Mary & Max. Uma amizade diferente

O primeiro filme longa metragem do diretor australiano Adam Elliot. Um projeto muito ousado! Todo modelado em argila (cenário, personagens e etc) e usando a técnica de stop motion (cada cena fotografada quadro a quadro). Praticamente todo narrado.

A narração apresenta temas como suicídio, desemprego, obesidade, alcoolismo, cleptomania e entre outros. Obviamente não é indicado para as crianças, mas, a mistura de drama e humor é muito agradável aos adultos.

A história começa em 1976, com o cotidiano da pequena australiana Mary Daisy Dinkle, uma menina de oito anos, ignorada pelos pais e com muitas dúvidas. Por não ter com quem dividir seus sentimentos e dúvidas, escolhe em uma lista telefônica de Nova Iorque um nome aleatoriamente. Nos Estados Unidos Max Horovitz recebe uma carta. E “às vezes, perfeitos estranhos se tornam grandes amigos.”

Essa animação me fez lembrar muito de um amigo, Rafael Araújo, com sua Animação “Chapeuzinho Adolescente”. Utilizando da mesma técnica de Adam Elliot claro que com menores recursos, mas não menos belo. Um curta ao qual recomendo.

E interessante destacar a predominância de duas cores: o marrom para o mundo de Mary e o cinza caracterizando o mundo de Max. A demais cores são recorrente em algumas cenas, como o vermelho.

É um filme excêntrico, no entanto encantador em sua técnica, em seu roteiro, no trabalho fotográfico, em tudo.

Natalie Patricio