27/06/2011

Padre

O longa dialoga um mundo destruido por uma guerra que durou seculos entre humanos e vampiros, no fim, a guerra foi resolvida por uma seita facista que se diz igreja. Seus soldados – que mais parecem Jedis – são os Padres, homens e mulheres que são educados na arte da guerra desde criança, mas quando a guerra termina e a igreja se solidifica como o poder irrefutavel, são tratados como escória, pela própria sociedade que eles defenderam e lutaram, tendo dificuldades até de conseguirem emprego. Neste aspecto o roteiro em apenas uma cena tem sucesso (cena do elevador que a mãe fala para seu filho não olhar diretamente para o padre).

O roteiro é ambicioso, mas extremamente mal definido, os personagens não tem tempo de se apresentar, o longa mal começa e voce já tem definido o bem e o mal, os opressores e os oprimidos. O vilão é entregue no primeiro minuto, mesmo assim o roteiro trata aquela informação como vital e apresenta ao espectador picado durante toda duração, pensando que esta criando um suspense, na verdade transformando em algo exaustivo.

O diretor Scott Stewart que provem de uma carreira bem sucedida em efeitos especiais, dirige este longa como dirigiu seu primeiro, Legião de 2009, sem se preocupar com a história, sua principal preocupação é se os jovens que assistirem irão gostar de sua pirotecnia descontrolada, e em muitas situações, exagerada e sem explicação alguma.

Paul Bettany, sempre um ator competente, tenta de tudo e se esforça para criar um personagem obstinado e duro, mas o roteiro não ajuda, transformando o esforço de Bettany em mais uma interpretação qualquer.

O filme comete os mesmos erros que a indústria americana já comprovou não aceitavel – Aeon Flux e Ultraviolet - perante a seus fãs de ação, não importa a alta dosagem de ação, sem roteiro definido, sem bilhetes vendidos.

- Alex Oliveira

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