29/06/2011

Crítica – Roma, cidade aberta

O neo-realismo italiano teve como principal característica mostrar e apresentar ao mundo o terror de uma Itália fascista. Um dos principais diretores deste movimento fora Roberto Rossellini e entre seus projetos está “Roma, cidade aberta” de 1945.
O longa, além de apresentar uma história pesada, com um roteiro que para época era mais do que provocante, possui uma construção técnica visionária, mesmo sem equipamentos, que na America já eram utilizados, Rossellini dava uma aula de planos e enquadramentos dignos.
Uma das melhores cenas, é quando o prédio é esvaziado, enfileiram os moradores na rua, e os soldados realizam um arrastão no interior do prédio, onde ao mesmo tempo o padre tenta esconder as armas, mostrando o autoritarismo do exercito e seu poder – que na época – não existia igual para confrontá-lo, nem mesmo a igreja.
Rossellini expressa o medo e o desgaste das pessoas que sofriam abusos 24 horas por dia, demonstrando um mundo de cinzas.

- Alex Oliveira

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