28/06/2011

Critica - Sem Limites

Longa desacreditado até o ultimo minuto de seu lançamento, pelo estúdio, pelos analistas, pelos envolvidos, mas não pelo publico que encheu as salas de cinema para assisti-lo.
O demérito que o estúdio creditava pelo longa talvez seja pelo espaço que ofereceu ao diretor independente Neil Burger (O ilusionista), deixando-o com uma liberdade criativa que não é do feitio dos grandes estúdios hollywoodianos, e dando uma cara diferente ao longa, e quando digo diferente, é por que realmente o longa não faz parte dos títulos enlatados que os estúdios desenvolvem sabendo de retorno garantido, e não é por menos, diferentes de nós, eles são uma industria, onde experimentação não é uma palavra muito bem vinda.
O longa possui um apelo para o publico jovem, com uma história que é contada com a alta velocidade de assimilação de informação, mas no fim foi o publico adulto que encheu as salas, uma surpresa para todas as partes envolvidas.
O filme conta a história de um escritor em crise, que um dia recebe um presente de seu ex-cunhado, um comprimido que é capaz de liberar 100% da atividade cerebral de uma pessoal, que o faz um jovem brilhante em ascensão no mundo dos negócios.
O mérito além da obvia excelente direção de Burger é da inspiradora direção de fotográfica de Jo Willems (30 dias de noite), a palheta de cores para cada momento da situação mental de Eddie (Bradley Cooper) são bem elaboradas, quando Eddie está sem o efeito do comprimido ele vê o mundo em cinza, um mundo sem vida, mas quando está sobre o efeito ele vê um mundo cheio de cores, cheio de vida, um mundo de probabilidades infinitas.
Outro é como ele trata o fim do longa, ele entrega uma lição de moral no final tão enfeitada, que o espectador nem percebe ter absorvido – spoiler – Eddie está conversão com o personagem de De Niro, e confessa que foi reduzindo a forma-lá até não precisar mais do medicamento, mas ainda possuindo a mesma atividade cerebral se a estive-se usando, o que isso lembra!
Talvez o diretor não receba a mesma liberdade no futuro pela simples idéia – um raio não cai duas vezes no mesmo lugar – que esse sucesso novamente não aconteça, que pena, gostaria de ver mais histórias contadas de forma tão inteligente.

- Alex Oliveira

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