28/06/2011

Critica - Sucker Punch

Em Hollywood existem centenas de diretores em atividade: televisão, cinema, vídeo-clipe, curtas, médias, comerciais, e esses são apenas alguns dos setores em que a cidade foca. Dentro desta gama há diretores importantes que apenas nomeados a um projeto levantam orçamentos, contratam qualquer “movie star”, e levam um publico maciço as salas de cinema. Há alguns anos esses diretores fundavam seus próprios estúdios, como o grande Steven Spielberg e a sua DreamWorks, hoje o caso é diferente, estúdios de grande porte como a Warner Bros. produzem projetos intermediários apenas para agradar suas estrelas cinematográficas, como Christopher Nolan, Francis Lawrence, e a sua estrela em ascensão Zack Snyder.

E Snyder não decepciona, apresentado ao mundo com um pequeno filme de zombie, em seguida desacreditado nos corredores hollywoodianos lançou um dos filmes mais lucrativos de 2006, “300”, dois anos depois desenvolveu o longa que muitos diziam impossível de ser produzido “Watchmen”, por muitos considerado o melhor filme da década passada, e para o começo desta nova década ele lança um dos roteiros mais inspirados já escritos.

O longa conta a história de Baby Doll (Emily Browning), trancada em um instituto psiquiátrico por seu padrasto após a morte de sua mãe, lá ela terá cinco dias para fugir, antes de ser lobotomizada, durante esse período ela se esconde no seu subconsciente, um mundo aonde tudo é possível.

A primeira vista o roteiro parece uma simples fantasia, mas tudo isso é esquecido nos primeiros minutos em uma das melhores aberturas do cinema, em apenas 5 minutos o espectador se lembra quem é Zach Snyder. As inspiradas cenas de ação aparecem ao longo da projeção em forma de vídeo-clipes muito bem elaboradas e principalmente coreografadas. Mas o que chama a atenção é a soma de diferentes elementos, culturas e épocas que o roteiro cria como cenário de fundo – Hospital psiquiátrico, bordel, Japão feudal, Segunda Guerra Nazista, Idade média, Futurista, Orcs, Zombies, Robôs, e esses são apenas alguns dos elementos do ambicioso roteiro. Outro ponto a ser comentado é a relação entre as irmãs, Sweet Pea e Rocket, onde a irmã mais velha protege a mais nova de cada perigo presente, algo que se semelhante a personagem principal, as mais presentes são: Rocket morre de forma violenta como a irmã mais novo de Baby Doll, e que Sweet Pea é a única que consegui a fuga, algo que Baby anseia desde o inicio da projeção.

A escolha pelo elenco é outro fator positivo, Znyder sempre privilegia atores desconhecidos, e consegue extrair o melhor deles, uma das escolhas durante a escalação do elenco me deixou um pouco preocupado, a High School Musical Vanessa Huggens, mas foi apenas uma cena de luta com a sua presença empunhando uma machadinha para provar que Snyder sabe o que faz.

O filme cumpre o que promete: ação pirotécnica e vertiginosa, onde 200 inimigos são mortos de 200 formas diferentes, por cinco garotas vestidas de colegiais, empunhando diferentes armas, tudo que um jovem nerd sadio precisa.

- Alex Oliveira

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