Antes de qualquer comentário maldoso que possa vir mediante a essa crítica, já adianto que sou sertanejo declarado e caipira confesso.
Eu sei que por causa dessa fidelidade que manifestei, vai ficar muito suspeito eu comentar e elogiar esse filme que é a biografia de uma das maiores duplas sertanejas que o Brasil já viu, Zezé di Camargo e Luciano.
Mas vou tentar ser o mais coerente possível.
A trama parte de uma história real, história até um pouco conhecida de vários brasileiros, porém sem o brilho e pompa da carreira dos cantores. E acho que foi isso que abrilhantou o filme, o mostrar o que aconteceu antes do sucesso.
A batalha de Francisco (Ângelo Antônio), pelo sucesso dos filhos. Como desde cedo ele acreditava no talento dos filhos, aposta literalmente todas as suas fichas nos meninos.
Por mais que agente esperasse uma história sofrida, como várias outras no Brasil, tenho certeza que ninguém contava com uma história de vida tão emocionante.
O fato das crianças terem que trabalhar muito cedo na roça, as necessidades da família até mesmo em se alimentar, são fatos marcantes na trama e sem contar a morte de Emival, um dos filhos dessa grande família, ainda quando criança.
Não tem como não se emocionar. E não estou falando isso porque sou fã ou não dos artistas, mas sim, porque se avalia que várias outras famílias passam fome, frio e tantas outras necessidades como eles passaram.
Isso tudo na primeira fase do filme, que também conta com a luta deles por uma vida melhor na cidade grande, mais dias difíceis e ainda a falta de oportunidades dos artistas já como cantores.
Confesso que me emocionei com a trama pelo fato de ser uma história real. É nesses momentos que damos valor ao que temos, e é a partir de histórias como essa que temos que reconhecer que têm problemas maiores que os nossos e mesmo assim as pessoas vencem como uma história de cinema.
Alan Dubena
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