20/06/2012

Flores do Oriente - The Flowers of War - Jin Líng Shí San Chai


Nunca escrevi uma crítica de cinema na minha vida, mas fui instigado pela Paula a fazer isso antes mesmo de saber que seria obrigado a fazer isso, pelo menos duas vezes. Mas acredito que não vou parar por aí. A não ser vocês peçam.

O filme Flores do Oriente foi se eu não me engano o terceiro filme oriental que eu já assisti. O primeiro, inclusive é do mesmo diretor Zhang Yimou e se chama Herói (Hero / Yĩngxióng , 2002). Lembro que teve uma cena do filme Herói em que estava chovendo e tinha alguém tocando um instrumento musical típico chinês. Eu fechei os olhos não, eu não dormi no filme e parecia que eu estava no meio da chuva. Ou seja a sonorização era demais, quase perfeita, dentro daquela sala de cinema com o áudio em 5.1, as cores desse filme também, demais, mas não estou aqui para falar desse filme, um dia quem sabe, talvez depois de assistir ele outra vez.


O segundo filme Oriental que assisti foi Amores Expressos (Chungking Express / Chong Quin Sen Li , 1994) do diretor Wong Kar-Wai . Lembro que assisti, porque disse pra uma professora que eu estava escrevendo um roteiro o qual não acabei até hoje sobre amor e que se passava nesse grandes meios urbanos, então ela me sugeriu esse filme. Eu lembro que gostei do filme, mas esperava um pouco mais eu tava com muita expectativa de ver cenas gravadas no Metrô, porque no meu roteiro o Metrô é muito importante, e não lembro de ter visto nada disso nesse filme daí fiquei frustrado, não vou falar desse filme também, talvez uma outra hora depois de assisti-lo novamente.


Enfim deixa eu fazer a minha crítica sobre o filme chamado Flores do Oriente, do diretor que já citado acima, Zhang Yimou.


Gente eu não vou ficar aqui falando o que acontece no filme, pra mim contar o filme é contar o filme.


Achei muito interessante toda a trama do filme.Um roteiro bom que me envolveu. Eu li algumas coisas, mas eu não percebi enquanto passava os lettrins iniciais se é baseado em uma história real ou não eu não sei ler mandarim. Estava escrito que é baseado na novela de tal pessoa, que já aviso, não vou lembrar o nome, tenho um sério problema de memória. Eu vi no Wikipédia que aconteceu mesmo esse massacre, mas essa história em si que conta o filme deve ser ficção ou uma verdade que virou lenda.


A construção dos personagens e a mudança do caráter de alguns durante o filme é muito boa. Legal, que no meio do filme eu pensei: O roteirista deve se enquadrar em algum desses personagens. Em qual? Eu penso que geralmente é sempre assim pra quem escreve roteiro, tem coisas que acontecem que você coloca, atitudes de personagens que te descrevem e você se vê fazendo aquilo. E todos nós na real, pelo menos aqueles que tem sentimentos se identificam com certas atitudes, boas ou más, o que talvez nos identifique com certos personagens, mesmo quando não queríamos ser ele.


Uma frase que eu gostei do filme e acho que é verdade é não esqueçam que eu já disse que não sou bom de memória, foi algo mais ou menos assim: “As vezes a verdade é a última coisa que precisamos ficar sabendo.”


Gosto de escrever mas não me considero um bom roteirista, um dia talvez quando rodar um roteiro meu, se eu gostar eu talvez mude de ideia.

Vamos falar do que eu acho mais legal.

Gostei demais da fotografia do filme, e quando falo da fotografia não me refiro apenas a questão da iluminação. Eu acredito que faz parte da fotografia o plano. O local que a câmera está e o que ela faz, os movimentos. Isso sempre cabe ao diretor escolher o enquadramento, então eu acredito que todo diretor é um fotógrafo que talvez não saiba mexer na luz.



Além disso considero a correção de cor como fotografia, mas isso é pós-produção.

Cara, tem algumas cenas que eu pirei. Sério. Uns enquadramentos e movimentos de câmera muito bom. Uma das cenas que mais me marcou foi uma que é um plano seqüência, eu fiquei com vontade de ficar de pé e aplaudir. Mano, que plano seqüência massa. Devido ao problema de memória eu não lembro da onde o plano começa.


Mas eu lembro que tem duas moças que estão fugindo, elas acabaram de deixar um lugar, pra voltar pra igreja. Elas começam a ser perseguidas, dai elas se escondem, os soldados passam, elas voltam porque deixaram cair o que estavam levando, dai os soldados aparecem outra vez, elas entram na casa, sobem as escadas, uma toma um tiro, a outra se esconde, soldado encontra ela, ela corre, ela chega na beira do lugar onde ela está, a câmera chega do lado dela e ela pula no rio. Então eu pensei: pronto, acabou o plano seqüência, que legal. NÃO! O câmera pula junto! MANO, MUITO LOUCO. Daí a cena ainda continua de dentro do rio com a câmera e você vê que dois soldados pulam e pegam a mulher.


Me diz se isso não é digno de aplauso e “bravo”? Sério, eu quase pedi pra parar o filme e voltar nessa cena. Mentira, mas que quero ver esse plano outra vez eu quero.


A correção de cor desse filme é linda. Gostei demais. Sempre voltado pro cinza, pra essa coisas de desilusão, falta de esperança. A utilização dos vitrais da igreja ficaram show de bola, inclusive é quando aparece mais cor dentro da igreja.


Lembrando que a última cena mostra outra vez uma cena que já foi passada tipo um flashback, e você vê tudo com outros olhos. Você liga as cores com a cena eu pelo menos liguei e com tudo o que aconteceu, e você vê que ali estavam chegando as pessoas que iriam salvar a vida de outras pessoas.


De verdade, eu gostei do filme. Achei um bom filme. Assistiria outra vez. E recomendaria.

Quem assistir, espero que goste, e depois me diga o que achou do filme.


O Trailer Oficial: 

Abraços, Gesiel Leachi.

@gesielleachi

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Sempre acreditei que a crítica fosse uma análise que fazemos de alguém ou de alguma produção, seja ela artística ou não, podendo ser feita (a análise) com muita profundidade ou não.

    Acredito que a crítica além de ser uma análise é também a capacidade de julgar. Um julgamento sem uma sentença ou sem a formação de um conceito é um julgamento nulo, frívolo.

    Então penso que toda crítica deve ter a visão, o julgamento de quem escreveu, caso contrário ela será apenas uma descrição, um relato.

    Assim como o que você escreveu acima é em parte crítica e em parte sugestão.
    Crítica pois você expõem e coloca o seu conceito de crítica e julga de acordo com o que você pensa e o que eu escrevi.
    E as sugestões sobre a foto e letra (que já mudei =P) pode deixar vou acatar para minhas próximas críticas.

    E desculpe se a minha análise técnica está superficial. É meu jeito de escrever.

    Obrigado pelo comentário.

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