Scott Pilgrim é um exemplo de inovação estética e de linguagem. É uma linguagem extremamente direcionada ao público adolescente, que está acostumado com informações rápidas, jogos eletrônicos,etc. O diretor optou por manter a mesma lógica dos quadrinhos que foi adaptado, com tela dividida, efeitos sonoros representados por texto (punch, crash, boom, ding dong), e usou bastante o estilo de videogames, na verdade o filme inteiro é um jogo, desde o roteiro até a estética.
Essa estética é justificada pelo roteiro: Scott tem que derrotar os 7 ex namorados da menina que ele gosta para conseguir ficar com ela. Ou seja, o filme nos insere em uma história de game e usa diversos artifícios para mostrar isso. Em alguns momentos chegamos a nos perguntar se estamos vendo um filme ou jogando videogame. Até letreiro das fases (níveis do jogo) o filme tem.A montagem do filme é uma das melhores que eu já vi, muito inteligente e dinâmica. No início parece um pouco complicado, mas logo você começa e entender tudo. Com elipses muito bem pensadas, a fala de uma cena engata na fala de outra cena, isso não é nenhuma novidade, Shrek Terceiro fez isso também, mas a forma como está em Scott Pilgrim é genial.
Com uma trilha sonora baseada no rock e em jogos de videogame, o som também acompanha muito bem a estética do filme. Usam diversas vezes durante o filme, efeitos sonoros conhecidos dos games, como por exemplo, o som de vida, de inicio de round, etc.
E depois de usar tantos elementos do videogame, o filme não podia deixar de terminar sem o clássico “Continue? 10, 9, 8, 7....”
Nota 9 pro filme, nota 1000 pra edição.
Esqueceu de comentar o timing cômico do filme, que é excelente! Um dos melhores e mais engraçados filmes de 2010. E o fato de ele ter ficado de fora da categoria de melhor edição do Oscar prova que este mundo não é um lugar justo.
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