28/06/2011

Crítica - O discurso do rei

De injustiças o Oscar é construído, e desta vez ele fez o impossível, tirou o prêmio do filme que todos os analistas previram ganhar, o longa de David Fincher “A rede social”. Não que o filme do novato Tom Hooper seja ruim, por que não é, mas de melhor filme do ano para um bom filme são duas estremas diferenças.
O longa é perfeito em muitos aspectos, começando pela belíssima direção de fotografia de Danny Cohen, que cria vida a cada cômodo que toca com suas lentes, devo admitir que se este filme tive-se sido lançado há uns quatro anos atrás, com certeza a dupla iria ser considerada para dirigir um longa da franquia Harry Potter, o visual britânico é indiscutível.
A perfeição do belíssimo elenco deixa cada segundo imperdível, Colin Firth, em seu melhor papel, da vida ao Rei George VI com autenticidade sem igual, e sua interpretação é solidificada por possuir a sua volta um elenco de apoio sem igual. Mas se você viu quase todos os filmes de Firth, você nota certa repetição, seus papeis quase sempre são de aristocratas secos e grossos, e ele repete mais uma vez aqui, a diferença é que o elenco de apoio é tão bom e descontraído que passa despercebido.
O filme é romântico, divertido, audacioso e dramático, mas principalmente inspirador, provando que não existem defeitos que impedem seres humanos, mas seres humanos que se prendem a seus defeitos e se definem a partir deles.

- Alex Oliveira

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