17/03/2011

Entrevista com o Vampiro - 1994

Entrevista com o Vampiro foi o primeiro filme sobre vampiros que eu assisti e não tive como não me apaixonar pela história. Foi a partir daí que eu me interessei por esse tema e passei a pesquisar o assunto. A maneira como os acontecimentos são relatados dá a trama o ar de suspense.

Baseado no livro de Anne Rice o filme conta a história de Louis de Pointe du Lac (Brad Pitt), de Lestat de Lioncourt (Tom Cruise) e da vampirinha Cláudia (Kirsten Dunst) narrada pelo próprio Louis ao jornalista Daniel Malloy (Christian Slater) em um quarto de hotel durante uma de suas crises existenciais.

São retratados no filme os questionamentos religiosos, as imprecisões sobre padrões comportamentais, éticos e morais. As inquietudes e insatisfações constantes do personagem do Brad Pitt, trazem à tona uma rejeição da violência e ferocidade dos vampiros que são comuns na sociedade e tão contrastante com elegante encanto com que estes seres exercem sobre nós.

A Compaixão e amor paternal que Louis demonstra por Cláudia chegam a influenciar no seu caráter, já Lestat tem uma sensualmente brutal e não se conforma com a rejeição que Louis tem por seu próprio instinto.

Entrevista com o Vampiro traz no seu contexto a real e cruel imagem que a sociedade criou sobre os vampiros ao longo dos séculos. Tempo este que é fielmente retratado nos figurinos, na música e na arquitetura dos cenários.

A mistura do real com o imaginário popular é mostrada no filme através de uma companhia de teatro comandada por Armand (Antonio Banderas), onde uma irmandade de vampiros que fingem serem pessoas normais, interpretando vampiros em uma peça teatral, para conviverem em sociedade sem serem notados.

A bela fotografia do filme Entrevista com o Vampiro mistura-se com a sutileza do diretor Neil Jordan na escolha dos planos e movimentos de câmera.

Como diz no filme Lestat de Lioncourt " O mal é um ponto de vista (...). Deus mata, assim como nós; indiscriminadamente. Ele toma o mais rico e o mais pobre, assim como nós; pois nenhuma criatura sob os céus é como nós, nenhuma se parece tanto com Ele quanto nós mesmos, anjos negros não confinados aos parcos limites do inferno, mas perambulando por Sua Terra e por todos os Seus reinos.




Diane Grossko


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