15/03/2011

TROPA DE ELITE




TROPA DE ELITE – José Padilha

É impressionante o quanto um filme brasileiro, quando bem feito, repercute quando aborda temas da realidade social do Brasil.

Digamos que o primeiro fenômeno nesse sentido foi o Cidade de Deus com o incomparável “Dadinho”, ou melhor, “Dadinho o CARALHO”, o nome dele é “Zé Pequeno”. Entre essa e outras frases de efeito, claro que na maioria com “palavrões” como o brasileiro gosta, o Zé Pequeno passa a ser um ícone da coisa errada, e como se não bastasse serve de espelho pra muito malandro boa vida.

Eis que surge o “Tropa de Elite”, já de cara encanta o público por que antes mesmo de ser lançado no cinema, o filme já tava na mão de tudo que era camelô por causa da fanfarrice da pirataria. Cá entre nós; Marketing ou jeitinho brasileiro?

Enfim, o Tropa vem pra derrubar tudo o que já foi feito do gênero no cinema nacional. Claro que pra uma nação carente de um herói popular, ficou fácil para o “Capitão Nascimento” cair nas graças da torcida. E eu não to falando de qualquer “heróizinho” não, antes do Capitão Nascimento, o mais perto disso que o cinema brasileiro conseguiu chegar foi com o Selton Melo na pele do “Chicó” no “Alto da Compadecida”, ou melhor, com o Rodrigo Santoro no “300”, ou melhor ainda, com o Pelé em “Pelé Eterno”.

Exageros e brincadeiras a parte, o Tropa de Elite veio pra mexer com a cabeça da moçada, pelo fato daquele pessoal que idolatrava os “Zé Pequenos” da vida, vestirem a camisa do Capitão Nascimento com bordões e trejeitos. Isso sem contar com a procura de soldados e civis pela a agremiação do BOPE, e também a “criançadinha” querendo ser esse herói sem capa e espada.

Pra terminar, gostaria de deixar um recado pra esse “fanfarrão” do Zé Pequeno e pro resto da “bandidagem” da Cidade de Deus: Se eu sou você “Zé”, eu pedia pra sair, o cara já falo que não vai subir ninguém, por que quem falou que a boca é tua? A “boca” agora é do TROPA DE ELITE.

Alan Dubena

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