27/06/2011

Eu sou o numero quatro

Hollywood ainda tenta emplacar uma nova franquia infanto-juvenil para suprir um mercado que está a ponto de uma mudança, o fim da maior franquia cinematográfica da história – Harry Potter -, assim deixando uma lacuna para diferentes possibilidades. A onde a franquia do bruxo acertou outros vários fracassaram, entre as tentativas dos estúdios estão exemplos como “Eragon” e “A bússola de ouro” que conseguiram apenas um filme adaptado, “Percy Jackson” tenta sobreviver e terá o seu segundo livro levado a telona, mas os que conseguiram um espaço pouco maior foram “As crônicas de Nárnia” que já está indo para sua quarta aventura, e teve que mudar de estúdio para continuar vendo a luz do dia e a franquia de maior sucesso depois de Harry, “A saga crepúsculo” num total de cinco filmes, dois ainda não lançados.

Em meio a esta corrente de franquias que se criaram no longo dos últimos 10 anos, Michael Bay que viu em “Eu sou o numero quatro” uma forma de descanso entre o segundo e o terceiro Transformers, encontra uma história rica e divertida, mas principalmente cheia de ação e mistério. Mas Bay não teve oportunidade de tocar nem no roteiro finalizado do longa, Transformers 3 se transformou em uma prioridade para a Paramount, fazendo o repassar a idéia para o segundo diretor de confiança de Steven Spielberg, D. J. Caruso, que não faz feio, promovido pelos ótimos “Paranóia” e “Controle Absoluto”, mostra sua competência por trás das câmeras, o roteiro foi construído de forma diferente da obra literária e foca na ação, a cena final no campo de futebol é excelente.

O ator Alex Pettyfer não compromete o roteiro, mas também não o melhora, sua melhor contribuição é a ótima coordenação física, entregando um personagem rápido e habilidoso. O mesmo pode se dizer de Teresa Palmer. Os melhores personagens são os vilões divertidos e ao mesmo tempo dementes, uma construção interessante.

O roteiro ainda tem seus clichês, mas o longa apresenta algo diferente para as mentes jovens, cedentes por algo novo para seguir, criando uma possibilidade interessante de franquia, apesar dos baixos números nas bilheterias.

- Alex Oliveira

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