31/05/2011

Minhas Mães e Meu Pai

Ao fazer uma avaliação de minha própria critica com relação ao Minhas mães e meu pai, não pude deixar de perceber a dimensão e o quanto ele esta inserido na vida do cotidiano dos novos padrões de famílias constituídos a partir de uma união Homofetivo , para a atualidade em hoje vivemos.

E um filme feito para ajudar na compreensão de pessoas que ainda não enxergam que a nossa realidade hoje é outra que as famílias são formadas dentro de novos formatos, dentro do mais novo padrão da sociedade .
Minhas mães e meu pai e ligeiramente cômico , dramático romântico e atual e com o reconhecimento da relação Homofetivo, que agora é reconhecido por Lei, este filme pode ser um instrumento de grande valia para entendermos um pouco mais sobre essas famílias que tem exatamente os mesmos medos e tristezas de uma família dita normal pela sociedade e fica uma pergunta onde existe um ponto onde podemos diferenciar todas estas questões tão bem retratadas nessa trama.
Realmente os tempos são outros e é nosso papel nos adaptarmos aos novos padrões pois o sol nasce para todos e minhas mães e meu pai veio para ficar na historia e na vida de quem assistir , e a partir disto tirar as suas próprias conclusões para este novo mundo de transformações na vida de nos seres humanos e simples mortais.
Tereza Pereira

30/05/2011

A Jovem Vitoria

Vitoria uma jovem herdeira ao trono, tem somente 17 anos e após a morte do seu tio assume a coroa porem Vitoria é cercada de inimigos entre os quais sua própria mãe. Romance e política esse é o tempero, a historia puxa mais para vida pessoal da rainha do que propriamente os assuntos políticos. Isso pode ser notado no desenrolar do roteiro.
Esse filme sem duvida relata muito pouco sobre sua forca na política de seu tempo sendo essa mulher a rainha de um povo. A jovem Vitoria é um relato da sua vida pessoal rainha que assume o trono, e diante deste fato começa as dificuldades que pra jovem não era fácil ainda tinha sua perversa mãe que a tratava como uma prisioneira, mas diante de todos os obstáculos Vitoria assume o trono.
Devido a sua pouca idade e sua inexperiência tinha ao seu redor conselheiros que a manipulavam no jogo político e com isso sofre a sua primeira crise como governante em seu reinado .
Com a crise instalada ela se casa e continua nas mãos de seus conselheiros e após uma crise conjugal Vitoria quase perde seu marido e a partir disto aceita os conselhos que o mesmo propõe para que ela possa governar e juntos dão inicio a um novo governo no qual tem uma política que inclui benefícios para seu povo.
Ela retoma seu poder com o consentimento do povo e com o aval de seu fiel conselheiro que aconselha Vitoria a dar credito ao seu marido mesmo ele sabendo que isso poderá lhe trazer sérios problemas na política , ao dar apoio ao marido da jovem , pois o conselheiro acredita nos bons atos do marido de Vitoria.
Nesse filme o que realmente se pode falar de bom dele, é a fotografia em parceria com o cenário e figurino do filme, no mais ele não traz nenhuma novidade , não tem grande impactos é ideal para ser assistido em um dia de chuva e nada mais que isso.
Tereza Pereira

Sempre ao Seu Lado

Sempre ao Seu Lado conta a história de um cachorro que é extremamente leal ao seu dono. Histórias de cachorro sempre envolve o público mais pelas “caras” e atitudes do animal, do que pelo filme em si. Mas Sempre ao Seu Lado tem um roteiro bem elaborado e uma montagem que ajuda bastante na dramaticidade do filme.
O roteiro é uma adaptação de uma história real que aconteceu no Japão, mas isso só é revelado no final do filme, o que faz com que o espectador fique ainda mais emocionado. A história original é alterada para uma versão norte-americana. A original se passava no Japão, no filme se passa nos Estados Unidos. O professor Parker Wilson encontra um filhote de Akita perdido em uma estação de trem, como o filhote não tem onde ficar, ele leva para casa. Sua esposa quer que ele arrume outro lar para o cachorro, mas logo o aceita em sua casa vendo o forte laço que foi criado entre o cachorro e seu marido. Há um personagem que nos explica muita coisa da cultura japonesa e as características da raça Akita e revela o nome escrito na coleira: Hachi, e ele é de grande importância para entendermos muita coisa do filme.
Em um filme de drama, a montagem deve ser feita com muito cuidado para realçar ainda mais a dramaticidade do filme, e isso é feito de uma forma muito inteligente em Sempre ao Seu Lado. Há uma cena de passagem de tempo feita de forma bem inteligente e bonita esteticamente: Hachi está esperando seu dono e atrás há uma árvore, e rapidamente a árvore passa por todas as estações do ano: as folhas ficam secas, caem, e nascem novamente.
Sempre ao Seu Lado é um filme que vale a pena ser assistido por todos que gostam de um bom drama, e certamente vai emocionar muita gente.

A Hora do Pesadelo

A Hora do Pesadelo é uma refilmagem do clássico de 1984. O filme conta a história do famoso Freddy Kruger. Freddy tem o poder de matar as pessoas em seus pesadelos, é um assassino que você não tem como fugir, uma hora ou outra você vai dormir e ele vai te pegar.
O roteiro desse filme é muito bem elaborado, o que é difícil em filmes de terror. Este filme nos trás o motivo de muitas coisas, por exemplo, o motivo de Freddy querer matar todas essas pessoas, o motivo das garras de ferro, o motivo de sua pele toda queimada.
Com sons altos e aparições repentinas, não é um filme que dá muito medo, mas é um filme que vai fazer você se assustar a todo momento.
Em relação aos outros filmes do personagem, esse está muito mais sinistro, começando pela aparência de Freddy, que está muito mais assustadora. A fotografia também está mais elaborada, com bastante contra luz, e bastante cenas escuras o clima de terror é ainda maior.
Outro ponto forte do filme são os cenários. Dentro do pesadelo das pessoas, os cenários são bem sombrios, escuros e bastante destruídos. Se você tem medo de filme de terror, é nesse momento que você deve fechar os olhos, porque é aí que Freddy sempre aparece. Mas cuidado porque o filme te trai, tem vezes que você não sabe mais se a pessoa está no pesadelo ou se está no mundo real.
Certamente, a refilmagem vale mais a pena do que os antigos, que eram limitados até pela tecnologia da época.

1408

Como sempre gostei de filmes de suspense/terror, fiquei bastante curioso em relação ao 1408, li críticas que falavam muito bem do filme, alguns amigos também elogiaram bastante, enfim, fui ver esperando um filme excelente. O problema é que 1408 não é um filme de terror... é um terror de filme! O roteiro não evolui, a história se torna cansativa.
O filme é uma adaptação de uma história de Stephen King, que eu não conheço, então não vou dizer se é uma adaptação boa ou ruim. Mike Eslin é um escritor de histórias paranormais e vai passar uma noite no quarto 1408 do Hotel Dolphin, que dizem que é mal assombrado. Lá dentro acontecem várias coisas estranhas.
O grande problema do filme é que desde que Mike entra no quarto até o momento em que o filme termina não há evolução alguma no roteiro. As coisas ali dentro acontecem sem motivo nenhum, o filme é louco demais e não há uma explicação para isso, tudo no filme acontece só por acontecer. Talvez a melhor parte do roteiro seja quando achamos que o filme terminou e descobrimos o que acontecemos, mas depois acontece mais coisa e o filme termina sem que a gente saiba o que causou tudo aquilo.
Além disso, se o filme te dá 3 sustos é muito. O suspense do filme é muito fraco, não há cenas de terror. A única coisa que deixa o espectador em “suspense” é a angustia do personagem de ficar tentando escapar do quarto e não conseguir.
O ponto forte do filme é a atuação de John Cusak, bastante convincente, a respeito dele não há nada do que falar mal.

Enrolados

É uma grande honra poder escrever sobre Enrolados, afinal, é o 50º filme animado da Disney! E foi muito bem feito, é muito difícil a Disney nos decepcionar. A animação nos conta a história de Rapunzel, mas traz uma personagem mais aventureira. Diferente dos outros filmes das princesas da Disney, Enrolados traz uma história que também agrada os meninos, há muito mais ação, Rapunzel não é nenhuma princesa frágil como as outras, ela consegue se defender de todos os males que encontra e ainda anda armada com uma...frigideira! Até para não afastar o público masculino, optaram por não colocar o titulo do filme de Rapunzel.
Enrolados tem cenários muito bonitos e bem elaborados, o nível de detalhamento da animação é muito grande. É a primeira vez que vejo uma animação da Disney tão preocupado com detalhes técnicos da animação, geralmente quem mais se preocupa com isso é a Dreamworks.
Na versão dublada brasileira cometeram um erro estupidamente grande: chamar Luciano Huck para fazer dublagem de um dos personagens do filme. Além dele não ser ator, ele não é nenhum ídolo que justifique a escolha para marketing do filme. A dublagem dele está terrível. Foi a primeira vez que eu me incomodei de assistir um filme dublado. A voz dele está nitidamente lida e interpretada de maneira muito amadora.
Tirando este escorregão feio na dublagem, o filme é muito bom e vale muito a pena ser visto!

MEGAMENTE







Megamente poderia ser intitulado também como, “Megaroteiro”, um filme extremamente inteligente em termos de roteiro, um filme de vilão e herói só que com um vilão diferente, o longa foi construído com o intuito trazer o vilão para o centro da história deixando o espectador torcendo para o vilão, porem sem saber que na verdade o vilão era o herói.




Contando a história de dois bebes alienígenas, Megamente e o Metromen, que possuem poderes especiais que desembarcam em uma cidade do planeta terra chamada Metrocity, onde travam lutas onde Megamente sempre perde, porem depois de planejar um ataque ele consegue matar o metromen, ou pensa que conseguiu, e após dominar a cidade, megamente fica entediado sem um herói para perseguir ele e resolve recriar um metromem, e como sempre, seus planos nunca dão certo, ele cria um vilão, Titãn, e com ajuda de uma repórter megamente vira o jogo, decorrota titãn, se torna e herói, fica com a mocianha e vive feliz para sempre.





Tecnicamente o filme não mostra nada além do esperado de um estúdio como a dreamworks, personagens relativamente simples, planos mais fechados que facilita a construção de objetos, mas uma cena me chamou atenção, a que o Titãn quebra um prédio no meio, e o arremessa contra megamente, uma cena muito complexa e demorada para realizar.





Megamente é um filme que tecnicamente não deixa a desejar e somado com o bom roteiro formou um filme muito bom que vale apena assistir.


Jean Belegante





Madagascar é um filme que mostrou que o que vale em termos de animação é o roteiro, a
História, pois um filme que possui uma qualidade técnica que se comparado a outros filmes como, vida de inseto, ta chovento hambúrguer, é muito fraco, porem o sucesso do filme se deu pela boa história que o filme traz, com personagens caricatos, fugindo da realidade, e entrando num mundo fantasioso que nos faz viajar junto com eles nos dois principais ambientes, a cidade de Nova Iorque e a ilha onde eles fazem de tudo para voltar a cidade.


Alex, o leão, era a grande estrela do zoológico do central park junto com seus amigos, Marty, a zebra, Nelman, a girafa e Gloria a hipopótamo. Marty fica entediado de viver em um zoológico e resolve fugir, para conhecer a natureza, e saus amigos vão atrás dele, e após causar uma verdadeira confusão na cidade, eles são capturados pelos “homi” e são deportados para seus habitat natural, no entanto, eles caiem do navio que estava rumo a africa que foi dominado por pinguins e acabam em uma ilha onde conhecem uma estranha espécie com um rei mais estranho ainda, eles passam por varias aventuras.



O roteiro também não é uma maravilha do mundo, mas encachou perfeitamente com a forma caricata com que foi contado.



Jean Belegante

A era do Gelo 3




A era do gelo 3 veio pra mostra ao mundo que não é por acaso que a é a maior rival da Disney/Pixar em cinema por animação gráfica do mundo é a Blue Sky, sempre se inventando e inovando com novas tecnologias e imagens cada vez mais realística.


A era do gelo 3 da continuidade aos sucessos das versões 1 e 2, a versão 1 bem menos ambiciosa foi uma surpresa para todos o grande sucesso, assim logo lançaram o 2, mais complexos com uma técnica bem mais apurada, mas o 3 veio para estourar o boca do balão com os mamutes que ganham uma filhote , os gambas, o tigre e os personagens mais queridos da criançada, o esquilinho que ganha uma companheira que vivem correndo atrás da nos, e a preguiça.

E Cid, a preguiça, como sempre, acha 3 ovos perdidos e resolvem chocar, e da a luz 3 filhotes de dinossauro, num certo momento a mãe de verdade vai atrás de seus filhotes e leva Sid para um mundo subterrâneo onde vivem os dinossauros. Nisso Manny e sua turma vão atrás de Sid no mundo subterrâneo e conhecem Buck, uma doninha que esta meio louco por viver muito tempo lá em baixo e travam lutas com dinossauros, plantas carnívoras, rio de lavas e salvam Sid. Nasce Amora, filha de Manny e Ellie, eles voltam para a superfície e Buck continua no mundo dos dinossauros.


O filme deu um verdadeiro show de imagens, com personagens altamente complexos e com uma animação extremamente precisa, não deixando de lado as características físicas de cada personagem “incrementando” tais características com movimentos mais elásticos do que o normal, outro ponto positivo do filme, é a qualidade da fotografia do filme, que conseguiu trazer as telas composições e transições bem interessantes e cenas incríveis, como por exemplo a cena em que buck literalmente pilota um pterodátilo bem ao estilo dos filmes de ação, sem perder a comédia.


A única coisa que me deixou incomodados foi o fato de que, no mundo SUBTERRANEO dos dinossauros tinha, dia, noite, pôr-do-sol, algo que fisicamente é impossível, porem não atrapalha em nada, pelo contrario, foi a única saída que ele tiveram para contar a historia naquele ambiente.
Gostei muito.

O Espanta Tubarões




Espanta Tubarões é um filme produzido pela DreamWorks que se diferencia de outras animações como Procurando Nemo da Disney/Pixar, ambas histórias se passam no fundo do mar, por trazer aos seus personagens, movimentos e atitudes muito parecidos com dos humanos, o que foi um “golaço”, faz tempo que a DreamWorks vem se destacando no cenário das animações 3D, com Sherek por exemplo. E o Espanta Tubarões é um filme que em termos de roteiro não se mostra grande coisa, pois segue os velhos clichês conhecidos por todos.



O roteiro traz a vida de um peixe chamado Oscar, cujo sonho é ser um cara famoso rico e viver no alto escalão da sociedade marinha, por se um malandro e se meter em varias uni forças com um tubarão diferentee que não era compreendido por seu pai, e juntos resolvem fingir que Oscar matou um tubarão, com isso Oscar é reconhecido e alcança seu objetivo, porém, Oscar percebe que o que ele queria de verdade era Angie, sua amiga que era apaixonada por ele e o filme acaba com o tubarão Lenny, aceito por seu pai, Oscar com sua amada e todo vivem felizaes para sempre.

Técnicamente o filme não traz grandes surpresas, é uma animação, bonita, coerente que vale apena ver.



Jean Belegante

SE BEBER NÃO CASE PARTE II



Vem cá... Me conta uma coisa???


Você realmente acreditava que a continuidade do Se Beber Não Case! iria ser diferente?


Você achava que eles iriam jogar pra cima todo o sucesso que o primeiro filme fez?


Engano seu meu amigo e minha amiga.


Piada requentada mesmo.


Mas agora me diga quem que não gosta de uma quentinha?





Seguindo a mesma linhagem do original, Se Beber Não Case Parte II começa e termina exatamente como o primeiro, mas isso deixa o filme bem interessante.


Para quem assistiu ao primeiro filme, as alusões feitas na Parte II com a Parte I funcionam bem, mesmo que em alguns momentos seja visível de mais essa dinâmica de “relembrando”.


A comédia impregnada no filme e no trio de protagonistas continua e o tom suave de suspense também.


Levando em conta que eu já fiz a crítica do Se Beber Não Case! poderia tranquilamente repostar a crítica que eu não estaria mentindo em nada.


Mesmo sendo uma cópia do primeiro, Se Beber Não Case Parte II é muito bom.


Trazendo elementos já conhecidos de outras produções de comédia pastelão, como American Pie, o filme te prende mesmo quando abusa do humor desnecessário apelativo que usa de crianças se drogando e a cultura asiática totalmente deturpada.


Ah!!! Lembrei de uma coisa que não podia deixar de falar e que não tem no primeiro filme, o macaquinho traficante que rouba a cena.


Mesmo sendo vítima de humor negro e abusos, o macaquinho tem seqüências hilárias juntamente com ele é claro, Alan (Zack Galifianikis). Os dois formam uma dupla perfeita, só que o macaco às vezes supera Alan em QI e inteligência.


Você que não se importa com bizarrices e comédia de todo o jeito, vai gostar da bagunça generalizada que o grupo apronta novamente.



Alan Dubena

A origem

Um filme de drama com atuação do nada mais nada menos que o talentosíssimo ator Wil Smith em sete vidas que representa o personagem Tom.
Esse é um filme para o publico que consegue fazer uma leitura mais profunda deste roteiro, a considerar o drama que a historia se desenvolve ao longo da trama é necessário que se compreenda isso.
Ter uma vida normal e feliz dentro dos padrões e de repente, Tom perde tudo em questões de segundo em um grave acidente de transito, e a partir deste episodio que Tom começa a investigar a vida de 7 pessoas que até então na trama ainda não temos ao certo o conteúdo da historia de ambos. E o que Tom que levar a esses personagens e que estavam todos muitos bem colocados na trama dentro de cada contesto vivido por eles na sua mais completa solidão, alias uma atuação perfeita de todos.
Com isso deixou ainda melhor o drama de sete vidas o diretor permite que o publico, ao assistir este drama entre na trama, e busque uma visão pessoal dentro da historia de vida de cada personagem apresentado ao longo da historia.
Quando nos deparamos com um roteiro dramático, já iniciamos a trama com a tensão dos personagens, temos que aguardar o desenrolar da historia e com isso vamos interferindo na vida dos personagens como se pudéssemos dar a eles um final de acordo com os nossos sentimentos ‘e isso sem duvida e a magia dos filmes, mas ao deparar com o sete vidas, vemos o quão frágil é o nosso ser e o quanto é difícil para o ser humano a decisão de mudar a vida das pessoas seja elas para o bem ou para o mal.
Tom ao decidir o que fazer da sua vida e com a ajuda de seu melhor amigo que já sabe tudo a respeito de seu plano, não esperava que a vida lhe daria mais uma difícil decisão para resolver, ele já tinha tudo planejado para sete vidas mas não contava que o amor iria lhe apresentar uma difícil decisão uma chance para que desistisse do seu plano inicial .
Para surpresa de todos Tom decide, sim colocar seus planos em ação , e o drama que o telespectador já acompanhava desde o inicio tem ai nesse grande ponto de virada uma das mais difíceis formas de ver a vida através de outras vidas 7 que dependem de sua vida sem imaginar ou conhecer o vida do seu possível doador, e o doador sem saber se tudo vai dar certo após o seu ato final , o mesmo depende de seu amigo o qual damos pouca importância ao longo da historia.
Sete vidas vale a pena ver não so uma vez mas varias vezes pois cada momento temos uma nova visão do ser humano e um filme fantástico , e ainda conta com a belíssima atuação de Will Smith e um elenco de peso , como a atriz Rosario Dawson que deu o melhor de sim e arrancou grandes elogios de critica .
Tereza Pereira

Sete Vidas

Um filme de drama com atuação do nada mais nada menos que o talentosíssimo ator Wil Smith em sete vidas que representa o personagem Tom.
Esse é um filme para o publico que consegue fazer uma leitura mais profunda deste roteiro, a considerar o drama que a historia se desenvolve ao longo da trama é necessário que se compreenda isso.
Ter uma vida normal e feliz dentro dos padrões e de repente, Tom perde tudo em questões de segundo em um grave acidente de transito, e a partir deste episodio que Tom começa a investigar a vida de 7 pessoas que até então na trama ainda não temos ao certo o conteúdo da historia de ambos. E o que Tom que levar a esses personagens e que estavam todos muitos bem colocados na trama dentro de cada contesto vivido por eles na sua mais completa solidão, alias uma atuação perfeita de todos.
Com isso deixou ainda melhor o drama de sete vidas o diretor permite que o publico, ao assistir este drama entre na trama, e busque uma visão pessoal dentro da historia de vida de cada personagem apresentado ao longo da historia.
Quando nos deparamos com um roteiro dramático, já iniciamos a trama com a tensão dos personagens, temos que aguardar o desenrolar da historia e com isso vamos interferindo na vida dos personagens como se pudéssemos dar a eles um final de acordo com os nossos sentimentos ‘e isso sem duvida e a magia dos filmes, mas ao deparar com o sete vidas, vemos o quão frágil é o nosso ser e o quanto é difícil para o ser humano a decisão de mudar a vida das pessoas seja elas para o bem ou para o mal.
Tom ao decidir o que fazer da sua vida e com a ajuda de seu melhor amigo que já sabe tudo a respeito de seu plano, não esperava que a vida lhe daria mais uma difícil decisão para resolver, ele já tinha tudo planejado para sete vidas mas não contava que o amor iria lhe apresentar uma difícil decisão uma chance para que desistisse do seu plano inicial .
Para surpresa de todos Tom decide, sim colocar seus planos em ação , e o drama que o telespectador já acompanhava desde o inicio tem ai nesse grande ponto de virada uma das mais difíceis formas de ver a vida através de outras vidas 7 que dependem de sua vida sem imaginar ou conhecer o vida do seu possível doador, e o doador sem saber se tudo vai dar certo após o seu ato final , o mesmo depende de seu amigo o qual damos pouca importância ao longo da historia.
Sete vidas vale a pena ver não so uma vez mas varias vezes pois cada momento temos uma nova visão do ser humano e um filme fantástico , e ainda conta com a belíssima atuação de Will Smith e um elenco de peso , como a atriz Rosario Dawson que deu o melhor de sim e arrancou grandes elogios de critica .
Tereza Pereira

SE BEBER NÃO CASE




Uma produção cinematográfica de improvável sucesso.







Um elenco “desconhecido” ou “nada famoso” como ouvi muitos dizerem.





Se beber não case! é quase que inteiro politicamente incorreto e foca bastante no humor negro.






E sem contar que foi um dos melhores filmes de comédia que já assisti nos últimos tempos.






Agora com certeza você está se perguntando: Como um filme com tantos pontos negativos e improváveis fez tanto sucesso e repercutiu tanto?






Não tem uma fórmula exata para explicar o fenômeno de bilheteria Se beber não case! mas o que se sabe é que o filme é excelente, elenco perfeito e insubstituível, roteiro envolvente e surpreendente.





De repente a razão do “premiadíssimo” fazer esse sucesso todo é justamente por isso. É um encaixe abstrato do improvável. O que parecia ser “mais uma”, se torna uma das maiores bilheterias do gênero.





“A Ressaca”, título original em inglês, retrata bem o enredo da história. Depois de uma simples despedida de solteiro em Las Vegas, os personagens acordam na suíte do hotel sem lembrar-se de nada o que aconteceu na noite passada e em cima de algumas pistas encontradas como um bebê sem mãe e, Stu (Ed Helms) um dentista sem um dente começa uma procura ao prestes a se casar Doug (Justin Bartha) que sumiu sem explicações obvias.





Phil Werneck (Bradley Cooper) é um professor de colegial cansado com a vida de casado e vê na despedida de solteiro do amigo uma oportunidade de extravasar todo esse sentimento, e nele o principal tom “politicamente incorreto”.





Alan Garner (Zach Galifianikis) é o contraste de todos os personagens. Cunhado de Doug e visto como um intruso por Phil e Stu, Alan é literalmente o responsável por toda a confusão, além de ser um caso a parte com relação à comédia, por que protagoniza cenas bizarras de humor pastelão somado a uma dose cavalar de humor negro.





No começo você já sente a dramaticidade da comédia. O filme inverte a narrativa começando num trecho que vai fazer sentido no final, depois volta dois dias antes do ocorrido que é quando o grupo parte para a aventura.





Além da estrutura da comédia ser muito visível no decorrer da trama, subliminarmente o filme passa um sentimento que a própria Las Vegas carrega “O que aconteceu por lá, fica por lá...”, fazendo um “mix” de comédia, ação e suspense.





E não se esqueça de ver as fotos nos créditos finais. Além de hilárias, dão um toque especial na trama, um negócio meio “Sazon” assim.





Recomendo para aqueles que não se abalam com bizarrices e um humor meio Jogos Mortais.





Comédia original que explora uma situação real, que se torna irreal no famoso olhar hollywoodiano.





Alan Dubena

O AUTO DA COMPADECIDA



Já adianto que sou suspeito em falar sobre esse filme porque tenho pra mim que é o melhor filme que já assisti.




Tivemos obras-primas no cinema nacional desde então, como Cidade de Deus, Tropa de Elite entre outros, mas ao meu modo de ver foi a partir de O Auto da Compadecida que o cinema brasileiro foi levado mais a sério. E o melhor de tudo é que não precisou apelar pra baixaria e nem pra violência dos nossos últimos grandes sucessos, “Rio de Janeiramente” falando.




A trajetória dessa produção é bem interessante. Começou como uma peça de teatro escrita pelo excelente Ariano Suassuna e Guél Arraes, diretor da “poderosa” Rede Globo, transformou de forma magistral em minissérie e também foi Arraes que imortalizou a obra em forma de um filme magnífico.




Tá ok!!! Sei que já rasguei muita seda pra esse filme, mas não volto atrás mesmo assim.




Eu não gostava de cinema nacional e passei a prestar mais a atenção nas produções brasileiras depois de ter assistido O Auto da Compadecida.




O elenco do filme é uma jóia rara e é um dos seus pontos fortes. A química entre ator e personagem eu arriscaria dizer que vi poucas vezes no cinema mundial, parece que cada personagem foi escrito pensando exclusivamente no ator que o interpretou.




Claro que o plantel ajuda. Um dos melhores elencos já vistos numa produção brasileira. O casting tem nada mais nada menos que Fernanda Montenegro, Marco Nanini, Denise Fraga, Diogo Vilela, Lima Duarte, Rogério Cardoso e Luiz Melo.




Sem falar naquela que se tornou a dupla cômica mais afiada do cinema nacional, Matheus Nachtergale como João Grilo e Selton Mello na pelo Chicó. Os dois dão um show à parte e conseguem envolver a todos com suas confusões.




É meus amigos, sou fã mesmo.




E não é por menos. É uma produção totalmente empenhada em todos os setores. Um exemplo disso é que a minissérie exibida na TV Globo, em 1999, tem 100 minutos a mais que o longa, e mesmo assim não se nota nem um furo no roteiro ou algo que fique vagando mal entendido.




Destaco também a direção de Guel Arraes, tanto na minissérie quanto no filme.




Guel transforma o O Auto da Compadecida numa produção excelente e quebra o preconceito “vira lata” do brasileiro que filme nacional não presta.




Tiro meu chapéu para Guel Arraes porque conseguiu tirar uma produção da televisão e fazer sucesso também no cinema.




Tiro meu chapéu também para Ariano Suassuna, porque põe em uma peça de teatro, em uma minissérie de televisão e em longa metragem um dos textos mais bonitos já vistos no Brasil mesmo com as adaptações de Guel Arraes.




O Auto da Compadecida consegue imprimir um ritmo de comédia constante e mesmo assim coloca como plano de fundo o drama nordestino.




Retrato crítico de uma sociedade carente e sem opções, e essa realidade aparece por meio daquele que considero o melhor filme feito no Brasil já que parte de uma história ficcional.





Alan Dubena

Lutero (2003)



Um monge idealista que é severamente punido por criticar as regras da igreja e por ser contra o pagamento de indulgencias (documento com o perdão dos pecados), que eram vendidos pela igreja.
Lutero se revolta contra a igreja e decide fazer a tradução da bíblia para o alemão e foi perseguido pela inquisição. Ele acreditava que podia falar com o diabo e que o povo devia ter acesso as sagradas escrituras para melhor compreender a religião. Foi assim que ele fundou o Luteranismo, foi casado por dezesseis anos e morreu em 1546 aos 63 anos de idade.


O filme mostra a vida de Lutero desde seu ingresso no monastério até sua morte, contando todos os fatos importantes de sua trajetória dentro do cunho religioso.
As seriedades de seu feito e de sua coragem demonstram a real importância de se entender uma religião e seus preceitos e de que a dedicação faz sim a diferença para o desenvolvimento de suas funções.







Neste filme Martin Lutero compartilha conosco sua luta pela verdade, com muita fé e dedicação e nos faz compreender quão frágeis nós somos perante o mal.
O filme é muito fiel em mostrar a realidade da época e o faz através dos figurinos, dos cenários e da linguagem. Com uma iluminação equilibrada e poucos momentos de sombras a fotografia completa a intensidade das cenas transmitidas pelo ator Joseph Fiennes.




Com direção de Eric Till, o filme Lutero conta ainda com efeitos especiais e uma boa trilha sonora composta por Richard Harvey e grande elenco.

Diane Grossko

MAUÁ, O IMPERADOR E O REI (1999)


O filme conta a historia da vida de Irineu Evangelista de Souza que ficou conhecido como o Barão de Mauá e foi um dos mais importantes colaboradores para o desenvolvimento do capitalismo no Brasil.
O menino que nasceu no Rio Grande do Sul ficou órfão de pai ainda criança e foi mandado pela mãe para morar com um tio no Rio de Janeiro, onde acaba por descobrir seus dons para os negócios.
Irineu cresce e é adotado por Carruthers (Michael Byrne), um escocês que vivia no Brasil, assim ele ficaria conhecido como o Barão de Mauá, interpretado por Paulo Betty. Ele se apaixona por May (Malu Mader),sobrinha de Carrulhers com quem se casar e tem vários filhos.
Rico e poderoso na capital do Rio de Janeiro, logo Mauá desperta inveja no Visconde de Feitosa (Othon Bastos), que acaba por se tornar seu maior inimigo.


A persistência e dedicação fizeram com que o Barão de Mauá se tornasse reconhecido pela sua contribuição para o crescimento econômico deste país. Sua história é empolgante e a excelente atuação de Paulo Betty torna a narrativa ainda mais interessante e dinâmica. Este é mais um da lista que estão sempre presentes nas salas de aula.


Uma belíssima produção com uma tão igual direção de Sérgio Rezende e com um elenco abrilhantado por Othon Bastos, Antonio Pitanga entre outros, Mauá, o Imperador e o Rei deixa a sua contribuição para a cultura histórica e cinematográfica do Brasil. A fotografia é de muito bom gosto e a fidelidade dos cenários e figurinos complementam a caracterização dos personagens enriquecendo a temática.
Diane Grossko

Em nome da rosa (1986)


Baseado no livro ’Der Name Der Rose’ do italiano Umberto Eco, "O nome da rosa” é um filme histórico/ religioso que retrata os costumes dos monges franciscanos do norte da Itália em 1327. E que mostra como a igreja resolvia seus problemas sem que eles ultrapassem os portões dos mosteiros, através de conclaves e do tribunal da inquisição.


O monge franciscano William de Baskerville (Sean Conery) chega ao mosteiro juntamente com Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que irá ajudá-lo a investigar o surgimento de varias mortes .
Através desta investigação ele irá descobrir uma biblioteca subterrânea secreta que abriga diversas obras sacras e outras consideradas sacrilégios que lá eram guardadas em segredo.


Se não bastasse um modo de investigação muito parecido com o de Sherlock Holmes,”o Nome da rosa” se assemelha mais ainda se compararmos a pronuncia do nome Adson com o de “Watson”, sem falar na celebre frase “elementar, meu caro Adson”,usada por Willian durante as investigações.

Entretanto o figurino e cenário de época (século XIV) foram muito bem feitos e assim como a arquitetura, a trilha composta por canto gregoriano contribui muito para a narrativa compensando a pouca iluminação de algumas cenas.

O Nome da Rosa é com certeza uma grande produção do diretor Jean-Jacques Annaud e que acabou se tornando figurinha carimbada nas aulas de história.


Diane Grossko

27/05/2011

Bin-Jip - Kim Ki-Duk - 2004


 SPOILER! SPOILER! SPOILER!



Para quem já viu o clássico Love Story, sabe que, como disse Jennifer Cavalleri,  “amar é nunca ter que pedir desculpas”: este é o clássico amor hollywoodiano, cheio de carícias e longas conversas entre os apaixonados. Porém, existe aquele tipo de amor que é expresso pelo toque, pelo olhar, ignorando qualquer forma de comunicação verbal para existir, se tornando mais belo que o amor meloso de Arthur Hiller citado acima: este sim é o amor poético de Casa Vazia (ou Ferro 3, pra quem preferir), filme sul-coreano vencedor do prêmio FIPRESCI do festival de Veneza de 2004.
O filme de Kim Ki-Duk é sobre um amor impossível que ignora todas as regras para se tornar possível; é a história da princesa guardada pelo dragão cruel, onde o herói vem resgatá-la e oferece-la o seu “felizes para sempre”; é sobre duas almas independentes que acidentalmente se encontram; bem, é sobre o AMOR. O filme inicia seguindo a rotina de Tae-suk, jovem individualizado que invade casas de famílias em férias para passar a noite. Em troca da “hospitalidade”, ele realiza serviços caseiros, como arrumar objetos quebrados ou lavar a roupa  ou até velar um corpo abandonado. Mas, ao invadir uma dessas casas, descobre que ela não está inabitada: lá vive a solitária Sun-hwa, “presa” enquanto seu marido, mais velho que ela, viaja a negócios. O que une Tae-suk com Sun-hwa é o silêncio que ronda as suas vidas. Unidos, continuam a realizar as costumeiras invasões, ao mesmo tempo que Min-gyu, marido da jovem, move meio mundo para encontrá-la.
Durante praticamente uma hora de filme não temos falas: os únicos sons audíveis são os ambientes visitados pela dupla e murmurinhos de personagens secundários. Quando as falas surgem, são para acabar com as esperanças da dupla principal: o marido encontra a garota, enquanto Tae-suk é preso acusado de “invasão de domicílio”; ela volta ao seu mundo de solidão, apenas lembrando de reflexos de seu passado como modelo, e ele praticamente perde os sentidos dentro da prisão. Neste ponto, Kim passa a noção de que o filme é sobre um amor impossível que não tem solução, mas ao retornar ao terceiro ato da trama, novamente preenchido pelo silêncio pacificador, ele permite que o impossível passe a ser a única realidade: Na cadeia, Tae-suk aprende como se tornar “invívisel” a todos, fugindo e indo ao encontro de Sun-hwa, que se conforma com a situação de ter um marido e um amante invisivel (que se torna visível apenas aos olhos dela).
Da mesma forma que acontece com o belíssimo Primavera, Verão, Outono, Inverno… E Primavera, Kim ignora qualquer padrão estético visual e de narrativa para conseguir o resultado esperado. Por fim, temos um filme demasiado estranho mas completamente humanizado por personagens tão simplórios que da mesma forma que se apaixonam, conquistam o público. Para quem preferir, também é um filme sobre a timidez superando os obstáculos da vida; mas, a grosso modo, é simplesmente poesia visual da maispura qualidade.
- Robson Martins.

26/05/2011

Fish Tank – 2009 – Andrea Arnold


SPOILER! SPOILER! SPOILER!

A infância e a juventude rebelde sempre foram temáticas para o cinema, tendo seus principais representantes lá pelos meados dos anos 50, com filmes como The Bad Seed (retratando uma criança possessiva / possuída) ou o clássico Rebel Without a Cause (com jovens nem tão jovens fazendo rachas, bebendo, e fugindo de suas casas), tão populares hoje em dia no círculo de críticos. Andrea Arnold, usufruindo deste conhecimento, brinda-nos com a sua visão de como seria esta juventude rebelde, adaptando-a aos costumes atuais, dentro de uma Inglaterra marginalizada, criando um filme único sobre como uma família não deve ser (e olha que a família de Little Miss Sunshine é perfeita perto desta!): este filme é Fish Tank (lançado no Brasil com os títulos de À Deriva e Aquário), vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2009, além de outras premiações mundo afora.

A premissa do filme é simples: Mia, uma jovem de 15 anos, sonha em se tornar uma profissional de street dance, é para isso deve enfrentar todos que atrapalham seu caminho, desde sua mãe beberrona ao namorado sedutor dela. Porém, dentro desta linha de narrativa, temos uma das personagens que mais sofre por ser adolescente: durante todo o filme vemos a rejeição da mãe por Mia e o interesse incestuoso de Connor, namorado-quase-marido de sua mãe (sentimento que, alias, é recíproco), além dos problemas com a irmã menor, extremamente lesada por uma vida já abalada por vícios (leia-se drogas e álcool). A grande chance de Mia subir na vida é um concurso de dança, na qual ela recebe o suporte de um amigo “acidental” e do próprio Connor.

A partir deste momento parece que a vida de Mia começa a se encaixar nos eixos mas, devido a sua atração sexual por Connor e pela decepção com o mesmo (que possui uma outra família bem estruturada escondida das vistas de Mia e de sua mãe) ela desiste do trabalho e da vida em família, fugindo para Londres com o seu único amigo, e escapando do lar corregedor para o qual a sua mãe deseja enviá-la.

Arnold é clara ao explicitar os altos e baixos da juventude, usando como espelho a novata Katie Jarvis, que incorpora magnificamente dentro de si uma jovem sem motivação nenhuma na vida. O palavreado, os gostos musicais, os figurinos, são itens que fazem a identidade desta garota, que deseja ser amada do jeito que ela é. Ela não é nenhuma santa, mas é cheia de sentimentos caridosos repreendidos (vistos principalmente na sua tentativa exaustante de resgatar um cavalo à beira da morte), vistos apenas por seu amigo ‘acidental”.

Na verdade, Fish Tank não é um filme sobre a juventude transviada ou sobre crises de família: Arnold entrega um filme que mostra a realidade, focando nos guetos da atual Inglaterra, tão marginalizados pelo cinema que passam despercebidos pela atual cultura política mundial. E ao mostrar esta realidade inesperada inglesa, ela ainda relembra a nossa própria realidade, lembrando que não há muitas diferenças entre um país de primeiro mundo com um emergente.

- Robson Martins.

24/05/2011

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio




FURIOSOS... E VELOZES TAMBÉM...






“Arrumaram pra cabeça”... e isso em tom de elogio.





Arrumaram pra cabeça no sentido de que a seqüência vai ter que no mínimo imprimir o mesmo ritmo desse novo formato do Velozes e Furiosos que no caso, muito mais “Furiosos” do que “Velozes”.





Esse novo formato que carinhosamente batizo de “Furiosos e Velozes” me encantou muito.





O time de ação do filme é incrível e, com toques do gênero policial tradicional e tendo como plano de fundo o reduto do “Zé Pequeno” ficou ainda mais interessante.



O filme começa reprisando exatamente o final do Velozes 4, e ficou bem bacana porque foi a primeira seqüência de fato de toda a franquia até aqui, já que ao que tudo indica O 4 é a seqüência do primeiro, o “+Velozes e +Furiosos” segue num paralelo e o terceiro falta pelo menos mais uns dois filmes para se encaixar, levando em conta uma cena extra do último filme que passou depois dos créditos finais, que mostra que o sexto filme da série seguirá essa linhagem literal de “4, 5 e 6”.



Vamos falar propriamente do filme.



É alucinante para quem curte um filme de ação sem maiores apegos artístico.



Assista com a cabeça vazia, não se prenda a roteiro, a fotografia, trilha sonora e tals.



Assista o Velozes 5 esperando um filme “MASSA” mesmo.



Além de tudo isso já citado além de tudo isso já citado, o que eu destaco de melhor no filme é algo realmente semelhante, senão igual ao filme Onze Homens e Um Segredo.



A dinâmica é a mesma. Os protagonistas convocam uma trupe de elite para realizar um roubo quase impossível.



Mera semelhança? Acho que não!



A ferramenta é usada propositalmente e isso fica claro no final quando o sucesso do golpe rende uma cena com a famosa seqüência de takes mostrando caras de satisfação e sarcasmo dos envolvidos, alusão total ao Onze Homens e Um Segredo.



O que importa é que o filme é bom, ou melhor, muito bom.



Gostei, recomendo e já estou esperando o próximo.




Obs.: Se você é daqueles que também tá questionando porque o japonês que morreu no “Desafio em Tóquio” está no “Operação Rio”, não perde por esperar o trailer extra que tem depois dos créditos finais. É algo traduzido só com palavrões: Cara... meu!!!




Alan Dubena

16/05/2011

Antichrist - 2009 - Lars Von Trier


O humano veio da natureza selvagem, se originando e se criando em meio as mais diversas espécies de animais, partindo para a civilização devido a sua mente desenvolvida em comparação aos outros. Para o homem moderno, a natureza selvagem pode ser a melhor forma de encontrar a paz interior – explicada por atos como a pesca ou uma simples férias acampando longe da metrópole – ou, ao menos, se livrar das preocupações mundanas do cotidiano. Mas, para Lars Von Trier, a natureza não é tão amena assim: é nela que podemos encontrar o verdadeiro eu do individuo, tão perigoso e indesejado, pois este ambiente é a real “Igreja de Satã”, intocada há eras.

“O Caos Reina” é o infeliz lema que Ele (interpretado por Willem Dafoe) descobre tardiamente ao levar Ela (Charlotte Gainsbourg, filha do cantor Serge Gainsbourg com a atriz Jane Birkin, numa performance tão perturbadora que recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes) para sua casa no meio do bosque conhecido por Éden, numa tentativa frustrada de tratar Ela após a trágica morte do filho pequeno do casal, Nic. Durante esta terapia, vamos descobrindo que Ela não é a pessoa bondosa que parece, revelando um verdadeiro demônio interno, que leva como regra de vida espalhar o caos em tudo que toca.

Aproveitando-se do cenário demoníaco e herético do filme unido a uma forte depressão, Von Trier não perdoa o público ao revezar cenas de sexo explícito com cenas de mutilação genital, mostrando que o que separa o indivíduo correto da verdadeira "encarnação do mal" é uma linha tênue. Porém, o mais ousado de Von Trier foi reconstruir o mito do paraíso (Éden) invertendo a simbologia de cada personagem: ao invés de Adão (Ele) e Eva (Ela) serem puros, os protagonistas são seres aflitos pelo pecado, sem nenhuma forma de purificar as suas almas e encontrar a “graça eterna”.

A forma no qual o filme é estruturado (um prólogo, três capítulos e um epílogo) permite que o espectador perceba como os protagonistas decaem em sua própria loucura (principalmente Ela, que se culpa pela morte de seu filho da mesma forma que acredita ser uma vingadora de muitas mulheres torturadas na Idade Média). E principalmente com o epílogo extremamente poetizado, o diretor lança um final subjetivo, onde duas interpretações são válidas: ou os personagens encontraram a sua desejada salvação ou se perderam eternamente naquela natureza maldita sem fim.

Antichrist é recheado de simbolismos, e deve-se ter mente aberta pra se apreciar esta obra-prima. Ou seja, deve-se ignorar qualquer ofensa moral e religiosa e curtir o espetáculo, mesmo que isso pareça extremamente impossível, lembrando que o exibido não passa de mais uma bela loucura do diretor, que ainda promete muito mais no mesmo estilo (Melancholia vem com tudo neste ano!).

- Robson Martins.

15/05/2011

Funny Games - 1997 - Michael Haneke

SPOILER! SPOILER! SPOILER!

O cinema sempre foi o local onde a fantasia e a realidade se tornam sinônimos. Vemos a todo o momento filmes nos quais seus protagonistas sofrem durante toda a história, mas no fim conseguem se superar, seja vencendo o árduo percurso da vida (vide pérolas como Precious e Pursuit of Happyness), ou um vilão doentio qualquer (o Michael Meyers de Halloween, por exemplo).

Mas, se ignorar a “realidade” cinematográfica e adotar a verdadeira “realidade” para analisar um filme, a maioria peca por sempre oferecer um final feliz, tornando este final forçado e, digamos, sem “pé-nem-cabeça”. Eis então que surge um diretor que trata de forma realista (ou, como alguns preferem, pessimista) seus protagonistas, não visando um final feliz: Esse diretor é Michael Haneke, alemão vencedor quatro vezes do festival de Cannes (a Palma de Ouro por Das Weisse Band, direção por Caché, Grande Prêmio do Júri com La Pianiste e Melhor Filme pelo Júri ecumênico por Code Inconnu) que desde seu Benny’s Vídeo (1992), mostra o ser humano no limite da loucura, mesmo quando o motivo desta loucura é desconhecido. Porém o ápice da exposição da natureza humana de Haneke ocorre no austríaco Funny Games, filmado em 1997 (e refilmado por Haneke 10 anos depois nos Estados Unidos), único filme dele nomeado no festival de Cannes que não recebeu nenhuma premiação.

Tudo começa com uma família de classe alta austríaca, composta por mãe, pai, filho e cachorro, aproveitando as férias em sua casa à beira do lago. Em seqüência, surgem dois jovens de boa aparência dizendo serem parentes do vizinho, que necessitam de ovos, pois receberam visitas “inesperadas”. A partir disso, se inicia um espetáculo de tortura psicológica, passando pouco a pouco para tortura física promovida pelos dois jovens, desencadeada supostamente por causa dos malditos ovos que “insistem em se quebrar”. Entre os joguinhos, onde os peões do tabuleiro são os elementos da família desesperada, estão “a mãe despida” ou simplesmente o “conte e atire no mais fraco”.

De forma oposta aos blockbusters hollywoodianos, não há nenhum vizinho herói que salvará a família ou algum acidente que mate os vilões (vide No Country for Old Men, dos irmãos Coen): a família inteira morrerá e, apresentado de forma icônica no último frame do filme, sabemos que o terror promovido pelos jovens só chegará ao fim depois deles torturarem vizinho por vizinho. Igual realizado por Gus van Sant em seu Elephant, Haneke expõe a realidade de maneira nua e crua, não se importando com questões morais/éticas.

Por este motivo o cinema se faz essencial para muitas sociedades: a partir dele é possível esquecer os reais fins que a realidade traz, permitindo o espectador curtir o seu “feliz para sempre” – pelo menos curtir até o momento em que seja impossível evitar a “realidade”.

- Robson Martins.