Lembro bem do dia 15 de maio de 2006. Residia no interior de São Paulo. E após eu e mais dois amigos acordarmos veio a notícia que não era seguro sair de casa, pois estava havendo uma onda de violência nas ruas(boa parte sensacionalismo da mídia). Era a resposta do Primeiro Comando da Capital para o isolamento de presos ligados
a organização para dissolvimento da mesma, apesar de muitos ataques não ter ligação direta com o PCC. Com isso veio uma onda de tropeços da mídia, da polícia e da nossa política. Pronto, vai virar filme!
O diretor Sergio Rezende intitulou o filme como “Salve Geral”, como foi conhecido o chamado. O filme traz a protagonista Lúcia que tem sua situação monetária abalada com a morte do marido, tendo que sustentar a família com o dinheiro que ganha dando aulas de piano. Então se depara com o filho preso por participar de rachas de carro seguido de assassinato, em paralelo com a perda de seus alunos. Desesperada para ajudar o filho, Lúcia conhece Ruiva, que é advogada do professor, até então líder do comando. Assim começa sua ligação com assuntos e membros do comando, que mostra uma mãe ponto em jogo e questionando a moral para ajudar seu filho. O filme mostra esse contexto social para dar base a história e traz a questão que a personagem não quer mais ser juiz da situação, pois o filme não maquia os personagens e nem estereotipa os presos.
Tratando de problemas reais de condições dos presídios nacionais, mostrando a força que existe dentro deles e uma união invejável. Um filme que merece ser visto para lembramos sempre da união que pode existir quando os direitos das pessoas estão em jogo.
Ana Luisa Falco
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