28/03/2011

"Dançando no Escuro" - Lars Von Trier, maestro da depressão

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Não tenho condições de discutir sobre um filme de Lars Von Trier logo ao terminar de assisti-lo e o motivo é simples: ele é maestro em deprimir. Assim como Quentin Tarantino, o cineasta é um completo escroto que consegue fazer obras de arte através de métodos deploráveis e não poupa nem mesmo atrizes como Nicole Kidman e Björk para conseguir exatamente o que quer. Podem aplaudi-lo, aclamá-lo, admirar seu “talento” o quanto quiserem – mas minha opinião sempre será: o fim NÃO JUSTIFICA os meios que ele usa.

Entrando agora ao assunto que interessa: Dançando no Escuro é, ao lado de Moulin Rouge, uma verdadeira inovação no mundo dos musicais. Björk encarna com absoluta perfeição a irlandesa Selma e sua condição de cegueira gradativa, a ponto que conseguimos perceber o momento exato em que ela perde totalmente a visão, sem que alguém realmente precise nos dizer isso. Aliás, todo o elenco é muito bom e retrata perfeitamente a crueldade que Lars sempre gosta de colocar.

Falando nos aspectos técnicos, a maneira que o cineasta inventa de diferenciar claramente os devaneios de Selma e sua vida real merece destaque, expondo organicamente, e propositalmente o “ridículo” do gênero musical.

É nítido e claro que o grande objetivo de Lars Von Trier ao usar este gênero para colocar sua narrativa é justamente uma crítica, ou seja ele critica os filmes musicais fazendo um filme musical, dizendo claramente que esse sonho colorido de pessoas cantando alegremente seus sentimentos, essa paixão que se vê no gênero é uma absoluta ilusão e que o mundo onde vivemos é frio, preconceituoso e cruel, onde sonhadores, idealistas e apaixonados serão todos massacrados pela triste realidade que os cerca. Uma filosofia de vida que é explicitada tanto em Dançando No Escuro quanto no filme seguinte, Dogville.

Este é o pensamento de Lars, não o meu. Talvez isso justifique minha completa aversão ao cineasta e suas produções.

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Lin Marx





Up altas Aventuras (Pixar/Disney – 2007)


O que dizer de Up Altas Aventuras, o filme de animação 3d mais fantástico da história que veio mostrar que a Pixar Animations Studios é o suprassumo das animações, com essa aula de imagem, roteiro, técnica o filme de torna um marco na história do cinema de animação, trazendo uma história que foge de encher os olhos capaz de agradar espectadores de 8 a 80 anos, contando a história de um senhor que vendia balões, aposentado e viúvo e um pequeno escoteiro que juntos embarcam numa aventura sem igual a bordo de uma casa voadora, que voava através de balões que sustentavam a casa no ar, com destino a America do sul e la encontram uma espécie de ave raríssima que é perseguida a anos por um explorador que é o vilão da história e conta com um exercito de cães que perseguem os três, a sorte é que eu dos cães muda de lado e passa para o lado de Carl Fredricksen e Russel e os ajudam a escapar.



Uma história realmente original e criativa que associado a capacidade única da pixar em criar imagens realmente alucinantes como os milhares de balões que sustentam a casa ao longo da trama vão murchando de forma super realística ou os enquadramentos ultra aberto mostrando cenários montanhosos e de florestas que chaga a confundir se as imagens são reais ou artificiais.


os diálogos bem construídos das pessoas e do cães e inclusive a falta ou melhor a desnecessidade de diálogos quando as imagens mostram o que o personagens estão passando, sentindo um recurso que na minha visão dificílimo de fazer e que esse filme utiliza pra fazer uma mudança de tempo brusca realmente muito bonito.


O que comprova que todo esse sucesso não é por acaso, Up Altas Aventuras venceu o Oscar de melhor filme de animação de 2010 e ainda concorreu ao Oscar de melhor filme daquele mesmo ano o que mostra que o filme é muito bom.





Jean Belegante










Rôbos (Blue Sky – 2005)


È, já foi o tempo em que a Pixar dominava o mercado de cinema por computação gráfica. Hoje podemos ver belos filmes que batem de frente com as produções da Pixar. A Dreamworks fez bonito com Sherek e a Blue sky entrou na briga pelo mercado com A Era do gelo, com uma repercussão menor Robôs lançado em 2005 foi um filme que superou as expectativas com realmente um belo visual, porém com uma história bem clichê, nada de tão especial num enredo que conta a saga de um jovem inventor que tem um ídolo e tenta a todo custo conhecê-lo, com o dom de inventar coisas Rodney vai até a metrópoles dos robôs a Robópolis para realizar seu grande sonho de conhecer Bigweld ao chegar depara-se com uma cidade dominada por um vilão que na verdade era manipulado por sua mãe, a verdadeira vilã da história e contando com fiéis amigos e com toda a cidade de Robópolis Rodney enfrenta e derrota a vilania passando uma velha mensagem já famosa dos filmes infantis, que não se pode desistir dos sonhos e que tudo vai dar certo no fim, o de sempre mas isso não tira todo o brilho dos excelentes e fantásticos personagens e as arquiteturas que formam as cidades com recursos impressionantes como por exemplo a cena em que Bigweld monta um super dominó que ao serem derrubados forma uma onda gigante onde os personagens surfam, é demais. E é perceptível que os produtores de Robôs tentaram por de tudo um pouco drama, aventura, comédia, suspense, ao longo da trama vamos sentindo pitadas desses gêneros.




Destaco a péssima atuação de Reinaldo Gianecchini com dublador do personagem principal, numa tentativa de popularizar e em uma joga frustrada de marketing numa dublagem superficial, forçada que não retrata a totalidade das expressões do personagem o filme perde na qualidade de um recurso imprescindível em filmes de animação, mas nem tudo em perfeito, o filme é bom e vale apena conferir.







Jean Belegante





A família do futuro (Pixar/Disney – 2007)





A família do futuro é um longa produzido pela Pixar/Disney que traz um tema bem conhecido das histórias da Disney, Família, no caso a falta dela.


Após ser abandonado pela mãe quando bebe. Lewis (personagem principal) cresce e se torna um pequeno geniozinho que como qualquer criança abandonada em um orfanato tinha o sonho de ser adotado e ter uma família, porém nunca dava certo assim como suas primeiras invenções. E esse desejo de ter uma família Lewis decide desistir de ser adotado e decide tentar encontrar sua mãe que o abandonou e pra isso ele inventa um escâner de memória que era capaz de exibir as memórias em uma tela.


Ao expor sua invenção na feira de ciências da escola Lewis conhece Wilbur Robinson, que veio de futuro e conhece também o vilão da história o cara do chapéu coco. Eis o primeiro ponto de virada, o filme começa pra valer, Wilbur leva Lewis pro futuro e ele conhece a família de Wilbur e se torna responsável pelo destino de todos aqueles personagens pois eles eram sua família, família do futuro.


O filme mostra um enredo bem construído, capaz de entreter crianças, jovens e adultos, com personagens bem criativos, que vai desde um fantoche a um dinossauro “bebezão”, tudo que os espectadores mirins gostam. O longa surpreende pelas formas usadas nos cenários futurísticos, um ambiente bem construído com efeitos de transição bem interessante, bolhas de sabão estouram transformando os cenários. Muito bom também o roteiro que brinca muito bem com o tempo, as relações entres os personagens Lewis e Wilbur, pai e filho, em tempos diferentes teve suas superficialidades, porém em nada diminui as qualidades do roteiro. Outro aspecto interessante desse longa é a mensagem citada varias vezes no filme, o “Siga em frente” esse texto se torna um dos pontos principais do filme mostrando que nunca se deve desistir de nada, e se alguma coisa não da certo o importante é: seguir em frente.


Por fim, o filme termina como sempre, todos vivendo felizes para sempre, inclusive o vilão.




Jean Belegante

25/03/2011

Zazie no Metrô - Louis Malle - 1960


Adaptações de livros para o cinema sempre me deixam desconfiada, mas com Louis Malle na direção confesso que fiquei tranqüila. Em 1960 Malle filma Zazie no Metrô, uma comédia, que se diferencia de seus trabalhos anteriores. Da mesma geração dos grandes diretores da Nouvelle Vague, mas que Malle não considerava-se parte. Mesmo com uma alfinetada, quando o taxímetro zera e diz-se que a culpa é da “nova onda” o filme traz elementos gritantes da vanguarda da época. Por exemplo os famosos jump-cuts. A montagem do filme é genial, a velocidade das imagens em muitos momentos alteradas lembram as clássicas comédias mudas. A direção de arte e de atores também não deixa a desejar.

Divertidíssimo, Zazie no Metrô conta a história de uma garotinha que fica por dois dias com o tio em Paris. Seu objetivo é realizar o sonho de andar de metrô, mas fica desapontada ao saber que o tio foi buscá-la de táxi e que o metrô está em greve. Zazie é extremamente desbocada, deixando os adultos a sua volta enlouquecidos. Trazendo à tona discussões sobre homossexualidade e artes o filme olha para os costumes da sociedade francesa dos anos 60. O filme segue Zazie em sua fuga da casa do tio. Topando com um homem que uma hora é um tarado e na outra é um policial, acaba parando em uma feira de pulgas onde ganha uma calça jeans. Depois de devorar porções de batatas e de mexilhões a garota foge do homem. É quando inicia-se uma perseguição à la Tom e Jerry, uma das cenas mais engraçadas.

Fazendo do topo da Torre Eiffel um cesto de gávea contando até com um vigia e um urso polar passando frio, Zazie no Metrô vai nos preparando para o seu final anárquico.

20/03/2011

FEDERAL 2010

Título original: (Federal)
Direção:Erik de Castro
Atores:Carlos Alberto Riccelli, Selton Mello, Cesario Augusto, Cristovam Netto.
Duração: 92 min
Gênero: Policial
Tentando seguir a linha do estupendo Tropa de Elite, Federal 2010 é ridiculamente ruim, eu acredito que minha turma de Produção de Áudio e Vídeo faria melhor, alem de um roteiro ruim a atuação dos atores é péssima parece amadores, sem contar nos ângulos utilizados e movimentos de câmera que são muito ruins.


O roteiro tenta contar a história de um perigoso traficante que age em Brasília. Para pegá-lo, a polícia fará o que for preciso. Federal tenta mostra uma realidade de um país que hoje é uma importante rota para o narcotráfico internacional e o envolvimento da própria policia neste atos.
Uma historia meio sem pé nem cabeça onde praticamente já imaginemos o final, o filme fica no meio do caminho ao tentar discutir a questão da corrupção e tráfico de drogas sem aprofundar a questão, com pouquíssimos diálogos e muitos tiros.

Em fim um filme muito ruim de ver e não sou só eu que digo isso é só ver as criticas de pessoas mais especializadas em cinema que todos iram ver que Federal não passa de um lixo do cinema nacional.



















Fabiano Duarte - TRAILER

RED: Aposentados e Perigosos

Título original: (Red)
Direção: Robert Schwentke
Atores: Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren.
Duração: 111 min
Gênero: Ação
Uma comédia policial com muita ação e adrenalina com pitadas hilariantes de humor este é RED: Aposentados e Perigosos, um filme que conta em seu elenco grandes nomes como Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich dentre outros.
RED apresenta em seu enredo a historia de agentes secretos da CIA que se aposentaram ou tentaram por assim dizer.

Após ter sua casa invadida de uma forma realmente cinematográfica por assim dizer, lembrando até a série de Profissão Perigo, Frank Moses vivido por Bruce Willis um ex-agente da CIA que depois de se aposentar tenta conquistar a atendente de seu plano de pensão (Mary-Louise Parker) via telefone, tem a partir dali uma nova missão, descobrir porque o próprio sistema de inteligência está querendo com ele, começando assim uma caçada com muito tiro e cenas de ação sem esquecer do bom humor.



O filme brinca com a condição dos aposentados, que ainda buscam uma solução para a transição da vida perigosa para a calmaria do lar, sendo desajeitados no amor e na vida social, ao mesmo tempo em que se desenrola uma matança envolvendo uma ação secreta do passado, que aconteceu na Guatemala. A trama foca mais no humor durante a primeira parte, deixando a resolução do caso para o final, embora o desfecho não seja tão satisfatório quanto o resto do filme.



Fabiano Duarte - TRAILER

Incontrolável - Unstoppable

Título original: (Unstoppable)

Direção:Tony Scott

Atores: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Jeff Wincott.

Duração: 98 min

Gênero: Suspense


Você já imaginou um trem carregado de produtos químicos sair em alta velocidade e ainda sem o seu condutor? Dirigido por Tony Scott o mesmo diretor de Top Gun, Déjà Vu e o Seqüestro do Metrô 123 , dentre outros, Incontrolável – (2010) é um filme baseado em fatos reais, onde um trem de carga que transporta produtos químicos está desgovernado, após um erro de seu condutor, sai vagando em alta velocidade, causando pânico por onde passa, e para aumentar ainda mais a tensão, um outro trem vem em sua direção pela mesma via. Para evitar que uma tragédia aconteça, uma equipe de especialistas irá fazer de tudo para deter o trem, mais suas tentativas acabam sendo em vão.

É ai que Frank Barnes e Will Colsonusar interpretados por Denzel Washington e Chris Pine entram em ação; com uma locomotiva, saem perseguindo o trem, antes que seus vagões saiam dos trilhos e derrame o carregamento tóxico que pode destruir a cidade.


O que me chamou a atenção neste filme foi os seus cortes, é um filme bem fragmentado dando uma agilidade nas ações, mostrando o pânico das pessoas e o desespero da equipe de socorro que tentam fazer de tudo para deter o trem. Utilizando câmeras em diferentes pontos com em helicópteros que registram não só as cenas do filme, mais como um trabalho de reportagem para uma TV local que transmite ao vivo passo a passo tudo o que está ocorrendo,é como injetar adrenalina diretamente na veia dos espectadores, o que é exatamente o que qualquer apreciador de filmes de ação deseja.

Os efeitos sonoros é uma outra coisa que me prendeu neste filme e foi vendo um making of dele que me incentivo a assistir, com os BG (background ) muito bem construídos e bem captados, a sensação é de estar realmente dentro de uma locomotiva a toda velocidade, por isso é bom preparar o seu sistema de som ou seu fone de ouvido (que foi meu caso) e aumentar o volume para curtir esta aventura.


É ADRENALINA pura do inicio ao fim, para quem gosta deste gênero de filme é uma boa pedida.

Fabiano Duarte
TRAILER

À Prova de Morte

Título original: (Death Proof)
Direção:
Quentin Tarantino

Atores:
Kurt Russell, Rosario Dawson
, Vanessa Ferlito, Jordan Ladd.
Duração: 113 min
Gênero: Terror



Bom o que falar sobre Quentin Tarantino, bem ouvi muito se falar nele, em minhas aulas de Audiovisuais ficcionais e Vídeo digital, mais só não acabei ligando o nome a pessoa, até ler alguns comentários na internet sobre Tarantino e o que fazia com seus filmes.

À Prova de Morte (Death Proof), é um filme em que até sua metade não me chamou muito a atenção a não ser pelas mortes de suas primeiras vitimas, e de achar que acabei arrumando uma copia defeituosa por causa das imagens riscadas, cortes mal feitos e até imagens em certo ponto em preto e branco com um corte brusco voltando a fiar colorido novamente.



O filme parece se passar em uma década passada anos 70 a 80 pela fotografia e pelas locações como um bar de beira de estrada tipo americano com uma decoração pra lá de retrô, contendo uma linda Jukebox que embala e faz o BG (background) das cenas que ali se passa, porem ao desenrolar da história vemos que é um filme que se passa em dias atuais .



Dublê Mike (Kurt Russell) é um maníaco atrás de um volante. Vive a procurar garotas para brincar e matar com seu carro “à prova de morte”. Na primeira parte as garotas depois de muitas bebidas e conversas longas e chatas, sem do bar e são seguidas por Mike que em um acidente de proporções trágica para elas em uma cena alucinante.
A segunda metade inicia com imagens em preto e branco e com um outro grupo de garotas que resolvem brincar em cima do capô de um Dojão (Dorge) branco pelas estradas em alta velocidade chamando a tenção de Mike que resolve brincar com as garotas, mais que acaba tendo uma surpresa um pouco desagradável, bem quer saber o final, não vou contar então assista À prova de morte, pelo que eu li diz que Tarantino aparece em uma das cenas do bar como BarMEN.

É isso ai pessoal . TRAILER

Fabiano Duarte

18/03/2011

A Queda! As últimas horas de Hitler Alemanha/2004

O filme A Queda! As últimas horas de Hitler é uma reconstituição dos últimos dias do Império Nazista. O longa se passa entre os dias 30 de Abril e 8 de Maio de 1945. Este período abrange o último aniversário de Hitler, seu casamento com Eva Braun, seu suicídio e o completo cessar fogo entre a Alemanha e as tropas vencedoras da União Soviética.

O 3º Reich durou 12 anos (1933/1945) e sucumbiu em apenas 12 dias, sendo justamente estes últimos momentos que o filme retrata. Baseado nos livros "Der Untergang" ("No Banker de Hitler: Os últimos dias do 3º Reich"), de Joachim Fest e "Bis Zur Letzten Stunde" ("Até a hora final: A última Secretária de Hitler"), de Traudl Junge e Melissa Müller, "A Queda!" conta com uma competente direção de Oliver Hirschbiegel.

O ator Bruno Ganz que dá vida justamente a Adolf Hitler merecia o Oscar de melhor ator. Sua interpretação faz com que nós esqueçamos que se trata de um filme e acompanhe como se fosse um documentário, como se aquele cara sendo filmado fosse realmente o Fünhrer.

Dizem que para compor o personagem, Bruno passou a ouvir incessantemente a única gravação sonora (sem imagens) que existe de Hitler, gravada na Finlândia durante uma visita ao Marechal e Barão Carl Gustav Emil Mannerheim. Segundo historiadores, o ditador falava muito baixo quando estava longe dos discursos e das multidões para ser o mais verdadeiro possível.

Com uma fotografia riquíssima e um figurino igualmente impecável, posso dizer que A Queda! As últimas horas de Hitler é um filme histórico. E que como tal deve ser, ele leva a sério todos os detalhes de composição de cenário para retratar com fidelidade e magnitude quem foi o comandante alemão e todas as atrocidades que os nazistas impuseram aos Judeus, Russos e até mesmo aos Alemães.

Uma historia forte, emocionante e cheia de detalhes históricos.
Abaixo o link do trailer do filme.

http://www.youtube.com/watch?v=wKswkF1q57M



Diane Grossko


17/03/2011

Entrevista com o Vampiro - 1994

Entrevista com o Vampiro foi o primeiro filme sobre vampiros que eu assisti e não tive como não me apaixonar pela história. Foi a partir daí que eu me interessei por esse tema e passei a pesquisar o assunto. A maneira como os acontecimentos são relatados dá a trama o ar de suspense.

Baseado no livro de Anne Rice o filme conta a história de Louis de Pointe du Lac (Brad Pitt), de Lestat de Lioncourt (Tom Cruise) e da vampirinha Cláudia (Kirsten Dunst) narrada pelo próprio Louis ao jornalista Daniel Malloy (Christian Slater) em um quarto de hotel durante uma de suas crises existenciais.

São retratados no filme os questionamentos religiosos, as imprecisões sobre padrões comportamentais, éticos e morais. As inquietudes e insatisfações constantes do personagem do Brad Pitt, trazem à tona uma rejeição da violência e ferocidade dos vampiros que são comuns na sociedade e tão contrastante com elegante encanto com que estes seres exercem sobre nós.

A Compaixão e amor paternal que Louis demonstra por Cláudia chegam a influenciar no seu caráter, já Lestat tem uma sensualmente brutal e não se conforma com a rejeição que Louis tem por seu próprio instinto.

Entrevista com o Vampiro traz no seu contexto a real e cruel imagem que a sociedade criou sobre os vampiros ao longo dos séculos. Tempo este que é fielmente retratado nos figurinos, na música e na arquitetura dos cenários.

A mistura do real com o imaginário popular é mostrada no filme através de uma companhia de teatro comandada por Armand (Antonio Banderas), onde uma irmandade de vampiros que fingem serem pessoas normais, interpretando vampiros em uma peça teatral, para conviverem em sociedade sem serem notados.

A bela fotografia do filme Entrevista com o Vampiro mistura-se com a sutileza do diretor Neil Jordan na escolha dos planos e movimentos de câmera.

Como diz no filme Lestat de Lioncourt " O mal é um ponto de vista (...). Deus mata, assim como nós; indiscriminadamente. Ele toma o mais rico e o mais pobre, assim como nós; pois nenhuma criatura sob os céus é como nós, nenhuma se parece tanto com Ele quanto nós mesmos, anjos negros não confinados aos parcos limites do inferno, mas perambulando por Sua Terra e por todos os Seus reinos.




Diane Grossko


Estômago

=(ATENÇÃO: postagem com conteúdo altamente spoiler - ao menos ao meu ver - se você ainda não assistiu ao filme... Não perca tempo, é ótimo!! Assista e delicie-se antes de descobrir os grandes segredos dessa belíssima produção do nosso país =)


Uma excelente direção de fotografia, um roteiro espetacular, uma atuação exemplar: “Estômago” é um filme que fala de hierarquias, poder, sexo, culinária... E trás uma – perdão pelo trocadilho – deliciosa revelação ao final. A trilha sonora é também um dos pontos fortes do filme, contribuindo para a “relação de amor” que se cria entre Raimundo Nonato e os pratos que prepara, relação esta que é simplesmente a essência do filme: a comida com a qual ele seduz, a comida que ele usa como arma, a culinária à qual ele serve e se entrega.

Independente do quanto se defenda o personagem pela sua origem humilde – sendo que nem sequer sabemos o porquê dele aparecer perdido em "Curitiba" (há uma micro-cena em São Paulo), como se a viagem tivesse sido arranjada de última hora – e pelo carisma que sua aparente ignorância provoca, o fato é que é justamente tudo isso que torna Raimundo Nonato uma perfeita caracterização de psicopata (e ao contrário do que se pensa a princípio, essa doença é muito mais comum na sociedade do que se pode imaginar). Um psicopata não é necessariamente um assassino frio e serial killer que mata sem pensar quem estiver por perto. É comprovado pela ciência que existem vários níveis de psicopatia, começando pelo simples sujeito que puxa o tapete dos colegas pra se promover dentro da empresa.

Um psicopata costuma ser uma pessoa inteligente, carismática e persuasiva, que vai conquistando aos poucos a confiança de quem estiver em seu redor, mas que por trás de sua simpatia não mede esforços pra conseguir o que quer e não possui empatia com as outras pessoas, considerando sua satisfação sempre o mais importante.

É o que Nonato faz, através de seu jeito ingênuo e acuado de caipira nordestino, mas que com alguns goles de bebida alcoólica se revela o monstro assassino que é – e isso é muito bem enfatizado até no roteiro, fotografia, montagem e direção de cena do filme, no primeiro momento de fúria, em que Nonato vê sua amada prostituta se despindo e acariciando os clientes da balada onde trabalha e, já alterado, tenta partir pra cima. O que o impede realmente de poder “sair matando todo mundo” é sua estrutura física, mas que não serve de empecilho para um homem que tem inteligência de sobra a usar – e é esse seu maior trunfo, o dom de aprender rápido e ter talento, que o torna um excelente cozinheiro e o faz crescer na hierarquia, tanto dentro como fora da cadeia.

E é essa inteligentíssima surpresa que faz do roteiro de “Estômago” uma das melhores e mais detalhadas retratações de um psicopata na História do Cinema.


O Corvo - 1994

O Corvo é uma adaptação dos quadrinhos de James O'Barr. O filme conta a história do roqueiro Eric Draven (Brandon Lee), que as vésperas de seu casamento com Shelly, teve seu apartamento invadido por uma gangue. Shelly é espancada, estrupada e morre no hospital, enquando Eric leva um tiro e cai da janela do sexto andar.

Um ano depois com o crime arquivado é dada a Eric uma segunda chance e ele volta pra se vingar. Tendo um Corvo como guia, ele se torna um justiceiro sobrenatural e irá perseguir seus assassinos um a um.

O Corvo seria apenas mais um filme de suspense não fosse pelo fato de que Brandon Lee ,que é o ator principal, ter morrido durante as filmagens. O filme já estava praticamente pronto quando o acidente aconteceu, mas mesmo com morte de Brandon diante das câmeras o diretor Alex Proyas decidiu continuar com as gravações e terminou o filme. Para as cenas que faltavam foi usado um dublê.

Recentemente durante uma entrevista ao site Latino Review, sobre um possível remake do filme, Alex Proyas falou: " Esse filme é do Brandon Lee e foi por isso que eu terminei de gravar o filme, em memória a Brandon. Na verdade esse foi o único motivo." contou o diretor que afirma ser contra a refilmagem.

Consta ainda que os negativos da cena em que Brandon é ferido foram queimados e seu conteúdo nunca foi revelado. O Corvo é um filme macabro, sombrio que retrata a volta de Eric Draven dos mortos para se vingar de seus assassinos. Por isso é difícil assistir ao filme sem lembrar do que aconteceu ao ator e sem se envolver no clima trágico e obscuro das cenas.

A constante mudança de comportamento de Brandon Lee nas cenas transmite ao público a intensidade das emoções do personagem, que na mesma hora em que ele parece um lunático, na cena seguinte demonstra uma simpatia melancólica.

A trilha sonora do compositor Graeme Revell reforça o estilo Rock-Gótico o que contribui com a narrativa. O Corvo é um dos meus filmes favoritos e chegou a render uma série que leva o mesmo nome, protagonizada por Marck Dacascos e mais três outros filmes.

"Porque ás vezes, só ás vezes o amor é mais forte que a morte.... Eric Draven"

Diane Grossko.

15/03/2011

Justin Bieber - Never Say Never


Há algum tempo atrás, quando fiquei sabendo que iam lançar um filme sobre o Justin Bieber, confesso que fiquei ao mesmo tempo feliz e preocupado. Estava feliz porque sou grande fã do Justin e preocupado porque ele é um menino de 16 anos, será que a vida dele tem história suficiente para encher um filme de uma hora e meia? Enfim, o filme estreou e foi uma surpresa muito boa: obviamente a vida de Justin não foi o foco do documentário, mas sim os bastidores dos shows. Claro que parte do filme é dedicado à sua vida pessoal sim, mostra como o astro de apenas 16 anos chegou até lá. O filme começa com os videos postados no Youtube, por onde Justin foi descoberto: É incrível que um menino de 2 anos consiga fazer música com a cadeira da cozinha, seu talento era notável. Esse é apenas o “prólogo"do filme, a abertura é incrível, para qualquer fã do Justin se sentir em um show. A abertura já começa com toda a energia da musica “Love Me” e as incríveis imagens em 3D do grande show na Madison Square em NY levam o publicoao delírio.

A história se concentra nos bastidores de todos os shows até chegar na Madison Square, que dizem, poucos artistas conseguem lotar esse espaço. Se preocuparam também em mostrar a parte humana do astro. Uma inflamação na garganta de Bieber durante a turnê se torna o conflito do filme. É incrível como o diretor consegue usar tudo de um modo que torna o filme cada vez mais publicitário, afinal, o filme foi feito para ganhar dinheiro mesmo! O filme aumenta a admiração pelo ídolo a todo momento, cenas mais sentimentais compartilham o sentimento de Bieber com o do público e as cenas do show em 3D nos aproxima ainda mais do cantor: toda vez que ele estica a mão em direção à platéia, o som das fãs enlouquecidas é destacado e cenas que exploram sua beleza física são muitas, várias vezes ele aparece sem camisa e tem uma cena que só está lá pra mostrar ele balançando a famosa franja. Enfim, o documentário cumpre seu objetivo: vender e deixar os fãs ainda mais enlouquecidos: não é por acaso que já é o terceiro documentário mais lucrativo da história do cinema, e essa posição pode melhorar.

9 pontos pro filme, faltou uma versão IMAX.

Resident Evil 4: Recomeço


Depois que terminei de assistir Resident Evil 4, fiquei profundamente arrependido de não ter visto esse filme em 3D no cinema.Bom, assisti em Blu-Ray, já é uma vantagem. Realmente Paul W.S. Anderson soubeusar muito bem a câmera do James Cameron. Grandes planos abertos, com cenarios de grande profundidade, cenas de ação próximo à camera, tudo contribui para que o 3D tenha sido um espetáculo a parte. Os personagens também são bastante explorados no 3D, cenas dos mortos-vivos, muitos objetos que voam em direção à câmera, ou seja, foi um filme feito para ser visto em 3D. Bom, vamos parar de falar do bônus e falar do filme em si. A cena de abertura te deixa num suspense muito grande, é uma cena em camêra lenta, num dia chuvoso na cidade de Tokyo, várias pessoas com guarda chuva (talvez fazendo uma brincadeira com a Umbrella Corp.) e uma menina parada no meio da rua, e você fica pensando: Daqui a pouco vou levar um susto! E a trilha sonora contribui muito para esse clima de suspense da abertura.

O roteiro é bom, mas pra quem conhece o jogo do qual a história foi adaptada, não é lá muito

fiel. Chris Redfield é um personagem de grande importância no jogo, mas no filme ele tem um papel bem pequeno. Bom, a história pode não ser muito fiel, alias, é uma adaptção, não precisa ser fiel, mas o visual é idêntico ao do jogo. O personagem Albert Wesker, presidente da Umbrella, parece que saiu dos jogos direto para o filme, ele está idêntico. Alice, continua sendo a boazona, em todos os sentidos. Os slows dela nas cenas de ação me lembra comerciais de shampoo. É, todo filme de ação que se preze tem que ter um herói bonzão invencível.
Por fim, é um filme muito bom, mas ele te conquista pela imagem. Se puder, assista em alta definição na sua TV de 60 poleagadas! Vale a pena Ahh! E o filme acaba abrindo mais uma continuação... Vem aí Resident Evil 5!

Shrek Para Sempre



Shrek Para Sempre é último o melhor filme da franquia e está entre os melhores filmes de animação. A história final do ogro veio com uma trama mais trabalhada. É dificil um filme chegar à quarta conitnuação e ainda manter uma história atrativa. O roteiro de Shrek Para Sempre é muito bem feito, há uma brincadeira com tempo e mundo paralelo: Shrek se cansa de ser o Rei de Tão Tão Distante e um duende malígno promete a vida de ogro que Shrek tinha antigamente. O duende agora, tem o direito de apagar um dia qualquer da vida de Shrek e ele pretende apagar o dia em queShrek nasceu. O único jeito de cancelar esse feitiço é com o beijo do amor verdadeiro, mas agora que Shrek voltou no tempo, ele está vivendo num mundo paralelo a Fiona não o conhece mais. Shrek, então, tem que ir atrás dela e reconquistar seu amor. Uma das cenas mais românticas que já vi no cinema acontece quando finalmente o Shrekconsegue conquistar o amor de Fiona novamente. É incrível como os animadores conseguem colocar sentimentos tão fortes em personagens animados.

A animação está conquistando um patamar cada vez mais alto no cinema. Ah! Vale lembrar também que fui ver esse filme no cinema em 3D, eé o primeiro filme da franquia a ser produzido para cinema 3D. A qualidade da animação é muito boa, tanto no quesito de animação e modelagem como no quesito do 3D. Nada de exageros e nem objetos voando em direção à platéia, mas uma profundidade nos cenários incríveis. Foi um excelente final para uma franquia que vai ficar para a história do cinema. E como Shrek nos mostra que ninguém precisa ser perfeito para ser feliz, Shrek, Fiona e sua família agora estão vivendo felizes para sempre.

A Rede Social




Uma das coisas que mais me chamaram a atenção em “A Rede Social” foi a montagem, foi um Óscar bastante merecido. A linha principal da história do filme é o processo que Mark Zuckerberg, o criador do Facebook está respondendo por roubo de propriedade intelectual. A história da criação do Facebook é contada por flashbacks durante o julgamento. É ai que a edição impressiona. Diversas cenas tem diálogos que são construídas com cenas no flashback e cenas no julgamento e isso é feito de forma muito inteligente. Outra coisa que também se destaca bastante é a linguagem narrativa do filme, ela é bastante rápida, com muitas informações juntas em pouco tempo, é justamente a ideia da internet. A cena inicial é o melhor exemplo disso: Mark está conversando com sua namorada e ele fala de vários assuntos ao mesmo tempo, é justamente isso que temos na internet, trabalhamos com vários sites ao mesmo tempo, podemos conversar assuntos diferentes com várias pessoas simultaneamente. Esse tipo de linguagem foi uma escolha bastantepertinente em um filme onde o foco é justamente um site da internet.

A escolha dos atores também foi muito bem feita, os personagens são muito parecidos fisicamente com as pessoas reais. Os que mais se destacam são Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, interpretados por Jesse Eisenberg e Andrew Garfield, respectivamente. Eisenberg está um nerd total nesse filme, e dá o tom irônico de Mark.



A Rede Social é um filme muito bom que vale a pena ser assistido.

DE PERNAS PRO AR

DE PERNAS PRO AR - Roberto Santucci

Mais uma produção do cinema nacional.

Uma comédia liderada por duas belas atrizes, ou melhor, por duas boas atrizes.

Maria Paula, a eterna “mulher do Casseta”, prova que não é só um rostinho bonito na TV brasileira, e tem uma excelente atuação. Já a Ingrid Guimarães, que é protagonista da trama, também mostra todo o seu talento com um banho de comédia, pena que diferente da Maria Paula, não posso dizer que também é mais “um rostinho bonito na TV”.

O filme não chega nem perto de ser ruim, mas tá muito longe de ser um espetáculo.

O “De pernas pro ar ” tem um “TIME” de comédia bacana e interessante, mas demora um pouco pra esquentar. Acho que isso é por causa do roteiro, tem uma boa trama, mas os pontos de virada não ficam bem claros, quando você pensa que vem coisa pela frente, o filme termina como começou, morno.

Eu assisti ao filme com a minha noiva, e apesar da maioria das piadas serem de conotação sexual, as que envolvem o cotidiano dos casais fizeram agente rir muito.

Pra não ser muito criterioso, avaliando que o elenco é bom e que é mais uma produção brasileira, nota “8,5”.

Alan Dubena

TRILOGIA - 11 Homens e um segredo / 12 Homens e outro segredo / 13 Homens e um novo segredo

TRILOGIA - 11 Homens e um segredo - Steven Soderbergh

12 Homens e outro segredo

13 Homens e um novo segredo

Olha, tenho certeza que todo mundo já assistiu aqueles filmes aonde os ladrões são os mocinhos. Aqueles do tipo ladrão profissional, que bolam todo um plano e usam tudo quanto é tipo de tecnologia.

Têm vários filmes do gênero, tipo “Golpe de mestre”, “3000 milhas para o inferno”, “60 segundos”, “Golpe perfeito” entre outras.

Mas toda essa apresentação foi pra falar da trilogia do diretor Steven Soderbegh, “11 homens e um segredo”, “12 Homens e outro segredo” e “13 Homens e um novo segredo”.

É sem medo de errar que eu falo que a trilogia do Soderbergh é de longe a melhor de todas as citadas, e não é só por conta da direção que o filme é tudo isso, o roteiro é excelente e o elenco é quase a calçada da fama inteira.

Entre as estrelas dos três filmes estão, George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon Andy Garcia e pra coroar o último filme da trilogia ainda tem a participação especial do “poderoso chefão”, Al Pacino.




















Mas o que eu destaco de melhor no filme é a montagem. Aquela dinâmica que você nunca sabe o que tá acontecendo de verdade é bem bacana. Você não sabe se é um “FLASH BACK” ou uma simulação, e no final aquilo pode estar realmente acontecendo.

Outro ponto interessante na montagem do filme é o modo em que a trama vai e volta na mesma cena, mas num ponto de vista diferente, lembrando em outras proporções, a montagem do brasileiríssimo “Cidade de Deus”.

Não sou um profundo conhecedor da “7ª Arte”, mas consigo a quilômetros de distância reconhecer um bom filme e essa trilogia, que em minha opinião é magnífica em todos os aspectos se falando de um bom roteiro, de uma boa direção, de um elenco de primeira e de uma montagem envolvente.

Eu recomendo, é pra quem gosta de um bom filme.

Alan Dubena

JUSTIN BIEBER: NEVER SAY NEVER - Davis Guggenhein

JUSTIN BIEBER: NEVER SAY NEVER - Davis Guggenhein

Não tem o que falar de um documentário que até o momento em que eu comecei a escrever estava no posto de terceira maior bilheteria da história quase passando o documentário dos “pinguinzinhos” que é o segundo colocado, mas ainda longe do primeiro colocado Fareinheit 911, a maior bilheteria entre os documentários até hoje.

Só na estréia foram 162,5 mil espectadores, arrecadando em menos de um mês 69 milhões de dólares.

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(som de grilos)



EU NÃO CONSIGO ENTENDER ESSA GENTE QUE FOI ASSISTIR A BIOGRAFIA DE UM “PIÁ” DE 16 ANOS QUE NÃO FEZ NADA DE BOM A NÃO SER CANTAR COM VOZ DE MENINA. Ele mesmo declara que o momento mais difícil da sua vida foi a morte do seu “hamster” de estimação. Agora imaginem a cena dramática do velório do rato, todo mundo de preto e chorando pelo roedor que vai deixar saudades.

FAÇA-ME O FAVOR! Ainda querem me falar de “Biebermania”.

Claro que tem público pra isso, tem público pra tudo. Eu mesmo, como um bom sertanejo, não deixei de assistir o “Dois filhos de Francisco” do Zezé di Camargo e Luciano e também o “O menino da porteira” do Daniel, mas a biografia do Justin Bieber é pra quem não tem nada na cabeça. O Elvis e o Michael Jackson estão se virando no túmulo.

Me desculpem os coloridinho e cabeças de PLAYMOBIL’s de plantão, mas pra quem foi assistir a “isso”, e ainda em 3d pra fica mais caro, merece nada mais nada menos do que o “Tratamento Ludovico” do Laranja Mecânica.

Alan Dubena

TROPA DE ELITE




TROPA DE ELITE – José Padilha

É impressionante o quanto um filme brasileiro, quando bem feito, repercute quando aborda temas da realidade social do Brasil.

Digamos que o primeiro fenômeno nesse sentido foi o Cidade de Deus com o incomparável “Dadinho”, ou melhor, “Dadinho o CARALHO”, o nome dele é “Zé Pequeno”. Entre essa e outras frases de efeito, claro que na maioria com “palavrões” como o brasileiro gosta, o Zé Pequeno passa a ser um ícone da coisa errada, e como se não bastasse serve de espelho pra muito malandro boa vida.

Eis que surge o “Tropa de Elite”, já de cara encanta o público por que antes mesmo de ser lançado no cinema, o filme já tava na mão de tudo que era camelô por causa da fanfarrice da pirataria. Cá entre nós; Marketing ou jeitinho brasileiro?

Enfim, o Tropa vem pra derrubar tudo o que já foi feito do gênero no cinema nacional. Claro que pra uma nação carente de um herói popular, ficou fácil para o “Capitão Nascimento” cair nas graças da torcida. E eu não to falando de qualquer “heróizinho” não, antes do Capitão Nascimento, o mais perto disso que o cinema brasileiro conseguiu chegar foi com o Selton Melo na pele do “Chicó” no “Alto da Compadecida”, ou melhor, com o Rodrigo Santoro no “300”, ou melhor ainda, com o Pelé em “Pelé Eterno”.

Exageros e brincadeiras a parte, o Tropa de Elite veio pra mexer com a cabeça da moçada, pelo fato daquele pessoal que idolatrava os “Zé Pequenos” da vida, vestirem a camisa do Capitão Nascimento com bordões e trejeitos. Isso sem contar com a procura de soldados e civis pela a agremiação do BOPE, e também a “criançadinha” querendo ser esse herói sem capa e espada.

Pra terminar, gostaria de deixar um recado pra esse “fanfarrão” do Zé Pequeno e pro resto da “bandidagem” da Cidade de Deus: Se eu sou você “Zé”, eu pedia pra sair, o cara já falo que não vai subir ninguém, por que quem falou que a boca é tua? A “boca” agora é do TROPA DE ELITE.

Alan Dubena

Donnie Darko e Efeito Borboleta


Donnie Darko e Efeito Borboleta, são dois filmes que tratam de voltar no tempo e conseguir consertar os erros do passado.
No Filme Efeito borboleta, o personagem principal consegue voltar no tempo com os seus diários do passado, e ele passa o filme inteiro vendo como sua vida seria por cada escolha que ele fizesse. E por cada atitude que ele tivesse não influenciaria só na vida dele mas sim na de todos a sua volta, Evan (Ashton Kutcher) não fica voltando no tempo pra melhor sua vida, ele volta no tempo para melhor a vida das pessoas que ele gosta, ele só para de voltar no tempo quando tudo já está resolvido.
Já no filme Donnie Darko, não fica bem explicito de cara que ele volta no tempo, porém, todas esquizofrenia que ele tem é devido ao fato do que já aconteceu, Jack, o cara fantasiado de coelho que fica aparecendo para Donnie, o incita para fazer o que terá um resultado que agradará a Donnie.
Por fim, Donnie vendo o que será melhor para todos, aceita o seu destino, como se toda esta coisa de voltar no tempo, nunca tivesse acontecido, mas no final do filme, é bem retratado, que no fundo as pessoas levemente sentiam que algo estava estranho como quando Gretchen (menina que namorava Donnie), da um tchau de longe para a mãe de Donnie mesmo sem saber de nada o que acontecia.
Nos dois filmes, as pessoas que conseguem voltar no tempo optam, por fazer o melhor para os outros e não para si mesmo.
Acho que os dois filmes são brilhantes.