As Brumas de Avalon, bestseller de 1979, retrata em quatro livros a lendária história do Rei Arthur, de forma distinta, revela um homem frágil e dependente indiretamente direta da rica e misteriosa magia da ilha sagrada de Avalon com seus magos sacerdotes e sacerdotisas, druidas e druidesas, para o vulgo, bruxos e bruxas, na verdade a história é mais de Avalon que qualquer outro personagem. Esta obra-prima, teve sua adaptação para o cinema lançada em 2001. Sim, batemos naquela tecla que, os livros são muito melhores que o filme.
Nota-se que Gavin Scott, que roteirizou a obra, tentou aproveitar ao máximo o que haveria de melhor no livro com intuito de um filme comercial sobre magia e com máscara de quase histórico. É plenamente entendível a dificuldade de se fazer uma adaptação de um tema complexo que trata a obra, com extermínio de culturas, divergências religiosas acentuadíssimas, a inerente ambição do homem em querer ter o poder para manipular a todos principalmente por meio de doutrinas espirituais, como já ressaltada. Pena isto não ser tão destacado no filme. Embora se tenha 180 minutos de filme, como disse, a intenção é comercial, então se apela para os atos de sexo e guerra (principalmente).
A Fotografia do filme fica a desejar, alguns efeitos especiais também, tem-se inúmeros erros de continuidade. Resumindo é um filme tosco. Mas mesmo assim consegue encantar, para os amantes da temática, sendo o paganismo celta retratado. O Roteiro poderia ter sido bem melhor desenvolvido, destacando a importância do Merlin da Bretanha, seus ensinamentos e conflitos com Viviane a Grã-Sacerdotisa de Avalon. Avalon é o mistério, Avalon é a grande pergunta do por que e como o povo que habita a ilha sagrada é tão pacífico e possui tanta sabedoria, Avalon é a protagonista da história, mas certeza que conveniências prevaleceram, talvez para não chocar e entrar para o “index” da igreja católica, mesmo com a extinção do mesmo.
As Brumas de Avalon se salva pela ótima direção de atores, o diretor Uli Edel caprichou na escolha, e realmente não teria pessoa melhor que Angelica Huston para interpretar Viviane a Senhora do Lago, Juliane Marguiles como Morgana, possuidora de uma beleza exótica e Hans Matheson como Mordred filho de Morgana e Morgause irmã de Viviane interpretada por Joan Allen, quarteto de atores impecáveis. A trilha merece destaque para o compositor haitiano Lee Holdridge e a canadense Loreena Mckennitt que deram uma riqueza a algumas cenas quase que divinas! Embora tosco, é um ótimo entretenimento e que contém relevantes surpresas completamente modificadas do livro.
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