Ou seja, eis aí a prova viva de que um único mané pode por ralo abaixo toda uma equipe quando não faz seu trabalho direito.

Lin Marx

Dogville



Senhoras e senhores, meninos e meninas de todas as idades, caros internautas cinéfilos e escelentíssimos transeuntes virtuais: apresento a vocês o filme que me fez odiar Lars Von-Trier.

Grande Depressão de 30. Uma cidadezinha pacata e minúscula no meio dos EUA, uma jovem fugitiva de mafiosos, um rapaz que propõe ajuda dos habitantes da cidade para abrigá-la em troca de pequenos favores que com o tempo vão ficando cada vez maiores e piores... Dogville é tecnicamente extraordinário e artisticamente inovador, com sua ausência de cenário e a habilidade de seu elenco ao abrir e fechar portas que não existem, entre outras coisas; é depressivo ao mostrar claramente que as boas intenções do ser humano não passam de mentiras que escondem sua natureza perversa e, como sempre, xenofóbica.

Como de costume Lars Von-Trier não tem escrúpulos para chegar aos resultados que quer quando faz um filme e suas protagonistas são prova viva, como elas mesmas dizem. Mas isso não é novidade e não foi esse o início de meu ódio pelo cineasta, pois quando assisti ao filme eu sequer sabia de seus meios. Aliás, quando o vi pela primeira - e última - vez, eu era uma adolescente de 17 anos facilmente influenciável e filmicamente vulnerável. Não consegui suportar ver Dogville na íntegra, adiantei várias partes, e ainda assim fiquei aflita, nervosa, ansiosa para que a mocinha conseguisse escapar da cidade e, de uma vez por todas, acabar com o meu sofrimento. Entretanto, quem viu o final do filme sabe que Grace Mulligan faz uma escolha para o destino finalde seus agressores: defensora do amor ao próximo, da misericórdia e do perdão, eu condenaria a escolha de Grace até o último... Entretanto não consigo negar que, naquela época, na pele da jovem vítima eu sei que faria exatamente a mesma escolha.

Hoje tenho 20 anos e sou um pouco mais madura; não odeio Lars Von-Trier como antes odiava, mas nunca concordarei com seu pensamento, sua ética e seus meios. Não sei se após assistir novamente ao filme eu teria a mesma reação de três anos atrás, mas o fato é que isso já não me interessa mais. O que sei é que o cinema "larsvontriano" proporciona sessões de angústia, melancolia e depressão que definitivamente não preciso e nem quero ter gratuitamente - entre aspas gratuitamente, já que se paga pra ver o filme.

Lin Marx
@linmarx

01/07/2011

Titanic

Não podia fechar o curso sem comentar do melhor filme da história do cinema: TITANIC. Não digo isso só pelo filme em si, mas por tudo o que ele conseguiu, coisas que nenhum outro filme fez. Por muitos anos ficou disparado em primeiro lugar na bilheteria, e só perdeu o posto para outro filme do mesmo diretor, Avatar. James Cameron não faz filmes para pouca bilheteria (quando eu crescer quero ser igual ele). Além da bilheteria, temos os aspectos técnicos do filme. Titanic conseguiu com muita veracidade representar um transatlântico gigante no oceano com uma réplica do navio em um tanque. Os grandes planos gerais do navio navegando são muito bonitos. Ninguém diz que aquilo é um tanque!
Outra nota 10 para o filme é para a trilha sonora. Trabalho extraordinário de James Horner. E é mais uma grande conquista do filme, quem não se lembra da música tema do filme? Qualquer pessoa sabe pelo menos cantarolar a musica. Qual outro filme conseguiu marcar tanto sua trilha como Titanic?
A próxima nota 10 vai para a direção. Não preciso nem falar que James Cameron é um diretor incrível né? Bom, cenas inesquecíveis estão por toda a parte do filme, outra coisa que nenhum outro filme conseguiu fazer como Titanic. Quem não se lembra daquela cena em que a Rose fala a tão famosa: “I'm flyin Jack!”?
Titanic já conseguiu se sustentar firme por 14 anos, e ainda é lembrado muito fortemente por todos que o assistiram. Prova disso é que agora vão relançar o filme em 3D e vai ser um sucesso. Titanic ficou em cartaz de dezembro de 97 a outubro de 98, quase um ano, nenhum outro filme conseguiu se sustentar tanto tempo em cartaz.
Para considerarmos um filme como o melhor da história do cinema, não devemos analisar apenas alguns aspectos, como roteiro, direção, arte. Temos que analisar o conjunto e como essa união de departamentos contribuiu para a consolidação do filme. Temos que analisar também a aceitação do publico em geral, pois é para eles que o filme é feito. É claro que existem filmes muito melhores que Titanic em aspectos isolados. Mas no todo, Titanic é de longe o melhor da história. Agora é só esperar ansiosamente o relançamento nos cinemas em 3D!

Os Fantasmas de Scrooge

“Os Fantasmas de Scrooge” é uma animação adaptada do livro “A Christmas Carol”. O filme tem um roteiro muito bom, e não é aquele filme de natal qualquer que passa no dia 24 da Sessão da Tarde na Globo. É uma lição de vida, que com certeza muita gente deve aprender. Ebenezer Scrooge é um velho muito chato. Ele trata todos mal, só quer saber do dinheiro dele e odeia o natal. Por causa disso, ele recebe a visita de 3 fantasmas para “abrir os olhos” dele. Eles mostram o passado, o presente e o futuro para Scrooge, com isso ele pode rever suas atitudes.
A animação é feita através da tecnologia mocap (motion capture), que captura movimentos de atores reais e passa para o software de animação, dando um realismo incrível nos movimentos. A textura da animação também é super-realista. Lembra bastante o estilo do Expresso Polar, mas agora muito mais aperfeiçoado.
É um filme que surpreende bastante pelo tom dramático que ele dá. Não é o filme mais infantil da Disney. Ele é meio sombrio, e as vezes até assustador.
O ritmo da montagem também não é característico de filmes blockbuster e animação. Tem planos sequencia longos, mas ele quebra a monotonia com movimentos megalomaníacos.
A atuação de Jim Carey e Gary Oldman também são um espetáculo à parte, e pra quem gosta de filmes dublados, a dublagem brasileira não deixa nada à desejar, também é excelente.
“Os Fantasmas de Scrooge” é um filme que vale a pena ser visto, não só pelo excelente roteiro, mas também pela qualidade visual do filme.