07/07/2011

O Fantasma da Ópera (2004)

Há uns dois, três anos esse era um de meus filmes prediletos; em menos de dois meses, assisti umas três vezes, no mínimo. Era meu filme-pantufa. Agora mais crescida, dou minhas singelas considerações sobre o que pensava e o que penso do filme:


1°: continuo achando que Gerard Butler estava lindo, maravilhoso, belíssimo como Fantasma (ao contrário do feioso Rei Leônidas de 300), sua voz era ótima e eu ainda quero ter um desses lá em casa - desde que não seja um psicopata antissocial que queira me aprisionar, nem que tenha metade do rosto distorcido, claro.


2°: admito que a interpretação do personagem-título e de vários outros (quase todos!) é um tanto caricatural e meio retardada em alguns momentos - destaque da retardadice para a "dramática" cena final em que Christine precisa escolher entre fugir com o Fantasma ou deixar Raul morrer enforcado por ele, e a cara de desespero dela parece ser mais justificada pela comicidade das caretas de ambos ao cantar do que pela decisão: com atuações tão péssimas, eu também ficaria desesperada!! 


3°: nas três/quatro vezes em que vi o filme eu chorei no final pelo trágico destino do Fantasma... Mas fala sério, apesar do rosto deformado ele tinha outras opções né?! Passou tantos anos aprendendo artes e sendo ajudado pela sra. cujo nome não me lembro que poderia ter sido encorajado a ser mais bondoso e menos homicida. Apesar de seu trágico passado, suas maldades e seu egoísmo o fizeram cavar a própria cova.


4°: A música "Prima Dona" é um porre, sempre foi e sempre será. Momento mais descartável do filme.



Já consideradas minhas mudanças (ou não) de pensamento, devo dizer que a produção de um filme independente com orçamento tão alto e tão tecnicamente belo (a sequência digital de restauração do lustre, ao mesmo tempo que voltamos ao passado, é maravilhosa, tão bela e caprichada quanto sua própria destruição) deve ser, no mínimo, encorajada. Apesar dos pesares, O Fantasma da Ópera é um musical com belas vozes (leia-se Christine e o Fantasma), alguns bons atores (leia-se, uma: Emmy Rossum), uma fotografia excepcional (mesmo) e uma direção de arte maravilhosa, expêndida, belíssima. A maior falha do filme, pasmem, reside na direção, em planos-sequência que são cortados antes do tempo sem justificativa, em enquadramentos que fingem que te levarão longe e de repente simplesmente voltam ao feijão com arroz. Joel Schumacher é um mala sem alça que conseguiu estragar com o próprio trabalho, não soube dirigir os atores, não soube dirigir o câmera em muitos momentos, e acabou por não dar a "magia" e o envolvimento que essa produção merecia.

Ou seja, eis aí a prova viva de que um único mané pode por ralo abaixo toda uma equipe quando não faz seu trabalho direito.

Lin Marx

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