09/07/2011

Boudica (Warrior Queen) - A Rainha da Era do Bronze - 2003 - Dir.Bill Anderson

Executar fatos históricos no cinema “de veras” é um quebra-cabeça em zilhões de partes tornando-o quase impossível de chegar na metade da montagem temática, ainda mais para “fãnáticos” do assunto épico em questão. Um dos casos é Boudica, Rainha Guerreira Celta que comandava a região da Bretanha na Gália, atual França, com a “cronologia” de sua existência, contraditória em vários livros o que dificulta a exatidão histórica no filme também. Em alguns, conta que viveu em 72 a.C, em outros 1000 d.C, mas a maioria relata que fora morta em 72 a.C no comando do imperador Júlio César e não de Nero como mostra o filme, havendo um extermínio total de todo povo celta, principalmente mulheres grávidas e seus sacerdotes, os Druidas. Impossibilitando assim, esta “linhagem genética” continuar, colocando em crédito a existência não dos celtas mas de seus sacerdotes que possuíam o “dom” da alquimia e sabedoria colossal a respeito das forças naturais, que os romanos tanto ambicionavam. Este ocorrido ficou marcado na história como “A Revolta de Boudica”, entre tantas outras batalhas mais uma em que guerreiros celtas foram nus para guerra munidos apenas de suas gaitas-de-foles e pintados de azul como “escudo” da pele. Fato que o filme não conta, mas por outro lado destaca as perversões de Nero, as vezes chego a pensar que o filme deveria ser Nero Mais um Demente em Roma, pois parece que dão mais ênfase a ele que a Boudica e o povo Celta em si.

Tecnicamente é um fiasco, fotografia, montagem, direção de arte e até direção de atores, peca e muito, mas em termos de roteiro até que conseguiu passar um pouco da essência do que possivelmente foram os celtas, ou melhor uma parte deles, um clã comandado pelas mãos de “broze” de uma mulher que “reza a história” ter dito: “um herói de verdade nunca será morto em batalha, pois suas ações permearam a história” sendo uma das frases que dá início ao filme. O bacaninha é a narração dada pela própria Rainha Celta depois de morta, o que não faz do filme nenhuma novidade, mas consegue prender a atenção para aqueles que se interessam pelo assunto e “broxa” para os apaixonados, como é o caso desta que vos fala! Ah! como ainda desejo ver um filme fidedigno no mesmo patamar, exaltados com glamour em alguns de muitos livros que glorificam esta rica magia da cultura e povo, que habitaram a Terra que são os Celtas! *AWEN!

*AWEN: Inspiração puramente divina promissora de conquistas espirituais e físicas, que parte do mais “alto nível” de felicidade, como também da depressão extrema, numa gana por justiça.

Rayat Lyrians

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